Mal começou o Maio continuei a descansar, isto é a não fazer o que tinha de fazer e que já esqueci o que era. Isto de ler muito, de escrever alguma coisa e pensar em tanto, são hábitos - há quem, cheio de torpeza, lhes chama vícios condenáveis prejudiciais para as camadas (que palavra horrivel)jovens - são
hábitos tão agradáveis como os sorrisos que nos oferecem. Desta forma decidimos cá em casa, que o primeiro de Maio, passa a ser o Dia do Descansadão, ou seja o dia dos pachorrentos, dos que não têm o vício da pressa, não sofrem com o tempo que levam, que não levam para lado nenhum, nem trazem para onde quer que seja.
Sou um reformado com uma pensão(magra, quase transparente) do Estado, qualquer dia reformo-me da minha reforma se antes a crise não acabar com ela para que o Estado actual( no futuro é provável que se chame Estado Velho, Estado a Que Aquilo Chegou, ou outro epiteto "formidable","fantastique", "redoutable"(àlém do latim também arranho o francês, (tenho que matricular-me no chinês)) para substituir outra vez o nome à ponte 25 de Abril( inaugurada em 1962, se não estou em erro e com nome de Salazar), para que o Eatado actual possa pagar as reformas de mais de l500 euros mensais.
Grátis esta ideia: acabar com as reformas inferiores a 1500 euros mensais, para acabar com o "deficit" e com a vergonha nacional de que em Portugal existem reformas tão baixas.
António Ferro escreveu: "a ironia é a arma dos falhados". Talvez, mas por vezes é um manjar doce para quem escreve.(Alguém escreveu isto antes?)
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