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sábado, 22 de julho de 2017

*    Tenho a maior piscina do mundo, fica entre a Ponta do Altar, na foz do Arade e a ponta do João de Arens. Durante cinquenta e seis verões tomei ali ricos banhos de mar, aprendi muita coisa sobre o mar ou antes, sobre essa piscina, conheci gente importante para mim e não conheci gente importante para mim. Entre muita dessa gente, conheci um pescador, o Antonio Espanhol que enquanto remava no seu bote nos ia contando histórias da sua vida com muita história para os que o ouviamos, no seu dialecto algarvio cerrado:
        " e ós pôs, êferrê a morea, puxêa pra dentre do bote, comóvia um monte de mar, a morea vêmencima, ferrôme acá no nariz e féme este buraco caqui tenhe no nariz".     

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