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sábado, 26 de junho de 2010

Por isso,dá-me um grande abraço

            Para além dos sentidos que o corpo me concede
            Depois de sentir tudo o que sinto fora do meu corpo
            Ficam algumas coisas muito estranhas
            Criando nuvens e ilusões no meu pensamento
            Que mais não são que breves interrogações
            Sobre o que eu vou vivendo no futuro e no presente

            Uma delas, talvez a mais estranha
            Tal vez a incógnita desta vida na sua equação
            Que surge implacável, bem firme e persistente
            Sem dar tréguas à esperança ou à saudade
            Roubando todo o valor às críticas e aos louvores
            Passando ao lado de qualquer publicidade

            Será por fim algum dia conhecer
            A razão de aqui estar,de tudo o que acontece
            De uns dias acordar feliz por acordar
            De uns dias levantar-me cheio de alegria
            E noutros, pelo meio das tarefas que me ocupam,
            Mais não pensar que voltar a adormecer

            Por isso, dá-me um grande abraço.

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