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sábado, 7 de fevereiro de 2015

Um catarro persistente

Fui seguindo os passos, os capítulos, as agruras deste catarro persistente, ingeri xaropes baratos sem implorar socorro ao serviço nacional de saúde, escolhi a receita facultando-me dos conhecimentos do meu curso de medicina pneunomológica, especialidade que inauguraram há uma semana dum curso cujas trinta e duas cadeiras saquei em quatro domingos de dezembro passado, o exame da especialidade foi grátis, sem prova oral, porque o professor alegou bronquite crónica, nem prova escrita porque a poupança na despesa etc., etc.. Enquanto eu aguardava o exame, o frio na sala congelou os aparelhos de ar condicionado e afastou toda a assistência de concorrentes à especialidade. O diploma, para evitar burocracias engorrosas, termo espanhol cujo significado desconheço, apesar de ser casado há um ror de anos com uma guapa nascida e criada em Espanha, nunca os pais lhe faltaram com nada, até lhe compraram aquela linda boina verde que reforçou a minha paixão quando a que pouco tempo depois passou à condição de minha noiva, vejam só o meu descaramento. E resolvi raptá-la, inspirado no rapto das sabinas romanas, conservando-a em bom estado até hoje.. E agora, apesar do catarro, vou deitar-me antes que ela adormeça.

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