A arte de defenestrar
Para que
saibam os meus desconhecidos leitores e os ignorantes comentadores do
alheio meu, vou ocupar-me despreocupadamente - lindo adverbio
de modo (insano) - em defenestrar das minhas águas furtadas (
tenho três assoalhadas , três casas de banho e uma esposa linda),
em que vivo, como ia dizendo, como soe dizer-se ou como queiram
dizer sem ser para aqui chamados, ditos ou mal pagos, todavia
(porque será que deixaram de usar esta proposição digo preposição,
proposição é uma coisa feia quando é feita fora do lar
conjugal,ou estarei enganado?)fiquem sabendo, já que falaram
disso, eu devo alguma coisinha a alguém e a modos daquele grego
Tsipras ou como raio se chama , a modos dele eu vou-lhe exigira
pagar-lhe o que lhe devo até ao ano dois mil cento e quarenta e três
nesse ano comemoraremos a nossa independência e a minha
dependência da minha esposa e dos meus descendentes que, segundo
a pitonisa que eu sempre consulto, segundo ela terei nessa altura,
comprimento e largura de vistas, mais ou menos 2748 descendentes
e eles terão um antepassado vivinho e fresco porque sempre fiz a
dieta da beterraba, do manjericão e do tal do chocolate que tenho
sempre na gaveta da mesa de cabeceira para o que der e comer. E
, como ia dizendo, ao meu credor pedirei mais uns cobrezinhos
emprestados, exigindo-lhe que me perdoe a dívida antiga e esta de
agora e que não me fique devendo o que lhe peço emprestado, não
queira ser apontado como antidemocrata.
E descansem, satisfazendo a vossa curiosidade, informo-vos que jamais defenestrarei o defenestrado.
E descansem, satisfazendo a vossa curiosidade, informo-vos que jamais defenestrarei o defenestrado.
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