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Nenhum homem é perfeito. Para mim, só a natureza é perfeita. Nenhum homem, desde os das cavernas até aos de hoje, foi capaz de engendrar o que quer que seja tão perfeito, tão completo, tão belo, tão impecacel, tão completo, como a natureza. Podemos admirar, extasiarmo-nos, enlevarmo-nos com alguma obra do homem - ou da mulher - que logo surge outra que mais nos maravilha. E talvez seja esse o desígnio de Deus, que o homem, durante a vida e por mais que viva, queira sempre mais perfeição, naquilo que faz, naquilo que produz, em tudo o que engendra. E, quando não possui tal ambição é porque estão terminando os seus dias de vida, ainda que viva muitos mais. Seja ao escrever um artigo, uma novela ou um romance, se formos sinceros, todos sabemos que faltou ali qualquer coisa, sobraram as palavras não encontradas que tornavam mais perfeito essa obra .
Só quando nos nasce uma filha ou um filho, ali sentimos a perfeição da mão de Deus como a sentimos contemplando a natureza.
comentários, poemas, situações e circunstâncias da vida, escrtos e da autoria do que escreve neste blog
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segunda-feira, 31 de julho de 2017
quinta-feira, 27 de julho de 2017
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A mim, em Espanha, quando eu tinha vinte e cinco anos - foi há poucos dias- as meninas daqueles tempos de há poucos dias, chamaram-me, classificaram-me, definiram-me como esquisito, no sentido esdrúxulo da palavra, não como se eu tivesse o acento na terceira sílaba como qualquer proparoxítono que se preze mas sim como indivíduo que se distingue pela extravagância dos costumes, dos hábitos do trato com o semelhante ou com os poucos semelhantes., não digo com os iguais porque não me considero igual a mais nenhum ainda que possam dizer que me seja semelhante a outro qualquer um que seja, lá porque esse que dizem meu semelhante tenha cabeça tronco e membros, mas isso é apanágio ou privilégio de muitos que não considero meus semelhantes como qualquer outro mamífero que por cá andam até que o destino os elimine ou afaste não se sabe para onde.
A mim, em Espanha, quando eu tinha vinte e cinco anos - foi há poucos dias- as meninas daqueles tempos de há poucos dias, chamaram-me, classificaram-me, definiram-me como esquisito, no sentido esdrúxulo da palavra, não como se eu tivesse o acento na terceira sílaba como qualquer proparoxítono que se preze mas sim como indivíduo que se distingue pela extravagância dos costumes, dos hábitos do trato com o semelhante ou com os poucos semelhantes., não digo com os iguais porque não me considero igual a mais nenhum ainda que possam dizer que me seja semelhante a outro qualquer um que seja, lá porque esse que dizem meu semelhante tenha cabeça tronco e membros, mas isso é apanágio ou privilégio de muitos que não considero meus semelhantes como qualquer outro mamífero que por cá andam até que o destino os elimine ou afaste não se sabe para onde.
quarta-feira, 26 de julho de 2017
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Uma pessoa amiga pediu-me um sonho. Isso exprime muito. Exprime muito o que semnpre sonhámos. O que empre sonhámos conseguir, o que sempre desejámos alcançar, o que sempre ambicionámos da vida: a amrizade, uma amizade sem fronteiras, sem porquês, sem senões. Com a mesma simplicidade com que cresce uma planta no jardim, limitada ao canteiro, no campo em plena liberdade, num vaso, resignada à dureza das paredes . Com a mesma bondade com que o luar uma noite inunda e entra na nossa face . Sem disfarce, sem intenções escondidas, sem esforço.
É bom que haja quem nos peça um sonho.
Uma pessoa amiga pediu-me um sonho. Isso exprime muito. Exprime muito o que semnpre sonhámos. O que empre sonhámos conseguir, o que sempre desejámos alcançar, o que sempre ambicionámos da vida: a amrizade, uma amizade sem fronteiras, sem porquês, sem senões. Com a mesma simplicidade com que cresce uma planta no jardim, limitada ao canteiro, no campo em plena liberdade, num vaso, resignada à dureza das paredes . Com a mesma bondade com que o luar uma noite inunda e entra na nossa face . Sem disfarce, sem intenções escondidas, sem esforço.
