Todos os namoros são
Fatais
Todos os que entram em namoros teem destinos
Fatais
Tambem os que usam calças curtas ouvem comentários
Fatais
Mas quem é que não teve namoros nem nunca usou calças curtas
Fatais
Porque todos esquecemos e não confessamos os encontros e as decisões
Fatais
Não sejam vaidosos, ignorantes, insensatos, exibindo estes defeitos
Fatais
Nem sejam, como eu, todos loucos e barbaramente
Fatais
Nem escrevam coisas destas, pouco bonitas,
Fatais
comentários, poemas, situações e circunstâncias da vida, escrtos e da autoria do que escreve neste blog
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sábado, 29 de setembro de 2012
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Num novo dia
Preciso de voltar a sonhar os sonhos que não tive
Preciso de voltar a encontrar os bens que não tenho
Preciso de voltar a aprender tudo o que não aprendi
Preciso de voltar a percorrer aquela estrela que não vejo
Se o tempo me consome deixando-me viver
Se a saudade em mim é flor que se desvanece
Se penso que encontrei o que nunca quiz
Se a vida me traz razão nem razão sentindo
Torno a folhear as páginas que não sei ler
Torno a dar os mesmos passos que não dei
Torno os meus olhos dentro dos teus
Torno à mesma saudade de te ver
Perante um mundo que desaba ficando erguido
Perante tanta gente que niunca é gente
Perante os milagres de tantas tristezas alegres
Perante os mistérios secretos duma pedra dura
Volto a erguer a minha taça de nectar suave e incolor
Volto por fim a reparar neste princípio
Volto a dar toda a corda à esperança
Volto por fim a aprender o riso duma criança
(dedicado à minha filha Maria Alexandra
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
O significado dos nomes próprios
Quando resolvemos qual o nome próprio a dar a uma filha ou a um filho, por vezes não nos lembramoos do significado do nome que escolhemos. Se é um nome ligado à religião cristã ou outra, em geral nada, como os nomes de Maris,Pedro ou João, não teem segnificado particular a não ser a ligação a um santo ou profeta. Mas é difetente se se trata de nomes provenientes do latim, nomes de origem germãnica ou outra origem estrangeira. Por exemplo, o nome de Claudio, de origem latina, pode ser um pouco impróprio se nos lembramos que significa côxo, manco - como era o imperador romano do mesmo nome. Ou nome de Matilde, posto uma mulher que é um modèlo de placidez, de inacção, de inércia, de indolência, dado que êsse nome, de origem germânica, significa que quem o possue deve ser pessoa guerreira, audaz, cheia de actividade.
É evidente que se se baptisa um bébé com qualquer nome, este não vai decerto influir no seu caracter futuro. Mas quando for estudante ou fôr maior, pode.se sentir incomodado com o nome que lhe atribuiram.
É evidente que se se baptisa um bébé com qualquer nome, este não vai decerto influir no seu caracter futuro. Mas quando for estudante ou fôr maior, pode.se sentir incomodado com o nome que lhe atribuiram.
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
As macro e as micro economias
Será que o governo do nosso país não encontra um economista - ou uma pessoa que não seja economista - que tenha pelo menos o bom senso de aplicar as regras duma razoável ecomomia doméstica? Nos cursos superiores de economia continuam ensinando discioplinas extensas, intensas, aprofundadas nas ligações com a macroeconomia, aplicando a matemática, a estatística e as humanidades avançadas gerando projectos, propostas, aplicações fora do alcance dos leigos e dos técnicos superiores doutros cursos. Aposto que lá na sua casa, já disse à consorte:
- Minha querida este mès endividaste-te muito, gastaste batante mais do que juntámos para gastos do mês.
Mas, pelo que vimos observando nestes nossos tempos, continuam esses cursos e doutoramentos superiores de economia a falhar nos mesmos projectos, aplicações e propostas quando se trata dos assuntos económicos mais elementares, em particular os que se resolvem com a aplicação da microeconomia, da economia familiar e da economia das pequenas empresas.
Seria bom que, sem esquecer o que aprenderam, recordassem:
- Que nenhum chefe de família ou de pequena empresa gasta mais do que ganha, só arriscando gastar mais quando obtem crédito em condições razoáveis para a execução de projectos viáveis, para realização dentro das possiblidades da família ou da empresa e com objectivos que interessem e não loucuras que se fiam na sorte ou num milagre. Os que assim procedem depressa se encontram envolvidos em imensas dificuldades.
