Nada arrisco para obter um prémio pequeno
Nem me interessa conseguir apenas alguns trocos
Nunca me esforço por alcançar o vulgar
Tentei dar tudo o que tinha para dar
Deixarei neste mundo uns quantos descendentes
Sem lhes legar grande obra, sem lhes oferecer fortuna
Posso-lhes deixar algum amor, posso-lhes deixar saudade
Mas de certeza não lhes deixarei maldade
Disse antes que nunca quiz prémios pequenos
Poucos apreciam os grandes prémios
Que durante a vida, a vida lhes concede,
Raros os que reparam que cada dia é uma dádiva
Que nos cai do céu sem nada arriscarmos.
Que termos nascido foi delas a primeira
Que obtivemos sem qualquer surpresa,
Por todos esquecida detrás de grande singeleza
Nem sequer ninguém se lembra
Abrindo os olhos, ao acordar para um novo dia
Poucos rcordam, poucos se admiram
Raros reconhecem, que um novo dia é um prémio
Que muito nos custa por vezes a descobrir
O prémio de um outro dia que a vida nos entrega
Que quase sempre, quase sempre é mal usado
Em vulgares e medíocres nulidades
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