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terça-feira, 31 de janeiro de 2017




De toda esta barafunda da economia que nos interessa,  a das
 finanças do nosso país, salientamos:
    1- Falhanço dos modelos e das previsões da evolução da economia dos chamados multiplicadores. Que mais parecem divisores ou d, a dança das ideias.
    4- A estagnação económica e a análise deficiente desta.
    5- O envelhecimento da população do nosso país.

    6- O desemprego, em nivel  decrescente mas de muito lenta diminuição..
    7- Os custos com o atendimento social - na saúde, desemprego, educação, reformas.
    8- A contínua ocultação da situação económica do país, referindo apenas aquilo que vai melhorando lentamente.
    9- As medidas para melhorar a situação, a curto , medio e longo prazo complementadas com os custos reais.
     10 - O alheamento da maioria da população sobre a economia. Somente, quase sempre apresentada em termos incompreensíveis para o povo.  .,
    Quem não sabe explicar o que diz, em termos compreensíveis regra quase geral pretende enganar quem o escuta, disfarçando a realidade..      

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017


Sei

Sei o que é nos encontrarmos noutra dimensão. Ou, por outras palavras, o que é sentirmos um afago do nosso Criador. Ou ainda, aquilo que exprimimos, num comum dizer, por "sentirmos-nos transportados nas alturas". Quando somos, por exemplo, contemplados com uma mensagem carinhosa duma neta que vive a catorze mil quilómetros de distância.

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domingo, 29 de janeiro de 2017


       Se isso é viver
       Pasmo da facilidade, do à-vontade, da indiferença que muitos e muitas aparentam quando se cruzam comigo. Raro vejo nos seus semblantes algum sinal de sentimentos, alguma manifestação do seu estado de espírito, reacção ao ambiente que os rodeia. Sinto quase sempre vontade de interromper aquela apatia, de provocar-lhes um reflexo de vida, de conhecer as causas dessa indiferença perante a vida e as suas vidas. Nada como dar os bons dias e ouvir as respostas, descobrindo as diferenças no tom das respostas.
         A palmeirinha lá em baixo, ao nascer do dia, apresenta-se em geral, tristonha, com um aspecto da sonolência na fase de despertar. E quando o sol e a brisa  a acordam, manifesta a sua alegria no brilho da cor verde, muito viva e no agitar contente e pressurosa das suas folhas. Como qualquer planta ou árvore, reage perante o que a vida lhe concede. A nossa visão é que muito não lhe descobre. Só agora, começamos , com muita timidez, a descobrir as reacções das plantas.
           Os humanos, com frequência, não querem entende-las, não se esforçam para tanto. Persignam-se perante Deus por temor. Não sorriem perante as plantas, seus antepassados.
           Muitos se resignam a a viver, por inércia. 
   

Só quem amou

Só quem amou poderá descobrir a equação do amor. E não é necessário ser matemático para saber o que deriva do amor, nem as diversas operações que nele estão implicadas e as suas curvas sinuséoidais sem limites superiores, o amor integral, o círculo do amor, as incógnitas do amor.
Se o amor tende para o final, começa a indiferença.
Se o amor é o dum forreta, não é amor.
Se o amor é inconstante, vai terminando.

sábado, 28 de janeiro de 2017


O desprezo pelas profissões ditas não liberais, pedreiro, carpinteiro, electricista, etc. tem causado em Portugal um prejuízo enorme. Em minha opinião, o que parecerá uma heresia para muitos, a universidade deveria estabelecer cursos superiores dessas profissões. Senão, vejamos. Um carpinteiro dever ter bases de matemática, botânica, economia, defesa do ambiente e outras. Perguntem a um carpinteiro , salvo honrosas escepções, o que conhece sobre arboricultura, sobre a arte de tratar as madeiras, sobre a árvore e os cuidados ambientais que deverá conhecer para a defesa da árvore, etc.. Um bom carpinteiro não é só o que sabe arranjar uma janela que fecha mal, que emperra ou que está empenada. Se pensarmos um pouco veremos que o melhor profissional é o que sabe muito mais, além do manusear das ferramentas.
Não passarão muitos anos até que dedicamos a essas profissões o que elas merecem.









