A mulher, encostada à sacada da "marquise", conversava em tom desdenhoso com o marido de feições resignadas, descansando na cadeira de plástico. Ouvia-se o diálogo em baixo, na rua, entrando no silêncio. Apanhei as palavras que caiam do meio da discussão:
- ... e tú, Joaquim, pareces parvo, deixas-te enganar, pareces um boneco ou um palhaço!
- Vê lá o que me chamas, olha que eu..
- An,.olho o quê, se olho para ti só vejo o que não gosto...Careca, e um nariz...
- Que é que tem, que é que tem o meu nariz?
- O que tem ? Parece um promontório!
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