- Que nenhum chefe de família ou de peqauena empresa, compra carros de gama alta, vivendas com centenas de metros quadrados, mobiliário de luxo ou joias ou pedras preciosas, não tendo mais que o que ganha no seu emprego, na sua reforma ou no que ganha com a sua pequena empresa.
- Que, se num dia ou num mês as suas receitas aumentaram para além do normal, ou porque foi promovido no seu trabalho ou por outra razão, passe a gastar mais do que ganha.
- Que resista a propostas aliciantes de negócios sem as ananlisar com cuidado, com tempo e com estudo aturado em particuçar se é assunto de que pouco conhece.
- Que deva e tente constiruir uma reserva razoável para acidentes que possam ocorrer.
- Que se possa aconselhar com muita gente mas que não aceite qualquer conselho sem pensar nas consequências para a família ou para a sua peqiema empresa, respeitando ambas..
Eu penso que um primeiro ministro que recordasse sempre estas regras, faria sempre melhor figura que os que nos governaram nos últimos trinta anos.
A não ser que existam outros motivos menos reomendáveis.
- Minha querida este mès endividaste-te muito, gastaste batante mais do que juntámos para gastos do mês.
Mas, pelo que vimos observando nestes nossos tempos, continuam esses cursos e doutoramentos superiores de economia a falhar nos mesmos projectos, aplicações e propostas quando se trata dos assuntos económicos mais elementares, em particular os que se resolvem com a aplicação da microeconomia, da economia familiar e da economia das pequenas empresas.
Seria bom que, sem esquecer o que aprenderam, recordassem:
- Que nenhum chefe de família ou de pequena empresa gasta mais do que ganha, só arriscando gastar mais quando obtem crédito em condições razoáveis para a execução de projectos viáveis, para realização dentro das possiblidades da família ou da empresa e com objectivos que interessem e não loucuras que se fiam na sorte ou num milagre. Os que assim procedem depressa se encontram envolvidos em imensas dificuldades.
- Que nenhum chefe de família ou de peqauena empresa, compra carros de gama alta, vivendas com centenas de metros quadrados, mobiliário de luxo ou joias ou pedras preciosas, não tendo mais que o que ganha no seu emprego, na sua reforma ou no que ganha com a sua pequena empresa.
- Que, se num dia ou num mês as suas receitas aumentaram para além do normal, ou porque foi promovido no seu trabalho ou por outra razão, passe a gastar mais do que ganha.
- Que resista a propostas aliciantes de negócios sem as ananlisar com cuidado, com tempo e com estudo aturado em particuçar se é assunto de que pouco conhece.
- Que deva e tente constiruir uma reserva razoável para acidentes que possam ocorrer.
- Que se possa aconselhar com muita gente mas que não aceite qualquer conselho sem pensar nas consequências para a família ou para a sua peqiema empresa, respeitando ambas..
Eu penso que um primeiro ministro que recordasse sempre estas regras, faria sempre melhor figura que os que nos governaram nos últimos trinta anos.
A não ser que existam outros motivos menos reomendáveis.
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Mistérios
Porque será que não se investiga a sério a fuga ao IVA?
Porque será que não se investiga a sério o enriquecimento ilícito recusando-se a assembleia a tal iniciativa?
Porque será que não se investiga a sério e não muuuuuito lentamente, as despesas das empresas públicas pelo menos com a mesma inensiodade como vão sendo investigadas as ligadas ao ministério da saude?
Porque será que não se impõem secrifícios aos beneficiados com as parcerias público-privadas ?
Porque será que o comandante do partido socialista não fala de tudo isto, com mais frequência que fala da crise, da troika, dos sacrifícios, da austeridade?
Porque será que o governo não apresenta em folhetos distribuidos aos deputados e à população, relatos completos dos contratos das ppp?
Porque será que o governo não publica na imprensa rádio e televisão o estado actual das finanças em exposição simples para os votantes?
Porque será tudo isto quando o governo tem dezenas, senão centenas de assessores, conselheiros e outros funcionãrios trabalhando para o apioarem?