Não vou entrar no youtube, pareço um governante ou candidato a governante, dos modernos, que amam voltar atrás. Falta-me a paciência( aqui para nós, falta-me a habilidade, estas coisas não se confessam, guardam-se bem, prenhes de amargura) Não, chega-me qualquer rede social, vou ocupar com intensidade o meu tempo escrevendo outro livro, para o público que me lê agora. Mas atenção, se vos interessa este ou outro dos anteriores peçam-me que o envie à cobrança, embrulhado em papel reciclado e atado com cordel, olhem que daqui a vinte anos, estes "best-sellers" ( está mal escrito não está?, paciência) daqui a vinte anos quando for disputado nas livrAceito voluntáriosarias, feiras do livro e alfarrabistas, custar-vos á os olhos cara.

Aliás lembrando que não abandono o assunto do dinheiro, reparem que o nosso papa já fala do mal do dinheiro, um mal ainda pior que a escravatura, contra a qual também a igreja católica lutou.
Ainda não tenho companheiros nessa cruzada, aceito voluntários, quem se inscreve?



















As outras profissões ainda não universitárias

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017






O dinheiro só está limpo quando sai da máquina que o fabricou. Então aparece e está brilhante, reluzente, atractivo, seja um cêntimo seja uma nota de quinhentos euros. Depois, circulando, dia a dia mais se suja, mais se emporcalha, mais serve de veículo de contagio, de corrupção, de maldade, de reflexo de ambições, de forma de enganar o próximo. Cheirem uma moeda ou uma nota dele com algum tempo. Como ninguém se preocupa em lavá-lo, muitos se preocupam apenas em levá-lo, mesmo a cheirar mal, mesmo sujo de trampa. Coloquem uma nota de cinquenta ou de cem euros dentro da merda e verás as mãos ávidas que não se importam de a recolher e limpá-la com mais cuidado do que bem lavar as mãos.
E poucos se lembram que “ninguém o levará consigo”, quando o Senhor os levar.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017


Poderei cobrar os meus livros recebendo méritos. Que poderei empregar quando quiser adquirir a quem mos aceite. Nâo pensem que é difícil. Basta que constituamos um circulo. Claro que há muitos pormenores a definir, Que dizem dum sistema onde não existissem bancos, onde os vossos méritos estivessem seguros, onde os vossos proventos resultantes da vossa actividade não sofressem a erosão da inflação, num sistema onde não existissem falências de bancos porque não existirão bancos, onde todos os artigos de consumo ou toda a prestação de serviços fossem devidamente pagos e recompensada e aceite por todos, com méritos, não com dinheiro.
É evidente que a tanto não poderemos chegar amanhã ou depois. Como tantas boas iniciativas na história da humanidade que não se concretizaram em dois dias. O principal será começarmos. O principal será que a mentalidade da mulher e do homem atinja o nível suficiente para começar a eliminar o actual sistema.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017




Começa a surgir a discussão sobre o dinheiro, acabar com as notas e moedas. Vários artigos vão surgindo. Se os querem ler, pesquizem na internet " a Suecia procura acabar com o dinheiro". E leiam o meu livro, .sonho de sorte.. Nele, inventei uma das possíveis soluções.
A transição será lenta, com  foi a introdução do dinheiro nos mercados em substituição do sistema de trocas, alguns séculos antes de Cristo. Esse sistema de trocas ainda subsiste em certos casos, nos mercados e nas feiras.
Mas o que não tenho dúvidas é que, quando o sistema  monetário actual desaparecer e for substituído  por outro, sem recurso a notas e moedas, a pobreza diminuirá. Principalmente porque as crises ligadas ao dinheiro, desde que este existe e sempre que há crises afectando a economia, aparece a inflação, surgem as falências bancárias, as loucuras dos governantes, etc..- os que sempre têm sofrido mais são os mais pobres, de menores recursos, com o consequente aumento .da pobreza  nos países onde as crises se verificam.
Espero que a discussão se intensifique e leve a soluções.
E aguardo as críticas.

sábado, 21 de janeiro de 2017

Conheçam!

