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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Vou e vollta

       Vou e volto
       Dou voltas e reviravoltas
       Saltos dentro de mim
       Sem sentir se são voltas ou reviravoltas
       Sei que vou andando, ou caminhando, nem ao físico obedecendo
       Num bem estar de águas mornas
       Sem sentir qualquer desgosto ou solidão
 
       Sigo aquele apelo de procurar o que tenho de bom dentro da memória
       E aquele desejo insano de escrever
       Alguma daquelas "cartas de amor,como as outras, ridículas(*)"
       Como disse o maior poeta do mundo
       E a tamanha vontade de dar voltas e reviravoltas atrás, no tempo
       E dar comigo sentado num café de Lisboa
       E ler, em primeira mão uma quadra, que ele acabou de escrever:      
                
       "Há luz no tojo e no brejo
            Luz no ar e no chão
        Há luz em tudo que vejo,
            Não no meu coração.(*)"

                                                                  (*)Fernando Pessoa(1888-1935)

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