Porque será que não se investiga a sério o enriquecimento ilícito recusando-se a assembleia a tal iniciativa?
Porque será que não se investiga a sério e não muuuuuito lentamente, as despesas das empresas públicas pelo menos com a mesma inensiodade como vão sendo investigadas as ligadas ao ministério da saude?
Porque será que não se impõem secrifícios aos beneficiados com as parcerias público-privadas ?
Porque será que o comandante do partido socialista não fala de tudo isto, com mais frequência que fala da crise, da troika, dos sacrifícios, da austeridade?
Porque será que o governo não apresenta em folhetos distribuidos aos deputados e à população, relatos completos dos contratos das ppp?
Porque será que o governo não publica na imprensa rádio e televisão o estado actual das finanças em exposição simples para os votantes?
Porque será tudo isto quando o governo tem dezenas, senão centenas de assessores, conselheiros e outros funcionãrios trabalhando para o apioarem?
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
"Aos simples " ( de Guerra Junqueiro)
"Ó almas que viveis puras, imaculadas,
Na torre do luar da graça e da ilusão,
Vós que inda conservais, intactas, perfumadas,
As rosas para nós há tanto desfolhadas
Na aridez sepulcral do nosso coração;
Almas, filhas da luz das manhãs harmoniosas,
Da luz que acorda o berço e que entreabre as rosas,
Da luz, olhar de Deus, da luz, benção d'amor,
Que faz rir um nectário ao pé de cada abelha,
E faz cantar um ninho ao pé de cada flor;
Almas, onde resplende, almas onde se espelha
A candura inocente e a bondade cristã,
Como num céu d'Abril o arco da aliaça,
Como num lago azul a estrela da manhã;
Almas, urnas de fé,de caridade e esp'rança,
Vasos d'oiro contendo aberto um lírio santo,
Um lírio imorredoiro, um lírio alabastrino,
Que os anjos do Senhor vêm orvalhar com pranto,
E a piedade florir com seu clarão divino;
Almas que atravessais o lodo da existência,
Este lodo perverso, iníquo, envenenado,
Levando sobre a fronte o esplendor da inocência,
Calcando sob os pé o dragão do pecado;
Benditas sejais vós, almas que est'alma adora,
Almas cheias de paz, humildade e alegria,
Para quem a consciência é o Sol de toda a hora,
Para quem a virtude é o pão de cada dia!
Sois como a luz que doira as trevas dum monturo,
Ficando sempre branca a sorrir e a cantar;
E tudo quanto em mim há de belo ou de puro,
- Desde a esmola qaue eu dou à prece que eu murmuro -
É vosso: fostes vós o meu primeiro altar.
Lá da minha distante e encantadora infância,
Desse ninho d'amor e saudade sem fim,
Chega-me ainda a vossa angélica fragrância
Como uma harpa eólia a cantar a distância,
Como um véu branco ao longe inda a acenar por mim!
.................................................................
................................................................
..................................................................
Minha Mãe, minha Mãe! Ai que saudade imensa,
Do tempo em que ajoelhava, orando, ao pé de ti.
Caía mansa a noite; e andorinhas aos pares
Cruzavan-se voando em tormo dos seus lares,
Suspensos do beiral da casa onde eu nasci.
Era a hora que já sobre o feno das eiras
Dormia quieto e manso o impávido lebréu.
Vinhan-nos da montanha as canções das ceifeiras,
E a Lua branca além, por entre as oliveiras,
Como a alma dum justo, ia em trinfo ao Céu!...
E, mão postas, ao pé do altar do teu regaço,
Vendo a Lua subir, muda, alumiando o espaço,
Eu balbuciava a minha infantil oração,
Pedindo a Deus que está no azul do firmamento
Que mandasse um alívio a cada sofrimento,
Que mandasse uma estrela a cada escuridão.
Por todos eu orava e por todos pedia.
Pelos mortos no horror da terra negra e fria,
Por todas as paixões e por todas as mágoas...
Pelos míseros que entre os uivos das procelas
Vão em noite sem Lua e num barco sem velas
Errantes através do turbilhão das águas.
O meu coração puro, imaculado e santo
Ia ao trono de Deus pedir, como inda vai,
Para troda a nudez um pano do seu manto,
Para toda a miséria o orvalho do seu pranto
E para todo o crims o seu perdão de Pai!...