 Conheçam, se entendem útil, a distribuição da riqueza no mundo.
 Conheçam, se quiserem, as razões do consumo de cocaína.
 Conheçam se julgam válido esse conhecimento, porque razão há tanta pobreza em todo o mundo. Conheçam um pouco de tudo isso e atentem que sem o dinheiro, sem este sistema monetário que nos escraviza. tudo isso se reduziria.
 E pelo menos, falem um pouco com os vossos amigos, desse mal. Para o qual existe solução. Que só talvez um por cento da população mundial pense que não lhe interessa abordar comentar, criticar e resolver.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

*
      Quando passam os dias e nada nos surge de inopinado, quando não surgem circunstâncias que nos desviam do fácil, do cómodo, do simples a que nos habituámos durante anos, se alterações imprevistas nos perturbam o físico e o espírito e sentimos que não somos tão inconcussos como nos julgávamos, hesitamos na decisão a tomar de forma a que qualquer atitude precipitada não traga consequências perigosas para o no futuro da nossa vida e dos que nela participam ,
      Parece simples aconselhar calma, fácil proferir palavras de consolo, útil tomar o jeito do desprezo, encolher os ombros pensando apenas  "logo se verá" ou ainda, como disse Camões, "atrás dos tempos, tempos  veem".
     A solidez das decisões que tomamos nos momentos mais difíceis, resultam da experiência que acumulamos ao longo da vida, da forma com especulamos sobre as situações mais ou menos complicadas em que nos embrenhamos, menos ainda da fama e consideração que julgamos ocupar a mente dos que nos rodeiam.
      O orgulho, a vaidade, a desfaçatez, pouco influenciam nas  decisões, correctas ou não. Ainda que por vezes as prejudiquem.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017




Para onde vamos, neste caminho?

O que será da Terra, deste planeta que habitamos, se continuarmos a destrui-lo, a desfazer o equilíbrio dos seus elementos, a eliminar as condições de vida que nos vem oferecendo, geração a geração?
Todos os animais existentes na Terra parece que resultaram da evolução a partir dos primeiros seres unicelulares, provenientes ainda não se sabe donde ou como. Essa evolução, como a passada, resultará daqui a milhares ou milhões de anos, num ser superior, principalmente superior na mente e no espírito. Talvez.
Neste caminho de destruição das condições da Terra que na actualidade o homem, muito menos a mulher, insistem em manter e aumentar, será que esse ser superior encontrará condições razoáveis de vida e terá meios para inverter essa insistência para a destruição que segue neste caminho, será provável que esse ser superior terá esses meios?
E o dinheiro, a ganância a ele ligada, sim, são os principais motivos e incentivos para que continue essa destruição.do nosso planeta.
Sim, nosso. E não só deles.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017