É bom que haja quem nos peça um sonho.
De que serve mencionar o que outros deveriam fazer, projectar, escrever? É uma de tantas daquelas coisas, acções, intenções, ou mesmo desejos que significam o mesmo que pretender que uma amiga desconhecida que vive em Ipeticarauba reze catorze padres nossos mais catorze salve rainhas pela minha alma quando fôr do outro mundo. Já passou muito tempo depois que Miguel Cervante teceu desses desejos na figura do seu don Quixote, logo bem acompanhado pelo Sancho Pança nas suas aventuras. Uma minha irmã, figura ilustre nas letras portuguesas, a Maria Fernanda, mais conhecida por Fernanda de Castro, dizia-me , olha, nunca te esqueças, também se vive da fantasia, quem não a aproveita perde uma grande parte da vida, é como se dormisse mais outras oito horas por dia alem das que já pratica, Não é que eu viva como o don Quixote, faltam-me a lança e o Roncinonte, o Sancho esse não me falta, é só dar um estalo com os dedos que ele aparece por todos os lados.
terça-feira, 25 de julho de 2017
segunda-feira, 24 de julho de 2017
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Já não há guerras, das antigas. Com exércitos, batalhas, generais que mandavam gente morrer, navios ao fundo carregados de gente e de muita coisa que foi poluir o fundo do mar, gente que bombardeava gente e tudo o que muita gente construiu, triliões de tiros projectados para onde não sabiam onde iriam parar a não ser que parassem nalguem que matavam, uma data de senhores discutindo onde haviam de matar mais gente, excepto os senhores que discutiam onde haviam de matar mais gente, muitos animais dos chamados irracionais apanhados pelos. ricochetes de muitas balas atiradas para matar os racionais.
Mas agora essas guerras parece que acabaram, Mas continuam as reuniões dos generais ansiosos por mais guerras para matar os que não são generais, ficam danados quando lhes roubam as balas para matar os que não são generais mas constroiem mais fábricas, mais barcos, mais tanques, e reunem-se mais vezes para discutir onde se hão de encontrar outra vez sobre a forma de matar saudades das antigas reuniões para mandar gente morrer.
Porque cada uma das guerras de hoje, é dum individuo, que não é general, e que quer matar toda a gente, porque assim sempre fica sendo considerado, pela sua gente, como um heroi.
Já não há guerras, das antigas. Com exércitos, batalhas, generais que mandavam gente morrer, navios ao fundo carregados de gente e de muita coisa que foi poluir o fundo do mar, gente que bombardeava gente e tudo o que muita gente construiu, triliões de tiros projectados para onde não sabiam onde iriam parar a não ser que parassem nalguem que matavam, uma data de senhores discutindo onde haviam de matar mais gente, excepto os senhores que discutiam onde haviam de matar mais gente, muitos animais dos chamados irracionais apanhados pelos. ricochetes de muitas balas atiradas para matar os racionais.
Mas agora essas guerras parece que acabaram, Mas continuam as reuniões dos generais ansiosos por mais guerras para matar os que não são generais, ficam danados quando lhes roubam as balas para matar os que não são generais mas constroiem mais fábricas, mais barcos, mais tanques, e reunem-se mais vezes para discutir onde se hão de encontrar outra vez sobre a forma de matar saudades das antigas reuniões para mandar gente morrer.
Porque cada uma das guerras de hoje, é dum individuo, que não é general, e que quer matar toda a gente, porque assim sempre fica sendo considerado, pela sua gente, como um heroi.
sábado, 22 de julho de 2017
* Tenho a maior piscina do mundo, fica entre a Ponta do Altar, na foz do Arade e a ponta do João de Arens. Durante cinquenta e seis verões tomei ali ricos banhos de mar, aprendi muita coisa sobre o mar ou antes, sobre essa piscina, conheci gente importante para mim e não conheci gente importante para mim. Entre muita dessa gente, conheci um pescador, o Antonio Espanhol que enquanto remava no seu bote nos ia contando histórias da sua vida com muita história para os que o ouviamos, no seu dialecto algarvio cerrado:
" e ós pôs, êferrê a morea, puxêa pra dentre do bote, comóvia um monte de mar, a morea vêmencima, ferrôme acá no nariz e féme este buraco caqui tenhe no nariz".
