Sem esfregar as manchas negras com qualquer mézinha, vejo que essas manchas quase desapareceram das minhas mãos.Parece-me que descobri porquê.
Por, pouco a pouco, sorrindo, sem me preocupar, só me ocupando no que a vida me vai dando, começar a possuir uma "mente sem tempo".
Tudo o que é infinito, como tudo o que é infinitésimo, não se vê, não se apalpa, não se sente. Porque os nossos sentidos são finitos, só chegam ali onde está a coisa, só sentem o que se apalpa, só reagem com o finito.
Numa das células vivas do nosso corpo, desencandeiam-se inúmeras reações de que não nos apercebemos. Os nossos neuróneos originam em cada instante milhentas influências que são transmitidas às células de todo o nosso corpo, modificando e criando reações que se reflectem no comportamento das células. Reações que não se podem localizar no tempo. Como o nosso tempo de vida na terra, como o tempo de vida DA terra, são tempos que não se podem localizar no tempo - porque este é infinito, não podemos referenciar a terra (e qualquer um de nós) no tempo, mais para cá ou mais para lá, dizer onde está o tempo zero, onde está o tempo x ou o tempo y. Porque não sabemos quando ou onde começou o tempo. Nem onde poderá acabar.
Portanto começo a acreditar que o tempo não existe, não tem qualquer importância falar dele ou pensar nele. As horas, os dias, os anos , o calendário, etc., são meras referências da nossa mente limitada.
Portanto, sem tempo.
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