Podermos atentar na vida da nossa senhora Terra, é uma regalia que Deus nos concede, com a riqueza só perceptível após alguma sabedoria que a vida nos tenha acumulado. Observem por exemplo e com atenção, esta foto que a doutora Helena Duarte publicou no facebook, foto da foz da Ribeira Grande, em Odeceixe. Em baixo, a ribeira, com azuis variados e num remanso de calmaria serena da sua água buscando a foz vizinha. Na margem esquerda, na última grande curva da ribeira, a rocha aflorando numa faixa nua e negra pela proliferação de algas, musgos e líquenes minúsculos, encimada por outra faixa de rocha mais branca pela ausência de vida e marcando em linha mais ou menos sinuosa, a transição para a vida vegetal, aí começando os verdes, em maciços mais os menos densos, numa vida rasteira que se adivinha crescendo para formas mais superiores, arbustivas. É então, pela encosta acima, uma sinfonia de verdes, entremeada aqui e além por algumas rochas ainda não vencidas pela invasão vegetal. E na outra margem, o banco de areia imaculada, corando ao beijar a ribeira que segue a caminho da frescura das ondas do mar. E muito vaga e imprecisa, ao longe, algum casario que não mancha a paisagem.
Agradeço que caminhem até lá, sentir-se-ão mais felizes.
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