" e ós pôs, êferrê a morea, puxêa pra dentre do bote, comóvia um monte de mar, a morea vêmencima, ferrôme acá no nariz e féme este buraco caqui tenhe no nariz".
sexta-feira, 21 de julho de 2017
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Devemos muitos favores à memória, a recordação de bons momentos não tem preço. E também devemos muitos favores ao esquecimento, à nossa vontade, que mergulha, na parte incerta do olvido, muito do que nos desagrada - ainda que com frequência a memória nos pregue algumas partidas não aceitando o esquecimento. Talvez aí resida o segredo dos optimistas que conseguem apagar muito do desagradavel numa triagem favoravel à sua felicidade e a triste sina dos pessimistas que a todo o momento vêem ofuscado o gosto dos bons momentos pela memória insistente dos maus, memória essa que actua como um mata borrão absorvendo sem remédio os bons - tal como a mancha de tinta absorvida pelo mata borrão neste ficou, morta, inerte e imprestavel, para sempre.
No romance que estou escrevendo, quase autobiográfico, relatei a cena do primeiro encontro que tive com a minha esposa. Desse momento feliz, o mais feliz da minha vida, ainda hoje recordo, como se o estivesse vivendo agora, como fiquei siderado, suspenso, incapaz de dizer uma palavra, vendo-a pela primeira vez.
Não creio que, depois de morrer, eu esqueça esse momento, pese o que dizem os que pretendem saber o que se passa depois que nos passamos.
Devemos muitos favores à memória, a recordação de bons momentos não tem preço. E também devemos muitos favores ao esquecimento, à nossa vontade, que mergulha, na parte incerta do olvido, muito do que nos desagrada - ainda que com frequência a memória nos pregue algumas partidas não aceitando o esquecimento. Talvez aí resida o segredo dos optimistas que conseguem apagar muito do desagradavel numa triagem favoravel à sua felicidade e a triste sina dos pessimistas que a todo o momento vêem ofuscado o gosto dos bons momentos pela memória insistente dos maus, memória essa que actua como um mata borrão absorvendo sem remédio os bons - tal como a mancha de tinta absorvida pelo mata borrão neste ficou, morta, inerte e imprestavel, para sempre.
No romance que estou escrevendo, quase autobiográfico, relatei a cena do primeiro encontro que tive com a minha esposa. Desse momento feliz, o mais feliz da minha vida, ainda hoje recordo, como se o estivesse vivendo agora, como fiquei siderado, suspenso, incapaz de dizer uma palavra, vendo-a pela primeira vez.
Não creio que, depois de morrer, eu esqueça esse momento, pese o que dizem os que pretendem saber o que se passa depois que nos passamos.
quinta-feira, 20 de julho de 2017
*
Durante a vida sucedem-se, alternam-se, afastam-se, distinguem-se os prazeres, as sensaborias, os imprevistos, os acidentes. A vida não é um caleidoscópio em que os elementos são as cores mas digamos que um vitoscópio em que os elementos fundamentais são muitos, variados, incluindo mesmo as cores, os matizes, pinturas, formas e outros mais subtis como a beleza, a gondade , a intuição, a sabedoria.
A vida, a vida é uma arco iris de esperanças que a resignação escurece.
Durante a vida sucedem-se, alternam-se, afastam-se, distinguem-se os prazeres, as sensaborias, os imprevistos, os acidentes. A vida não é um caleidoscópio em que os elementos são as cores mas digamos que um vitoscópio em que os elementos fundamentais são muitos, variados, incluindo mesmo as cores, os matizes, pinturas, formas e outros mais subtis como a beleza, a gondade , a intuição, a sabedoria.
A vida, a vida é uma arco iris de esperanças que a resignação escurece.
quarta-feira, 19 de julho de 2017
Impunidade
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E que tal deixar impune quem nos prejudica.?
Prejucidam-nos alguns dos nossos semelhantes, prejudica-nos e Estado, prejudicam-nos os governanrtes? Prejudicam.nos os elementos agrestes da natureza, prejudica-nos o amigo inconsciente, prejudica-nos um filho sem querer?
