A preguiça é apelidada por alguns, de vício irreversível. É sustentada e afirmada por outros como reacção natural ao trabalho insano e intenso.E por terceiros, como um intervalo saboroso por entre as agruras da vida e outras desfaçatezas que se inventam para a justificar. Para mim, espreguiçarmos-nos, constitui uma boa e quase involuntária relaxação quando acordamos. A preguiça, invocada de espírito aberto, é hipócrita, não é mais que uma desculpa lançada à pressa quando deixámos de cumprir uma promessa ou quando não cumprimos com o que a vida nos impõe ou nos obriga. E também serve para justificar a ausência orgulhosa dum pedido de desculpa substituindo-o pelo "não tenho paciência para isso", ou por um "não estou virado para aí".
A preguiça é como um parente por afinidade: invocamo-lo quando nos dá jeito.
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