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domingo, 29 de janeiro de 2017


       Se isso é viver
       Pasmo da facilidade, do à-vontade, da indiferença que muitos e muitas aparentam quando se cruzam comigo. Raro vejo nos seus semblantes algum sinal de sentimentos, alguma manifestação do seu estado de espírito, reacção ao ambiente que os rodeia. Sinto quase sempre vontade de interromper aquela apatia, de provocar-lhes um reflexo de vida, de conhecer as causas dessa indiferença perante a vida e as suas vidas. Nada como dar os bons dias e ouvir as respostas, descobrindo as diferenças no tom das respostas.
         A palmeirinha lá em baixo, ao nascer do dia, apresenta-se em geral, tristonha, com um aspecto da sonolência na fase de despertar. E quando o sol e a brisa  a acordam, manifesta a sua alegria no brilho da cor verde, muito viva e no agitar contente e pressurosa das suas folhas. Como qualquer planta ou árvore, reage perante o que a vida lhe concede. A nossa visão é que muito não lhe descobre. Só agora, começamos , com muita timidez, a descobrir as reacções das plantas.
           Os humanos, com frequência, não querem entende-las, não se esforçam para tanto. Persignam-se perante Deus por temor. Não sorriem perante as plantas, seus antepassados.
           Muitos se resignam a a viver, por inércia. 
   

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