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sexta-feira, 18 de novembro de 2016


Sendo assim, sou alguem


Pois eu sou alguma coisa, sou alguém, alguém   que ama a vida, tanto, tanto, que continuo a criar personagens nos meus contos, nos meus versos, nos meus pensamentos. Por vezes encalho, por vezes hesito, por vezes distraio-me, sinal de que os meus personagens foram dar uma voltinha, no seu direito democrático, na sua liberdade. Porque eu dou inteira liberdade aos meus personagens, respeito as suas preferências, as suas birras, as suas idiossincrasias, a sua criatividade, mesmo as suas preferências por algum dos leitores. E sou amigo deles, embora alguns sejam marotos, alguns sejam patifes, outros  muito descarados. Mas onde não os encontramos ?   Isto de criar não é só criar na barriga de mãe. Notem que é gente mais ou menos etérea que é detestada por muitos, amados por outros. Bem sei que vão ao encontro de ti e de mim, através dos livros. Mas quem, ao longo da vida não odiou o primo Basílio, quantos não se entusiasmaram com o conde de Monte Cristo, quantos não amaram  a Lady Chaterley ?   

 
Burocracia
A arte de realçar o inútil. È um dos ramos da preguiça. É uma amostra do faz de conta, da ausência da criatividade. E estranha forma de ocupar o tempo.



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