Aprendemos em qualquer curso agronómico que os alqueives ou pousios são terrenos sem cultura útil, sem produção dum dos tais bens transacionáveis de que agora tanto se fala. Quem percorre qualquer estrada ou vai de comboio, do Algarve até Lisboa, não deixa de reparar as áreas imensas sem qualquer cultura, os tais alqueives. Numa grande percentagem de solos com pequenos declives, aparentando ser de boa capacidade produtiva.
Pouco tempo após o 25 de Abril, trabalhando nos serviços de agricultura do Algarve, fui encarregado de elaborar um relatório onde referisse o aproveitamento das propriedades existentes no barlavento algarvio..E conclui o relatório propondo o emparcelamento das propriedades de dimensões reduzidas, em particular as situadas em perímetros de rega com a água proveniente das barragens da Bravura e de Silves.
Esse relatório ficou esquecido numa gaveta do ministério e só mais tarde, nos anos oitenta, se efectuou um trabalho desses, com sucesso, efectuado pela brigada do Projecto de Rega do Algarve .
Ainda julgo útil lembrar que nos três ou quatro anos após o 25 de Abril e por iniciativa do meu colega Azevedo Gomes, se efectuou a ocupação com floresta da serra de Monchique, obra que ele havia progectado continuar para o baixo e alto Alentejo nos anos seguintes. Mas que, por razões qiue desconhecida, não se estendeu para norte do Algarve. Não por razões económicas, os governos ainda
dispunham dos cabedais provenientes da "pesada herança fascista".( 800 toneladas de ouro, mais que isso em divisas, etc..)
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