Se a todos eles perdoamos sem exigir retribuiçao, sem pensar no perdão que concedemos, se mesmo esse perdão não é sentido, é voluntário no senrido lato da palavra, então estamos atingindo um patamar mais elevado da civilização. Por isso a função dum juiz, duma mulher ou dum homem que estudou as leis e a quem a sociedade concede o poder de julgar, por isso eu compreendo que um juiz demore a sentença, por vezes mesmo acabe por chegar à conclusão que não pode julgar, que não tem o direito e muito menos, o dever de punir.
( vou deixando esvoaçar por aqui estas coisinhas dos meus pensamentos aguardando que quem me lê vença um pouco a preguiça e opine sobre o que escrevo)
E que tal deixar impune quem nos prejudica.?
Prejucidam-nos alguns dos nossos semelhantes, prejudica-nos e Estado, prejudicam-nos os governanrtes? Prejudicam.nos os elementos agrestes da natureza, prejudica-nos o amigo inconsciente, prejudica-nos um filho sem querer?
Se a todos eles perdoamos sem exigir retribuiçao, sem pensar no perdão que concedemos, se mesmo esse perdão não é sentido, é voluntário no senrido lato da palavra, então estamos atingindo um patamar mais elevado da civilização. Por isso a função dum juiz, duma mulher ou dum homem que estudou as leis e a quem a sociedade concede o poder de julgar, por isso eu compreendo que um juiz demore a sentença, por vezes mesmo acabe por chegar à conclusão que não pode julgar, que não tem o direito e muito menos, o dever de punir.
( vou deixando esvoaçar por aqui estas coisinhas dos meus pensamentos aguardando que quem me lê vença um pouco a preguiça e opine sobre o que escrevo)
segunda-feira, 17 de julho de 2017
mentiras ainda
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E sobre as mentiras dos graudos?
Há os que mentem por vício, há os que mentem por política, há os que mentem por caridade, há os que nada mais sabem dizer quando se põem em bicos dos pés.
Tudo está quando se diz a primeira mentira. Se somos desmacasrados, recolhemo-nos envergonhados (dessa primeirta patranha). Se a primeira mentira é aceite, aplaudida, acompanhada por comentários entudisasmados e encorajadores, aí nasce o vício da mentira.
A mentira política em geral é recedida pela fama do mentiroso, fama de habilidoso na política, duma forma geral acompanhada pela propaganda conseguida nos media, pelas estatísticas distorcidas, pela simpatia popula r do mentiroso.
A mentira caridosa é a única bem aceite por todos. Embora nem sempre distituida de hipocrisia ou de segundas intenções. Mesmo incindindo num membro familiar,nem sempre é honesta.
E sobre as mentiras dos graudos?
Há os que mentem por vício, há os que mentem por política, há os que mentem por caridade, há os que nada mais sabem dizer quando se põem em bicos dos pés.
Tudo está quando se diz a primeira mentira. Se somos desmacasrados, recolhemo-nos envergonhados (dessa primeirta patranha). Se a primeira mentira é aceite, aplaudida, acompanhada por comentários entudisasmados e encorajadores, aí nasce o vício da mentira.
A mentira política em geral é recedida pela fama do mentiroso, fama de habilidoso na política, duma forma geral acompanhada pela propaganda conseguida nos media, pelas estatísticas distorcidas, pela simpatia popula r do mentiroso.
A mentira caridosa é a única bem aceite por todos. Embora nem sempre distituida de hipocrisia ou de segundas intenções. Mesmo incindindo num membro familiar,nem sempre é honesta.
domingo, 16 de julho de 2017
sobre a mentira
* Uma criança, de dois, três ou poucos mais anos de idade não mente. Não tem pressa, não se irrita, não tem depressões. Pode implorar, gesticular, chorar - mas não mente.
Não mentir é uma das manifestações da sua pureza, uma expressão da autenticidade das suas intenções. Os pais e os outros humanos é que praticam a mentira, não raro também com os filhos. Aa suas artes de comunicação derivadas dos princípios bases da sua educação contribuiem muito para uma visão deformada e não sentida da realidade, que os leva com frequência ao recurso à mentira como forma de atingir algum objectivo que lhes parece útil.
