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segunda-feira, 4 de dezembro de 2017


     Nesta tebaida em que me refugiei sirvo-me do pouco genio que me assiste para engendrar solilóquios com alguns amigos, não com os que desapareceram e que aguardam, decerto impacientes, o que lhes reserva o destino. É uma crença, esta de que todos teremos uma nova vida, todos o que cremos   em Deus. Porque os ateus, esses, como ouvi referir a alguns, creem que o nosso destino, de todos, é cairmos no nada. Como se fosse possivel cair numa coisa que não existe. Porque ainda não apareceu o sabio que nos defina o nada, a não ser com os chavões do costume: ora, ora, dizem-nos, o nada é nada, é coisa nenhuma, é o que está por detrás do invisivel, é a molécula da escuridão e mais outras definições prazenteiras que "nada" definem.
    Mas vou sair do buraco antes que perca o almoço.   

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