.........................................................................
...........................................................................
............................................................................
A minha Mãe faltou-me era eu pequenino,
Mas da sua piedade o fulgor diamantino
Ficou sempre aabençoando a mina vida inteira,
Como junto dum leão um sorriso divino,
Como sobre uma forca um ramo de oliveira!"
( de Guerra Junqueiro)
Na torre do luar da graça e da ilusão,
Vós que inda conservais, intactas, perfumadas,
As rosas para nós há tanto desfolhadas
Na aridez sepulcral do nosso coração;
Almas, filhas da luz das manhãs harmoniosas,
Da luz que acorda o berço e que entreabre as rosas,
Da luz, olhar de Deus, da luz, benção d'amor,
Que faz rir um nectário ao pé de cada abelha,
E faz cantar um ninho ao pé de cada flor;
Almas, onde resplende, almas onde se espelha
A candura inocente e a bondade cristã,
Como num céu d'Abril o arco da aliaça,
Como num lago azul a estrela da manhã;
Almas, urnas de fé,de caridade e esp'rança,
Vasos d'oiro contendo aberto um lírio santo,
Um lírio imorredoiro, um lírio alabastrino,
Que os anjos do Senhor vêm orvalhar com pranto,
E a piedade florir com seu clarão divino;
Almas que atravessais o lodo da existência,
Este lodo perverso, iníquo, envenenado,
Levando sobre a fronte o esplendor da inocência,
Calcando sob os pé o dragão do pecado;
Benditas sejais vós, almas que est'alma adora,
Almas cheias de paz, humildade e alegria,
Para quem a consciência é o Sol de toda a hora,
Para quem a virtude é o pão de cada dia!
Sois como a luz que doira as trevas dum monturo,
Ficando sempre branca a sorrir e a cantar;
E tudo quanto em mim há de belo ou de puro,
- Desde a esmola qaue eu dou à prece que eu murmuro -
É vosso: fostes vós o meu primeiro altar.
Lá da minha distante e encantadora infância,
Desse ninho d'amor e saudade sem fim,
Chega-me ainda a vossa angélica fragrância
Como uma harpa eólia a cantar a distância,
Como um véu branco ao longe inda a acenar por mim!
.................................................................
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Minha Mãe, minha Mãe! Ai que saudade imensa,
Do tempo em que ajoelhava, orando, ao pé de ti.
Caía mansa a noite; e andorinhas aos pares
Cruzavan-se voando em tormo dos seus lares,
Suspensos do beiral da casa onde eu nasci.
Era a hora que já sobre o feno das eiras
Dormia quieto e manso o impávido lebréu.
Vinhan-nos da montanha as canções das ceifeiras,
E a Lua branca além, por entre as oliveiras,
Como a alma dum justo, ia em trinfo ao Céu!...
E, mão postas, ao pé do altar do teu regaço,
Vendo a Lua subir, muda, alumiando o espaço,
Eu balbuciava a minha infantil oração,
Pedindo a Deus que está no azul do firmamento
Que mandasse um alívio a cada sofrimento,
Que mandasse uma estrela a cada escuridão.
Por todos eu orava e por todos pedia.
Pelos mortos no horror da terra negra e fria,
Por todas as paixões e por todas as mágoas...
Pelos míseros que entre os uivos das procelas
Vão em noite sem Lua e num barco sem velas
Errantes através do turbilhão das águas.
O meu coração puro, imaculado e santo
Ia ao trono de Deus pedir, como inda vai,
Para troda a nudez um pano do seu manto,
Para toda a miséria o orvalho do seu pranto
E para todo o crims o seu perdão de Pai!...
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A minha Mãe faltou-me era eu pequenino,
Mas da sua piedade o fulgor diamantino
Ficou sempre aabençoando a mina vida inteira,
Como junto dum leão um sorriso divino,
Como sobre uma forca um ramo de oliveira!"
( de Guerra Junqueiro)
domingo, 23 de setembro de 2012
Física quantica
Os génios da física continuam descobrindo mais certezas sobre os mais pequenos seres que nos redeiam. Depois de Einstein, um físico ingles, Paul Dirac, apresentou a célebre equação com o seu nome, que liga as descobertas de Einstein com a física quantica. Ontem, um belo programa sobre física quantica, se bem me lembro na TVI 24, tornou acessível a quem tenha um mínimo de escolaridade, digamos o nono ano liceal, ao conhecimento básico dos mistérios da mecânica quantica. Entre outros pontos o programa referiu e explicou a existência de energia dentro do vácuo e muitos outros pontos interessantes.