E ainda que em casa, os pais não usem da mentira como ferramenta da educação , na escola primária cedo surgem as surpresas para a criança, cedo esta começa a ser enganada com a ocultação da verdade e a substituição desta pela mentira, mais ou menos camuflada pelo aproveitamento do interesse e da curiosidade da criança.. E o choque dessas surpresas provoca-lhe a sedimentação da desconfiança, o aparecimento da dúvida perante a verdade, começando a criança a reagir como quando se queima pela segunda ou terceira vez. E a chama da mentira chamusca, por vezes, muito mais que a duma fogueira.
Uma criança se não tem medo, não mente.
Não mentir é uma das manifestações da sua pureza, uma expressão da autenticidade das suas intenções. Os pais e os outros humanos é que praticam a mentira, não raro também com os filhos. Aa suas artes de comunicação derivadas dos princípios bases da sua educação contribuiem muito para uma visão deformada e não sentida da realidade, que os leva com frequência ao recurso à mentira como forma de atingir algum objectivo que lhes parece útil.
E ainda que em casa, os pais não usem da mentira como ferramenta da educação , na escola primária cedo surgem as surpresas para a criança, cedo esta começa a ser enganada com a ocultação da verdade e a substituição desta pela mentira, mais ou menos camuflada pelo aproveitamento do interesse e da curiosidade da criança.. E o choque dessas surpresas provoca-lhe a sedimentação da desconfiança, o aparecimento da dúvida perante a verdade, começando a criança a reagir como quando se queima pela segunda ou terceira vez. E a chama da mentira chamusca, por vezes, muito mais que a duma fogueira.
Uma criança se não tem medo, não mente.
sexta-feira, 14 de julho de 2017
* Eis-me diante da folha virtual, de papel , branca, imaculada. será que a folha me mira com a mesma atenção que eu a encaro, com a mesma ansiedade com que a fixo, como a ansiedade que o passarinho abre o bico para a mão pássara que chega ao ninho, esvoaçando e exibindo a refeição que lhe traz, pressurosa. Simplesmente neste caso, a folha de papel nada me traz, só me traz branco, nem papel me traz, o branco parecendo-me que me absorve tudo o que penso, como absorveu ltodas as cores do universo, só restando o branco, que nem cor é, por isso se diz "fiquei em branco" e não se diz "fiquei em tinto", expressão, que eu saiba ainda não foi usadapor algum dos mais ilusres literatos ou pensadores oupublicitário famoso ou por algum comerciante que montou a barraca na feira e apregoa a banha que cura tudo.
terça-feira, 11 de julho de 2017
*
Estãao de moda as partidinhas por email. O carnaval ainda está longe , mas uma data de maduros - e provavelmente de pouco maduros, também - entretêm-se a enviar encomendas das mais diversas , encomendas que nãao encomendei. Tocam à porta da minha cass.. Quem é ? - pergunto eu, interrompendo a leirura do diario de Dostoievsky, agora incidindo nas vantagens da cultura dos seus conterrâneos no século dezasete, que quase nada se distinguiam das necessárias neste século vinte e um. - Carteiro ! - salta lá de baixo, da porta de entrada uma voz femenina, agradavel, que parece resignada e bem acostumada à missão da proprietária trabalhadora. Abro a porta á carteira, que me ontempla, nesta tarde de calor de julho, com um sorriso simples, afavel, natural, não daqueles sorrisos de circinstância como o do sujeito que ontem me deu um encontrão na rua .. Ela mostra-me um embrulho e diz-me - São quarenta euros, vem à cobrança- Olho para o embrulho, dou-lhe uma volta, vejo em letras verdes, simpáticas, atrativaas, aliciantes, que me informam: "O seu creme de beleza.BELESTAR". Sorrio para a carteira, - "Menina eu não quero isto, nâo encomendei nada disto, como vê, ainda não preciso de cremes de beleza " - Ela aceita o pacote, mete-o no saco do correio e diz-me: "imagine que consigo já são dez as devoluções iguais a esta , aqui na sua rua".
