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quarta-feira, 6 de abril de 2016

Chuva e terremoto. E equilbrios

Lembrou-se, meteu-se-lhe na cabeça a ideia de descalçar os sapatos e as meias e caminhar descalço pela avenida. O pavimento molhado, frio, de calçada à portuguesa sem grandes asperezas, trouxe-lhe a  recordação dum passeio que dera vinte anos atrás pelos arredores  da vila de Alpedrinha . Ou doutro, pelas ruas de Bensafrim, naquele dia do terremoto de grau sete. O passeio e o terremoto  provocaram consequências diversas nas duas localidades. Em Alpedrinha perdeu os sapatos mas o terramoto não provocou danos no teto da casa dos seus amigos. Em Bensafrim, após aquela chuvada, os sapatos ficaram molhados mas o terramoto abateu todos os telhados de todos os seus amigos que ali viviam.
Mas isto tem alguma importância para ser dito?
Sim, porque as coisas sem importância nenhuma também merecem ser ditas.
Ou não?
Talvez sim.
Porque assim se restabelece o equilibrio entre tantas coisas muito importantes que se dizem pela televisão,etc. e outras muitas que lá não se dizem.

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