Tenho esta mania de fazer ou dizer asneiras, aparafusar para a esquerda, martelando no dedo, perdoar a quem não me ofende, entrar pela porta para dentro, andar à chuva sem me molhar, escrever chucha em vez de chuva como antes ia fazer, mas não gostaria eu de agora ter e agarrar a chucha, uma chucha das antigas, não eram de plástico os plásticos ainda estavam dentro dos petróleos e os petróleos à espera de que aparecesse aquela telenovela sobre a vida exemplar dum magnata do petróleo, onde é que eu ia, ah! já sei, ia na chucha, esta mania que tem a gente de pensar e lembrar a chucha, na realidade estamos bem necessitados de ser governados por um Stipras ou lá que raio de nome grego tem aquele grego que quis saber com um referendo quantos gregos são patriotas e nada mais que pouco mais de sessenta por cento deles assim o são, cá na nossa casa portuguesa com certeza, eu e o meu parente Costa, temos um mesmo trisavô, ou seria um pentavô? Isto de altos pergaminhos a mim ninguém me vence, mas como ia dizendo sobre andar à chuva e não fechar a porta para entrar isso é cá comigo, se quiserem eu pedirei um subsídio para a formação de desempregados, porque formar empregados é muito fácil, difícil, difícil é formar desempregados para que facilmente continuem desempregados, deveria ser promulgada uma lei que obrigasse e impusesse a obrigação( que são coisas diferentes) de qualquer governo estabelecer cursos superiores de desemprego, cumprindo o estabelecido num decreto impar( ou par, para variar) do parlamento europeu, entre outros artigos e dois preâmbulos de 739 páginas, uma de cada um dos deputados daquele parlamento,  que definisse em quarenta e sete directivas esse curso de cinco anos do desemprego básico, com um estágio obrigatório no fundo de emprego chinês. Mas, voltando à vaca fria(vejam na Internet o que é isto da vaca fria) esta mania de não asneirar que não é o mesmo que não fazer asneiras, deixa-me hesitante, se hei-de levar a minha sombra à frente da tua ou ao lado da outra.
Há por aí quem me dê emprego? Sei fazer uma data de coisas com as mãos, algumas com os pés, poucas com a cabeça, tirei uma data de cursos não digo quais para que não me chamem de petulante, vaidoso, ou "mentiroso relapso e contumaz" como um dia chamaram a um distinto senhor que não tinha ou não tem culpa de o ser.
Isso de ser político tem as suas vantagens.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017


O senhor obrigatório, dantes muito se falava dele. Hoje continua a ser influente nos nossos costumes, hábitos, vícios Senão, vejamos algumas dos deveres, o que persiste de obrigatório na vida do cidadão comum, excluindo.se portanto os milionários, os pobres e os políticos:
       - Andarmos vestidos. Os políticos também, mas com gravata, exceptuando aquele pândego da Grécia, que tem a obrigação de não a usar e ainda não nos explicou porquê. Eu, sem ser político,  não a uso e sei bem porquê: não gosto de nada à volta do pescoço, talvez que me ficou  patente e permanente algum atavismo proveniente sei lá de que antepassado, um muito antepassado meu, que foi enforcado em Sevilha, rezam os arquivos da Torre do Tombo.
      - Só andar cá pela Terra depois de termos nascido. As excepções são desconhecidas, contrariando a regra. Os políticos por vezes parece que cá nas não nasceram. Os corruptos consideram-se bem nascidos.
       - Alimentar-nos, bebendo líquidos. As excepções são para alguns malucos que acreditam nas dietas ou que pretendem ser grevistas da fome - quase sempre com uma ajudazinha alimentar à socapa. Os políticos são a excepção da excepção. Não se importam e sempre se resignam a comer e beber, mas do melhor.
      - Escrever depois de pensar. Exceptuam-se os que escrevem transcrevendo a "cassete", moda que parece ter nascido depois os 25 de abril.
       - Eliminar a merda. Obrigação também com algumas excepções e por vezes muitíssimo difícil, outras vezes altamente incómoda e inoportuna. Mas ninguém consegue fugir a tal obrigação, sujeitar-se-ia a consequências fatais. Os políticos esquecem-se, com frequência e sem consequências. Portanto entram na excepção à obrigação.. E lembrem-se, ninguém eesquecidas por muitos que esqueceram o que lhes foi dado. Os políticos esquecem porque não querem ou não conseguem legislar nesse sentido. Só por excepção o fazem.
- Desaparecer para parte incerta num dia do futuro, Sem excepções. Ainda que muitos desejemos a ressurreição de Cristo, mas que a maioria não quer.




