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terça-feira, 17 de janeiro de 2017




Tenho esta mania de fazer ou dizer asneiras, aparafusar para a esquerda, martelando no dedo, perdoar a quem não me ofende, entrar pela porta para dentro, andar à chuva sem me molhar, escrever chucha em vez de chuva como antes ia fazer, mas não gostaria eu de agora ter e agarrar a chucha, uma chucha das antigas, não eram de plástico os plásticos ainda estavam dentro dos petróleos e os petróleos à espera de que aparecesse aquela telenovela sobre a vida exemplar dum magnata do petróleo, onde é que eu ia, ah! já sei, ia na chucha, esta mania que tem a gente de pensar e lembrar a chucha, na realidade estamos bem necessitados de ser governados por um Stipras ou lá que raio de nome grego tem aquele grego que quis saber com um referendo quantos gregos são patriotas e nada mais que pouco mais de sessenta por cento deles assim o são, cá na nossa casa portuguesa com certeza, eu e o meu parente Costa, temos um mesmo trisavô, ou seria um pentavô? Isto de altos pergaminhos a mim ninguém me vence, mas como ia dizendo sobre andar à chuva e não fechar a porta para entrar isso é cá comigo, se quiserem eu pedirei um subsídio para a formação de desempregados, porque formar empregados é muito fácil, difícil, difícil é formar desempregados para que facilmente continuem desempregados, deveria ser promulgada uma lei que obrigasse e impusesse a obrigação( que são coisas diferentes) de qualquer governo estabelecer cursos superiores de desemprego, cumprindo o estabelecido num decreto impar( ou par, para variar) do parlamento europeu, entre outros artigos e dois preâmbulos de 739 páginas, uma de cada um dos deputados daquele parlamento,  que definisse em quarenta e sete directivas esse curso de cinco anos do desemprego básico, com um estágio obrigatório no fundo de emprego chinês. Mas, voltando à vaca fria(vejam na Internet o que é isto da vaca fria) esta mania de não asneirar que não é o mesmo que não fazer asneiras, deixa-me hesitante, se hei-de levar a minha sombra à frente da tua ou ao lado da outra.
Há por aí quem me dê emprego? Sei fazer uma data de coisas com as mãos, algumas com os pés, poucas com a cabeça, tirei uma data de cursos não digo quais para que não me chamem de petulante, vaidoso, ou "mentiroso relapso e contumaz" como um dia chamaram a um distinto senhor que não tinha ou não tem culpa de o ser.
Isso de ser político tem as suas vantagens.

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