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domingo, 22 de maio de 2011

Continuando...

Terceiro: mas ainda dentro da economia e à carraça do dinheiro, a ela lligado. As mulheres e os homens cujos momentos mais felizes estão ligados à família, à cultura, aos amigos, ao interesse pelo conhecimento e pela sabedoria - momentos em que ensina os filhos, brinca com eles, conversa com eles, aprende com eles; momentos em que conversa com os amigos; momentos em que admira o que nos deixaram e legaram os que passaram pela Terra; momentos em que descobre o que tem gratis à sua disposição, na rua , nos museus, nos monumentos, na Natureza; momentos em que sente o prazer de comunicar com outros o que aprendeu na vida: as mulheres e os homens, em todos esses momentos, esquecem a carraça do dinheiro e não trocam esses momentos por essa carraça, quando muito arrancam parte dela para conseguir o que mais lhes agrada.
Alguns sinais começam a surgir, reveladores duma tendència para combater essa carraça. Sinais ténues, é verdade, mas sinais que revelam algum nascer de uma nova luz. Ontem, num programa que ouvi na TV, numa conversa, um dos personagens disse, mais ou menos, esta frase: "êle tem pouco dinheiro, mas tem muito mérito!". E deixaram de falar no dinheiro, na carraça que os estava incomodando. E continuaram a conversa, cada vez mais divertidos.
Têm valôr, em carraças, digo, em dinheiro, todos esses momentos em que disfrutamos a vida? Para mim nao tem. Mais: quanto mais os aprecio, mais sinto que o dinheiro, digo, a carraça, vai-me picando menos e roubando-me menos sangue, menos vida.
Suponhamos agora que dividimos a população que nos redeia por uma fita, como aquela que a policia emprega quando isola um acidente do público que passa. Suponhamos então que para um dos lados da fita,digamos a zona encarnada, vão todos os que o dinheiro, a carraça, os desvia dos momentos, felizes para mim, que atrás referimos; e que para o outro lado da fita, a zona verde, vão os que não permitem que o dinheiro, a carraça, os faça esquecer o disfrute esses bons momentos. Portanto na zona verde, o dinheiro incomoda menos, as carraças diminuiram, incomodam menos. Na zona vermelha passa-se o contrário, as carraças cada vez mais engordam.
E, numa primeira observação do que se passa nas duas zonas, reparamos que na zona vermelha, cada dia que passa morre mais gente por causa das carraças, digo, do dinheiro, sucedendo o inverso na zona verde.
Na zona vermelha, também se nota que, dia a dia, a maior parte dos que lá estão, teem, como objectivo principal, aumentar o dinheiro que teem(aumentar as carraças). E na zona verde nota-se , cada dia que passa, um desinteresse crescente pelo dinheiro.
De assinalar que na zona vermelha, muitos dos que estão no fim da vida, por doença incuravel ou por senilidade e incapacidade crescente, muitos senão quase todos, lamentam não haver extirpado o dinheiro das suas vidas, (arrancado mais cedo as carraças) ocupando mais o tempo das suas vidas noutras actividades diferentes do amealhar o dinheiro. Enquanto também se nota que os da zona verde,tmorrem mais tarde, teem mais esperança de vida, menos se preocupam com a saúde, antes tentam sempre aproveitar mais e mais o que a vida lhes proporciona, tendo eliminado ou muito reduzido, sem grande esforço, o ataque das carraças.
Amanhã, continuo.

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