Estãao de moda as partidinhas por email. O carnaval ainda está longe , mas uma data de maduros - e provavelmente de pouco maduros, também - entretêm-se a enviar encomendas das mais diversas , encomendas que nãao encomendei. Tocam à porta da minha cass.. Quem é ? - pergunto eu, interrompendo a leirura do diario de Dostoievsky, agora incidindo nas vantagens da cultura dos seus conterrâneos no século dezasete, que quase nada se distinguiam das necessárias neste século vinte e um. - Carteiro ! - salta lá de baixo, da porta de entrada uma voz femenina, agradavel, que parece resignada e bem acostumada à missão da proprietária trabalhadora. Abro a porta á carteira, que me ontempla, nesta tarde de calor de julho, com um sorriso simples, afavel, natural, não daqueles sorrisos de circinstância como o do sujeito que ontem me deu um encontrão na rua .. Ela mostra-me um embrulho e diz-me - São quarenta euros, vem à cobrança- Olho para o embrulho, dou-lhe uma volta, vejo em letras verdes, simpáticas, atrativaas, aliciantes, que me informam: "O seu creme de beleza.BELESTAR". Sorrio para a carteira, - "Menina eu não quero isto, nâo encomendei nada disto, como vê, ainda não preciso de cremes de beleza " - Ela aceita o pacote, mete-o no saco do correio e diz-me: "imagine que consigo já são dez as devoluções iguais a esta , aqui na sua rua".
domingo, 9 de julho de 2017
O que se guarda
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Há os que arquivam tudo, há os que deitam tudo fora. Há os que guardam tudi até morrer, há os que guardam o que encontram no chão, desde um alfinete até um elefante. Há os r que têm a sorte de nontrar uma nota no chão, há os que têm o azar de embicar com aquela pedra saaliente, na calçada. O meu pai, no seu escritório, tinha uma armário com seis prateleiras cheis de biugigangas, alguns livros antigos, alguns artigos de oficina - parafusos e porcas, um alicate especial para fura couro, fitas, adesivos e colas especiais, pinças metalicas, um relógio da marinha, binóculos antigos, latas de tinta meio cheias ou meio vazias, cordeis de váriras grossuras e muita coisa de que não me lembro , tudo enchendo as prateleiras, tudo muito bem arrumadinho, um oficial de marinha nas suas funções de comando se não ordena bem tudo o que usa, sofre as consequências. Por isso também se chama ordenar ao comando.
Mas os que são um pouco cuidadosos e que não tem um funcionário aministrativo às ordens, qque lhe trata da papelada, têm de ter um arquivo que pode ser daqueles metálicos e luxiosos, com gavetas cheias de pastas ordenadas por ordem alfabética, que sempre vemos nos filmes ser violados por um bandido que pretende reoubar os segredos da personagem principal afim de cumprir a malvadez inserida no argumento da peça, segredo .que sempre encontra no último segundo antes do polícia de ronda entrar, sonolento, no local. O meu arquivo não é desses é mais modesto, é um conunto de "dossiers" onde meto tudo tão bem arrumadinho que quando necessito de algo que penso que arquivei há três anos, nunca aencontro, fio-me sempre no acaso, vou abrindo os"dossiers" até que por fim, no dia seguinte, encontro o tal papel que buscava,arquivado no "dossier" errado.
Isso da burocracia tem os seus enconatos.
Há os que arquivam tudo, há os que deitam tudo fora. Há os que guardam tudi até morrer, há os que guardam o que encontram no chão, desde um alfinete até um elefante. Há os r que têm a sorte de nontrar uma nota no chão, há os que têm o azar de embicar com aquela pedra saaliente, na calçada. O meu pai, no seu escritório, tinha uma armário com seis prateleiras cheis de biugigangas, alguns livros antigos, alguns artigos de oficina - parafusos e porcas, um alicate especial para fura couro, fitas, adesivos e colas especiais, pinças metalicas, um relógio da marinha, binóculos antigos, latas de tinta meio cheias ou meio vazias, cordeis de váriras grossuras e muita coisa de que não me lembro , tudo enchendo as prateleiras, tudo muito bem arrumadinho, um oficial de marinha nas suas funções de comando se não ordena bem tudo o que usa, sofre as consequências. Por isso também se chama ordenar ao comando.
