Passados umas centenas de passos, na minha caminhada diária de hoje, entrei de novo a meditar. Repetiram-se as imagens do anterior devaneio. Lentamente foram-me surgindo algumas sensações, primeiro a de agrado, logo a seguir uns ruídos muito ténues, seguidos pelo sentir de qualquer coisa dentro de mim, depois, descobrir que podia mover diversas partes do meu corpo e ainda sentir que encontrava, sentia de vez em quando, uma parede mole. A minha alma começava a instalar-se, revelando-me hora a hora mais sensações, agora eram outras provenientes do corpo, depois os tais ruídos que se ampliavam e se interrompiam ou continuavam em intensidades e alturas diferentes. E constatava que os movimentos de partes do meu corpo culminavam, por vezes, num movimento suave de todo o meu corpo aumentando o agrado já sentido.
A buzina dum carro que subia a rua despertou-me. Estava chegando a casa.
Tinha caminhado mais de dois quilómetros em meia hora, o que verifiquei pelo relógio.
Porque pensava que tinham passado cinco minutos ou pouco mais.
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