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segunda-feira, 16 de julho de 2012

Prosa kafkiana

             Sebastião chegou à pousada, o proprietário mostrou-se interessado e atencioso, em tempos não fora assim, a experiència da vida ensinara-lhe que quando menos se espera surgem os trabalhos, êle que na vida sempre se afastara do trabalho, não é que fosse inimigo do trabalho, apreciava muito o trabalho dos amigos, a mulher essa sim, era uma moira de trabalho, nunca recusava, na cozinha, na horta e na cama os trabalhos mais pesados, quando casara a mãe dissera-lhe, "filha a mulher em casa não pára, só para debaixo do marido, e o marido, já sabes, já te ensinei do que é que os maridos gostam", a mãe era uma pessoa especial, tinha uma amiga muito amiga de contar a vida das outras amigas, era uma pessoa muito especial porque já em pequenina, segundo contava, tinha artes de bruxa, perguntava coisas à avó de que ninguém se lembraria de perguntar, e a avó, essa avó, tinha nascido no século passado, século que acabara vinte e quatro anos antes, lembrava-se até que ela tinha um cordão de oiro com uma fiada de pérolas cinzentas, diziam que dos mares dso Japão, onde as baleias são perseguidas e dos tubarões só lhes aproveitam as barbatans e dos riconerontes os cornos. Mas Sebastiao aceitou os aposentos que o proprietário da pousada lhe destinou, mas estranhou, como sempre havia estranhado quando chegava a uma pousadas sucedendo que...

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