Mas os que são um pouco cuidadosos e que não tem um funcionário aministrativo às ordens, qque lhe trata da papelada, têm de ter um arquivo que pode ser daqueles metálicos e luxiosos, com gavetas cheias de pastas ordenadas por ordem alfabética, que sempre vemos nos filmes ser violados por um bandido que pretende reoubar os segredos da personagem principal afim de cumprir a malvadez inserida no argumento da peça, segredo .que sempre encontra no último segundo antes do polícia de ronda entrar, sonolento, no local. O meu arquivo não é desses é mais modesto, é um conunto de "dossiers" onde meto tudo tão bem arrumadinho que quando necessito de algo que penso que arquivei há três anos, nunca aencontro, fio-me sempre no acaso, vou abrindo os"dossiers" até que por fim, no dia seguinte, encontro o tal papel que buscava,arquivado no "dossier" errado.
Isso da burocracia tem os seus enconatos.
quinta-feira, 6 de julho de 2017
Devaneio dedicdo à Clarissa, querida neta chilena
*
E eis-me mergulhado num devanio mefistofélico impregnadoa duma salsa indiana mais saborosa que um pesto aa mais que todas andava hoje perdiadanos caminhos do além em busca dos tais buracosde queijo que são mais importantes quje o buraco do tempo em que vvo satisfeito não dando férias á imaginação nem pagando as dívidas que tenho das saudades encontradas sempre que me viro para ti e encontro esse olhar felino o Alfredo que diba se minto, eu sou como as sogras antigas que nunca se satrisfaaiam com tudo e faziam alarido no dia depoois do casamento da filha querida, Nunca me pude queixar dessa especie de gente, até porque só tiive umade cada vez que a via o abutre que tenho em casa fazendo criação contou-me que ja esteve de férias no Chile esse pais que também é uma jardim à beira mar plantado bem podia, estar aaqui plantado no mediterrâneo seiia mais uma serra com indios, espanhois, e até com alguns chiloenos que seguem teimosos em ser chilenos, não falando das chilenas, autenticas leoas.
E mais não digo, para não meter a pata na pôça e mergulhar os parentes na lama.
E eis-me mergulhado num devanio mefistofélico impregnadoa duma salsa indiana mais saborosa que um pesto aa mais que todas andava hoje perdiadanos caminhos do além em busca dos tais buracosde queijo que são mais importantes quje o buraco do tempo em que vvo satisfeito não dando férias á imaginação nem pagando as dívidas que tenho das saudades encontradas sempre que me viro para ti e encontro esse olhar felino o Alfredo que diba se minto, eu sou como as sogras antigas que nunca se satrisfaaiam com tudo e faziam alarido no dia depoois do casamento da filha querida, Nunca me pude queixar dessa especie de gente, até porque só tiive umade cada vez que a via o abutre que tenho em casa fazendo criação contou-me que ja esteve de férias no Chile esse pais que também é uma jardim à beira mar plantado bem podia, estar aaqui plantado no mediterrâneo seiia mais uma serra com indios, espanhois, e até com alguns chiloenos que seguem teimosos em ser chilenos, não falando das chilenas, autenticas leoas.
E mais não digo, para não meter a pata na pôça e mergulhar os parentes na lama.
Aos pais com filhos em idade escolar
*
Aos pais com filhos em idade escolar venho lembrar, se é que não o conhecem, que Dostoievsky no seu " Diario de um escritor" escreveu, referindo uma obra doutro escretor:
"Fundando-se em consideraçoes psicológicas, destribuirá as secções e trabalhos do livro de modo que a primeira secção, despertando o pensar e estimulando a curiosidade do leitor, o incite a passar
a segundda, o anime a passar para a terceira e assim sucessivamente...."
Dostoievsky escreveu isto em 1861.
Aos pais com filhos em idade escolar venho lembrar, se é que não o conhecem, que Dostoievsky no seu " Diario de um escritor" escreveu, referindo uma obra doutro escretor:
"Fundando-se em consideraçoes psicológicas, destribuirá as secções e trabalhos do livro de modo que a primeira secção, despertando o pensar e estimulando a curiosidade do leitor, o incite a passar
a segundda, o anime a passar para a terceira e assim sucessivamente...."
