Não é por acaso que aqui estamos. Milhões de factos, de acontecimentos, de impulsos, de decisões, de recusas, de projectos contribuiram para que aqui estejamos. Pouco descobriimos disso, ninguém descobriu até hoje o imenso "curriculum" das suas vidas, desde o tempo dos dinossaurios até qualquer dia da sua vida. Ninguém pôde ou poderá observar os milhares de "dossiers" com a vida resumida de todos os seus antepassados desde aqueles anos passados em que o homem evoluiu para a condição de "homo sapiens". E o que me admira é que raras são as mulheres ou os homens que, de geração em geração dediquem uns minutos de vida a organizar êsses "dossiers" para os descendentes.
O conhecimento do que foi a vida dos nossos antepassados raro passa da vida dos nossos avós ou bisavós.Eu ainda conheci a minha bisavõ Maria Josefa, a mãe da minha avó materna. E dos outros meus quatro bisavôs e três bisavós, muito pouco sei. Dos dezsseis trisavôs e trisavós, nada, nem um retrato, uma carta, uma história.
Ainda não há muitos anos, vendiam-se nas farmácias rebuçados para a tosse do doutor Ramos, irmão daquela milnha bisavó que eu ainda conheci na sua casa de Lagôa. Uns rebuçados de eucalipto, verdes, de sabor muito agradável, embrulhados em papel ligeiro com a efigie dêsse meu tio bisavô.. E cheguei a conhecer a sua fotografia, na casa das Sesmarias, Carvoeiro, casa dum outro seu bisneto, arquitecto formado na Bélgica,´hoje já falecido.
Gostaria de conhecer muitas histórias na vida dos meus antepassados.Alguém que conheça algumas, por favôr relate-as.
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