Sevilha- activo de Índias
Foge à vulgaridade o que não é banal. Mas o termo é também é usado duma forma menos digna ou favorável, para apelidar o que se julga baixo, reles, indigno ou medíocre. Significados que podem pecar por defeito, outras vezes por excesso. E interessa referir que, como muitas outras palavras, pode depender do lugar, da circunstância, da época e por vezes até da moda vigente.
Pode ser atirado o termo como uma ofensa.Entre amigos pode ser aceite com um sorriso. Dentro do uso cobarde, na ausência do visado, pode reforçar a maledicência.
Sempre que oiço alguém apelidar outro de vulgar penso que se emprega essa palavra com pouco cuidado. Ninguém sabe o que vai na cabeça do outro com quem fala, ou que participa numa reunião.
Isto vem a propósito do que se passa nessas reuniões, colóquios, assembleias, com muitas dezenas de participantes. Num parlamento, como o europeu, de mais de quinhentos representantes dos países da união europeia, quantos exporão as suas ideias e opiniões? A nossa constituição tem, pelo menos, dez vezes mais artigos que a dos Estados Unidos. O número de indivíduos que participaram na sua discussão e feitura foi na mesma proporção. E quantas boas ideias e opiniões não se perdem quando o número de participantes é de centenas?
A tanto não chega a observação e a inteligência dos que nos governam.
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