Número total de visualizações de páginas

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Se o cérebro se atrofia...

Julgo que estou ou vou descobrindo algo de importante.
Podemos reparar, no dia a dia, que as nossas ou os nossos semelhantes de certa idade, isto é, que estão na terceira ou quarta idade, teem a tendência senão vício de se sentarem, de entrar num marasmo de muitas horas, durante o dia. Essa tendência ou vício leva-as, pouco a pouco, sem que deem por isso  a uma paragem mental, dia a dia perdem o hábito de conversar, de falar de si, dos seus problemas, do que se passa à sua volta, de olhar para o que os seus olhos veem e pensarem no que ali está, no que poderá dali vir, do que poderá acontecer. E sem dúvida, perdem o hábito de escrever, cartas aos amigos ou aos familiares, de tomar notas do que veem à sua volta, de se lembrarem "como era antigamente",  de ler jornais, revistas, algum livro dos que conservam  em casa e que leram uma vez há cinquenta anos. Ora bem, este atrofiamento das faculdades mentais penso eu que se reflecte no controlo harmonioso do cérebro sobre os diferentes órgãos no nosso corpo, com consequências importantes para a saúde. O definhamento, atrofia, menor capacidade de reação e funcionamento dia a dia mais irregular, que mal se sente hoje ou amanhã mas que um dia se traduz num achaque, numa ida ao médico, na tomada de remédios ou de drogas que mais não serão  que paliativos. Porquanto nada poderá reconstruir um órgão do corpo que se encontre deteriorado, com a agravante dos efeitos secundários dos medicamentos e drogas,    por vezes desconhecidos e que podem surgir quando menos se espera, atirando-nos para dentro das tais pequenas percentagens de risco que nos podem contemplar.
         Não sei se existem estudos, estatísticas, investigação nesse sentido. Decerto seria muito útil seguir um grupo de cidadãos, a partir dos trinta anos de idade e observar o hábitos, a alimentação, ao interesses, as alterações das vidas dessas pessoas, e as alterações da sua vitalidade, as reações às crises, aos sucessos e insucessos. Estou convencido que não seria difícil segui a vida de vários grupos de vinte pessoas, durante umas dezenas de anos. Penso que se obteriam algumas conclusões importantes.
           Eu conheci e ainda conheço umas centenas de pessoas e, salvo o caso de sofrerem acidentes importantes, venho observando que determinadas condutas ligadas à inactividade cerebral, leva ao deterioramento da saúde de muitos indivíduos.
           Não sei se a especialidade da geriatria existe na medicina, em Portugal, Nos Estados Unidos existe. Mas a investigação nessa especialidade creio que contribuirá para o aumento da esperança de vida.     .       

Sem comentários:

Enviar um comentário