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quinta-feira, 14 de abril de 2016

Tempos diferentes

Tenho uma balança de precisão com que me entretenho nalguns dias a pesar as coisas mais variadas. Ontem uma barata média não usou a tempo o radar das suas antenas e consegui imobilizá-la para sempre. Lembrei-me de a pesar, já morta, Curiosamente, a balança deu-me o seu peso: sete gramas e meia.. Imaginem,  eu peso dez mil vezes mais, setenta e cinco quilos, Ou seja, setenta e cinco mil baratas, um considerável rebanho de baratas, pesam tanto como eu. Ainda um dia começarei a colecionar baratas mortas ou vivas e mortas até conseguir juntar setenta e cinco quilos delas., só assim ficarei bem convencido, que serão dez mil, as que juntei no saco.
Todavia, olhando para a barata morta comecei a matutar sobre aquela barata que eu matei na flor da  vida. É provável que o mundo dela, o mundo que ela à sua volta sentia, sentia que era dez mil vezes menor que o meu e que tudo o que se passará no seu mundo, se passará na mesma proporção.
Há um desejo generalizado dos homens, para matar as baratas. Das mulheres não, porque em geral dão gritos de terror quando as veem fazendo pela vida, atraídas pelos bons olores nas nossas cozinhas. E têm de ser os homens a pecar, não cumprindo o mandamento de Deus de não matar. Porque Deus, que eu saiba, ao contrário do que muitos humanos pensam, não  nos aconselhou apenas que não matássemos os humanos. Se assim tivesse sido a sua intenção, teria dito <não matarás os humanos>.. E portanto por " não matarás" decerto quis aconselhar que não devemos matar qualquer ser vivo, desde uma pulga até um elefante.
Julgo que o nosso  Criador colocou todos os seres que por cá vivem, com uma finalidade. Talvez dez mil vezes menos avaliada, na razão de existir,  pelos humanos, quando avaliam a própria existência..


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