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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Entretenho-me a brincar às escondidas,
da maneira mais democrática possível
com as coisas futeis que o meu olhar lobriga.
Entregando-me às belas surpresas do acaso
e desprezando algumas sensaborias.
Encontro-me a percorrer as estradas do ser
saindo daqui para quedar-me no mesmo sítio,
pernoitar numa pousada de luar
e adormecer, embalado no meu berço de menino.

Fico sobremaneira perturbado
por esta serenidade e fantasia,
o realejo cantarolando na rua
e esse sorriso teu que tanto me enleia.

Este passar do tempo pela alegria
E esta tentação dentro de mim que foi p'ra lá
Em troca dum remorso que eu vivia,
Perdendo a maravilha do teu olhar
Saindo para dentro do que hei-de dar-te
E ocultando-te tudo o que te quiz mostrar
Fez saltar o meu marco da aventura
Provocou o debandar desta ilusão
FIcando-me apenas essa tua ternura

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