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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

O despertar para o futuro

Não tenho dúvida alguma: sou um cidadão pensando viver no século XXIII. Ou talvez ainda mais no futuro. Ontem li um artigo, julgo que no Observador, onde o articulista dizia que no século XXIII as mulheres e os homens mover-se-ão sob o domínio da mente. Daí inferi que estou certo quando digo que o dinheiro, nesse tempo futuro ou mesmo antes, será considerado um meio obsoleto, dentro do sistema obsoleto onde no presente vivemos. As mulheres e os homens não necessitarão de dinheiro para a sua vida corrente porque os recursos naturais com os suplementos das novas tecnologias, chegarão e sobrarão para as necessidades de alimentação e porque a formação mental elevada dos humanos, impede-os da ganância, da exploração do próximo e dos desejos de riqueza e ostentação. Terão finalmente, talvez muito antes do século trinta, chegado á conclusão que a felicidade está nos prazeres não materiais que a mente concede. Uma criança, quando começa a dar os primeiros passos, não pensa em qualquer riqueza! Os humanos é que na actualidade incutem,cedo, na criança o vício da posse, a avareza que resulta desse vício. Ao princípio,dão-lhe brinquedos e a criança pouco tempo depois de os ter, despreza-os. Quando outros, muito mais simples como um arco de ferro conduzido com uma guia de arame os contenta muito mais. Experimentem, não sei se se lembram. O que a criança manifesta, logo que nasce, é a curiosidade sobre tudo o que lhe aparece diante, neste mundo em que o lançaram. E se a curiosidade sobre o material que vê é a manifestação mais simples da sua mente, a curiosidade sobre o não material deverá a pouco e pouco ser despertada. Quando ela veja uma bola e a queira agarrar, é uma das primeiras manifestações de curiosidade, deveremos, mais tarde, logo que possível, mostrar-lhe para que serve a bola, de que é feita, onde se adquire, etc..E depois, procurar que nos diga porque gosta da bola, se gosta ou não gosta doutras coisas, porque sorri quando gosta, etc.. O mais importante, julgo eu, ´nessas primeiras idades, é que a criança comece a pensar, a ter dúvidas diferentes, a começar a ser indiferente pela posse ou pela impossibilidade de obter qualquer objecto e a ambicionar conhecer mais e mais a razão de tudo. É esse desenvolvimento da mente que decerto irá aumentar nos próximos séculos, percorrendo os humenos os sucessivos graus de independência das coisas materiais - dos carros, dos objectos de adorno, do vestuário, do dinheiro, etc.. Os humanos não mais trabalharão, apenas se ocuparão no que mais lhes agrada e para o que decidiram bem formar-se. Formação e ensino que mais e mais se obterão se a curiosidade inata da criança for sempre bem orientada e autenticada. Porque não se trocam ideias sobre tudo isto? Quando começarmos a discuti-las, progrediremos.

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