Nada se passa, mas procuro entrar dentro da realidade e descobrir algo diferente, distinto, por fora do evidente, não desprezando o que a mente me proporciona como possível, sem esvaziar por completo o balão do desconhecido, que nunca se sabe o que contem: se apenas ar ou se está cheio de inesperado, abarrotado do que se evita por descontentamento, ocupado com mistura do imprevistos, desprezados, de abandonados pelos ignorantes. É muito fácil descartarmo-nos das responsabilidades de análise, da observação criteriosa, se necessário até microscópica, porque aí poderá residir a fortuna dêsse acaso inesperado. Porque muitas vezes de dentro do que se despreza surge a fortuna, seja a fortuna material seja a fortuna das idéias. Ou seja ainda a fortuna do desconhecido, do desprezado, do abandonado, do inerte com ar de pedra sem valôr.
Porque só quem partir uma pedra saberá o que ela contem.
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