Não acreditaram. Ninguém experimentou,parece-me. É claro que não vemos na rua os outros vocês que pretenderam sair de casa. Nem vocês me vêm a mim quando eu resolvo sair de casa e continuar sentado junto ao computador. Os corpos não saem quando ficam em casa, o que é o caso. Quando resolvo sair ficando o outro eu aqui, o que sai é o que gosta de apreciar o que há lá fora. Há pouco por exemplo estava junto a dois tipos que descarregavam morangos de Espanha,tomates de Faro e flores de Óbidos.Havia um "cocktail" de perfumes no ar que aspirei com delícia, embora sem a pituitária do corpo que deixei lá em cima, em casa, com o eu outro,o que gosta e aprecia mais toda a salgalhada da informática que o computador pôe à disposição do eu esse que lá está. Passam duas raparigas, com as mochilas dos livros e cadernos do liceu falando um algarvio cerrado que combina bem com o cheiro a peixe fresco que vem das caixas que agora entram no mercado.
Os perfume das flores e do peixe fresco são assim : não precisam que eu leve a pituitária do eu outro para junto delas.
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