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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Conversa...(6)

        Fernando continuou sentado e desdobrou o jornal diário que havia comprado antes de entrar na pastelaria. Quando iniciava a leitura um individuo sentado numa masa próxima disse-lh:
             - Estava escutando com muita curiosidade a sua conversa com aqueles estudantes, tambem tenho um filho a acabar o liceu e uma filha no décimo primeiro. E parece-me que com eles se passa o mesmo que com estes jovens que estavam aqui consigo. A vossa conversa despertou-me a vontade de conversar com os meus filhos sobre futuras profissões. Mas suponho que concorda comigo que é muito dificil de falar com os jovens, são de outra geração, pensam em geral noutros assuntos... Mas deixe-me que me apresente, Manoel Lourenço, tambem vivo aqui perto, julgo que passa por mim muitos dias, costumo estar aqui  na esplanada aqui abaixo tomando um café.
          Fernando estendeu-lhe a mão:
             - Fernando Silvestre, muito prazer. Também quando o vi na sua mesa, pareceu-me conhece-lo aqui, do bairro. E quanto aos filhos comigo passou-se o mesmo, tenho tres filhos já formados e trabalhando nas suas profissões. Mas quando terminavam o liceu tivemos algumas conversas, talvez tenham servido de alguma coisa porque o facto é que todos eles gostam da profissão que teem e do trabalho e ocupação que obtiveram.
            - Mas eu e a minha esposa temos alguma dificuldade em falar com os nossos filhos sobre o futuro deles. O Gustavo e a Helena levam normalmente o assunto para a brincadeirta e desarmam-nos com facilidade, desviando o tema para as suas aventuras, as suas histórias. E eu, falando com a Maria Helena, a minha esposa, sempre reparamos  que nos vemos metidos numa conversa com os filhos totalmente diferente da que pretendíamos.
          (continua) 

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