Dostoievsky escreveu isto em 1861.
quarta-feira, 5 de julho de 2017
*
Sempre que penso que terei de pensar fico locubrando no que pensa quem não pensa.Parece uma manifestação de insanidade esta de pensar no que pensam ontros que não pinsam. É qualquer coisa como comer os buracos do qiueijo e ficar farto de caril, ou percorrer a esteira que deixa no mar um barco parado . Quando no fim de contas, quando os golfinhos do estuário do Sado, sem meandros, sem ameijoas nem ostras, sem naus catrinetas, só com canções parentes da que ganhou o festival da canção.A minha fé é imensa, por isso não deixo de comer batatas fritas com bifes e ovos moles a égua, não aprecio ovos a cavalo,.Vibram em uníssono as cordas da minha hossana e precipitam-se as neves do Kilimanjaro, chorando a morte do maior leâo matado por aquele turista parvo que um dia também um dia ou uma noite também um leão também encontrará um tulrista parvo que procura a gloria com uma espingarda que talvez noutro dia outro animal lhe roube a espingarda e o mate, dizem que já aconteceu parece que está escrito noa anais da selva.
Sempre que penso que terei de pensar fico locubrando no que pensa quem não pensa.Parece uma manifestação de insanidade esta de pensar no que pensam ontros que não pinsam. É qualquer coisa como comer os buracos do qiueijo e ficar farto de caril, ou percorrer a esteira que deixa no mar um barco parado . Quando no fim de contas, quando os golfinhos do estuário do Sado, sem meandros, sem ameijoas nem ostras, sem naus catrinetas, só com canções parentes da que ganhou o festival da canção.A minha fé é imensa, por isso não deixo de comer batatas fritas com bifes e ovos moles a égua, não aprecio ovos a cavalo,.Vibram em uníssono as cordas da minha hossana e precipitam-se as neves do Kilimanjaro, chorando a morte do maior leâo matado por aquele turista parvo que um dia também um dia ou uma noite também um leão também encontrará um tulrista parvo que procura a gloria com uma espingarda que talvez noutro dia outro animal lhe roube a espingarda e o mate, dizem que já aconteceu parece que está escrito noa anais da selva.
domingo, 2 de julho de 2017
E mais
*
E mais.
- Uma criança, saciada a fome, não come mais. São os adultos que a induzem a comer mais, " o menino tem de comer o resto, não deixe nada no prato, há muito pobre com fome" e outras maravilhas deste género de educação. Uma das razões de existirem tantos gordos e gosdas, rebolando.se.
- Uma criança nunca maltrata um animal, Por curiosidade pode pegar-lhe e involuntariamente causar-lhe algum dano - como ao ver uma formiga, lhe pega e com os dedos a molesta.
- Uma criança revela amizade, se a acarinhamos desde que nasceu. Perante o que desconhece não reage com violência. A curiosidade natural leva-a a investigar o que haverá ali de novo.. Mas sempre com simples cuidados e devagar, por vezes queima-se ou pica-se, adquirindo experiência.
- Uma criança não rouba para armazenar riqueza. Se tem fome, e encontra que comer fá-lo como qualquer animal, que só mata para saciara a fome.
- Uma criança nunca cria vaidade com aquilo que faz.. Mas acaba por criar rancor quando a obrigam a fazer, sem qualquer explicação, o que não gosta de fazer. Poi isso muitos professores obtêm tão fracos resultados.
E, se pensarem, muito mais nos ensinam.
E mais.
- Uma criança, saciada a fome, não come mais. São os adultos que a induzem a comer mais, " o menino tem de comer o resto, não deixe nada no prato, há muito pobre com fome" e outras maravilhas deste género de educação. Uma das razões de existirem tantos gordos e gosdas, rebolando.se.
- Uma criança nunca maltrata um animal, Por curiosidade pode pegar-lhe e involuntariamente causar-lhe algum dano - como ao ver uma formiga, lhe pega e com os dedos a molesta.
- Uma criança revela amizade, se a acarinhamos desde que nasceu. Perante o que desconhece não reage com violência. A curiosidade natural leva-a a investigar o que haverá ali de novo.. Mas sempre com simples cuidados e devagar, por vezes queima-se ou pica-se, adquirindo experiência.
- Uma criança não rouba para armazenar riqueza. Se tem fome, e encontra que comer fá-lo como qualquer animal, que só mata para saciara a fome.
- Uma criança nunca cria vaidade com aquilo que faz.. Mas acaba por criar rancor quando a obrigam a fazer, sem qualquer explicação, o que não gosta de fazer. Poi isso muitos professores obtêm tão fracos resultados.
E, se pensarem, muito mais nos ensinam.
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