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Há os que arquivam tudo, há os que deitam tudo fora. Há os que guardam tudi até morrer, há os que guardam o que encontram no chão, desde um alfinete até um elefante. Há os r que têm a sorte de nontrar uma nota no chão, há os que têm o azar de embicar com aquela pedra saaliente, na calçada. O meu pai, no seu escritório, tinha uma armário com seis prateleiras cheis de biugigangas, alguns livros antigos, alguns artigos de oficina - parafusos e porcas, um alicate especial para fura couro, fitas, adesivos e colas especiais, pinças metalicas, um relógio da marinha, binóculos antigos, latas de tinta meio cheias ou meio vazias, cordeis de váriras grossuras e muita coisa de que não me lembro , tudo enchendo as prateleiras, tudo muito bem arrumadinho, um oficial de marinha nas suas funções de comando se não ordena bem tudo o que usa, sofre as consequências. Por isso também se chama ordenar ao comando.
Mas os que são um pouco cuidadosos e que não tem um funcionário aministrativo às ordens, qque lhe trata da papelada, têm de ter um arquivo que pode ser daqueles metálicos e luxiosos, com gavetas cheias de pastas ordenadas por ordem alfabética, que sempre vemos nos filmes ser violados por um bandido que pretende reoubar os segredos da personagem principal afim de cumprir a malvadez inserida no argumento da peça, segredo .que sempre encontra no último segundo antes do polícia de ronda entrar, sonolento, no local. O meu arquivo não é desses é mais modesto, é um conunto de "dossiers" onde meto tudo tão bem arrumadinho que quando necessito de algo que penso que arquivei há três anos, nunca aencontro, fio-me sempre no acaso, vou abrindo os"dossiers" até que por fim, no dia seguinte, encontro o tal papel que buscava,arquivado no "dossier" errado.
Isso da burocracia tem os seus enconatos.
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