Dinheiro

terça-feira, 10 de janeiro de 2017


O que perdi

 
A quantidade de palavras

Que eu ainda não disse

Os passos que não percorri,

Os adeus que guardei,

Os petiscos que não comi,

A sede que não mitiguei

 Nada de tudo isso tem a importância

Dos beijos que não te dei 


quinta-feira, 5 de janeiro de 2017




O meio termo de ti

Detesto o meio termo
As meias tintas, as meias águas, as meias lecas
(Nunca calço meias às pintas, nem sarapintadas)
O meio termo nada tem que ver com o termo do meio
Nem com o termómetro
Nem sequer com o metro, o metrónomo, o marca passo
Coisas diferentes, entre elas não se encontram parecenças nenhumas
Só encontra diferenças quem não tem diferenças nenhumas
Sem tardança, nem petulância
E esta, no seu género, nada tem a ver com a melancia
Que num rasgo de génio roubaste na horta da vizinha
E me ofereceste com um charuto.
Quando reparaste que no meu carro ela não cabia
Porque quando um cretino como tu
Sabe de antemão, no meio termo, que eu não fumo
Nem tabaco, nem folhas de milho,  nem ópio, nem rapé
Sujeita-se a encontrar-me no meio termo e de pé
Entre as onze e as onze e um quarto
Nessa hora fatal em que tu, nessa noite, te assomaste à janela, meu amor
Nesse dia de glória, dessas alturas em que me precipitei nos teus olhos
Nessa noite passada entre o meio termo de ti e o termo do meio de mim
*
Alimentos das células - 5 -
Agora, em pleno inverno, com os problemas respiratórios aparecendo e propagando-se com facilidade em particular nos locais onde muita gente tem de encontrar-se todos os dias.  Tanto quando possível evitem-se esses locais. Bronquios e bronquíolos infectadols, respiração deficiente, mudanças bruscas de temperatura, podem contribuir para dificultar a respiração e para a menor absorção de oxigénio pelo sangue. Tosse, febre, arrepios de frio deverão impor a ida ao hospital ou a consulita imediata ao vosso médico de família, atendendo sempre aos cuidados por ele recomendados.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017




Foi sorte, foi azar,
Mal querença, mau olhado
Ter nascido, ter aparecido
Nesta condição de animal
Bem diferente dos outros animais?
Nesta situação de me ver surgido
Em família bem diferente
Das famílias dos outros animais?
Não fiz exigências
Não pus condições
Não reivindiquei aumento de ordenado
Nem férias em duplicado
Nem me explicaram porque
Não sou cobra, avestruz, macaco, leão
Ou simplesmente, mulher
Porquê aqui me deixaram
Com um cérebro esquisito
Que não aceita, ao contrário do que aceitam outros iguais,
Todas as maldades, todas as patifarias, todos os enganos
Com que se divertem, aplicando-as aos seus iguais
Ou a qualquer dos outros animais.
Um dia, no futuro, é provável que apareça
Outro animal diferente de todos os que comigo estão na Terra
E que nos venha anunciar que traz o poder para salvar a Terra
E que fará?

Devolva tudo o que o homem retirou
Da Terra, donde veio e que o criuo
 

domingo, 1 de janeiro de 2017

*
Eu tenho curiosidade, mas não sou curioso, no vulgar sentido
Tenho essa coisa da curiosidade, esse sentimento estranho:
Porque nasci?
Porque nasci aqui?
Porque tenho de morrer?
Porque tenho de viver?
Porque tenho de escrever o que estou escrevendo?
E pensar o que estou pensando?
Mas se há tantas coisas ditas curiosas de que eu não sinto curiosidade
A quadratura do círculo, a fórmula do vinho, os mistérios do presente
E outras universal e tontamente aceites como curiosas
Mas onde eu não encontro essa tal da curiosidade
Onde só encontro outros motivos que encontro naturais
Naturais e para mim por completo,  sem a tal da curiosidade
Como a bondade, a lealdade, o amor
Que deveriam ser normais e não objectos curiosos
Para muitos desprezíveis, sem valor nem préstimo, puras fantasias
Mas para mim, de valor imenso, geradoras de tantas alegrias
E que eu encaro com a mesma devoção,

Sem curiosidade, com o amor
Com que encaro uma flor.