Oxalá continuam a brindar-nos com programas deste quilate.
Oxalá continuam a brindar-nos com programas deste quilate.
sábado, 22 de setembro de 2012
Bater forte e feio no governo
No último progama "Quadratura do circulo", no de quinta feira só com dois entrevistados, os temas da noite resumiram-se a um só título: bater forte e feio no governo. Um dos dois entrevistados dizia mata, o outro sorrindo de gozo, dizia esfola. Durante quase uma hora de duração do programa, que não contou com a colaboração amenizante do usual terceiro entrevistado, só se ouviu disto, nada mais se ouviu que o mata e esfola. Os programas ditos intelectuais ou culturais, em meu entender, devem trazer-nos análises e comentários a factos ocorridos no nosso país. E a análise, se completa, parece-me que deverá sempre que possível culminar com a apresentação de alternativas, soluções e receitas para os problemas apontados. Não podem ser como um conto contado a uma criança onde se diz que o lobo mau, é mau, mau, mau, terminando o conto por aí.
Parecia a história do burro e do leão moribundo.
Mas talvez. neste caso, haja a surpresa do leão estar longe dessa condição.
Parecia a história do burro e do leão moribundo.
Mas talvez. neste caso, haja a surpresa do leão estar longe dessa condição.
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
"A república em crise" - de Vasco Pulido Valente
O nosso país está á beira duma depressão profunda. Até o sr, Vasco Pulido Valente, um dos maiores humoristas portugueses, senão o maior, pela finura do que escreve, na sua "Opinião" de hoje no "Público" só refere ruinas, desconfianças, gente moribunda, descréditos,, gente inequívoca e fraquezas. Senhor doutor V.P.Valente, espero que amanhã se vire para o outro lado e nos faça sorrir de novo com essa sua ironia tão elegante, nas análises que apresenta no que escreve.
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
Tempos perdidos
O poeta popular algarvio António Aleixo, segundo consta da sua biografia, todos os dias inventava alguns versos, em geral quadras, que dizia enquanto engraxava os sapatos dos seus clientes. Isto causou-me algum remorso. Pelos dias, pelas horas que tenho vivido sem nada fazer, de tanto tempo que por mim passou sem convívio com a família ou com amigos, sem recordações agradáveis que reviver, sem obra ou acção útil na sociedade em que participo e com que partilho os factos diários.
Ocupo bastante tempo, mas passo muito tempo da vida que poderia aproveitar melhor. E isso, penso que também é pecado, porque nos foi concedido um bem, èsse tempo perdido, que não usamos e gozamos. E o que sinto, é que tenho perdido muito que não poderei recuperar. Agora compreendo melhor Proust, na sua obra magnífica "em busca do tempo perdido", que dentro de pouco tempo vou reler e melhor compreender. Depois, falarei de novo sobre êste tema.
O remorso, por vezes, tem as suas vantagens.
Ocupo bastante tempo, mas passo muito tempo da vida que poderia aproveitar melhor. E isso, penso que também é pecado, porque nos foi concedido um bem, èsse tempo perdido, que não usamos e gozamos. E o que sinto, é que tenho perdido muito que não poderei recuperar. Agora compreendo melhor Proust, na sua obra magnífica "em busca do tempo perdido", que dentro de pouco tempo vou reler e melhor compreender. Depois, falarei de novo sobre êste tema.
O remorso, por vezes, tem as suas vantagens.
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
Bons hábitos
Li, julgo que num artigo publicado num diário, que os habitantes do arquipélago de Okinawa teem a mais alta esperança de vida de todo o mundo terrestre. Raro o habitante ali nascendo e vivendo que não atinge a condição de centenário. E que, quem para ali vai residir, adoptando os hábitos dos locais, em poucos anos vê a sua vida melhorar na saude e na alegria de viver.
No arquipélago, não existem ou são raras diversas doenças: os diabetes, as cardíacas, os reumatismos, entre outras. Não teem horários para as refeições, só comem quando teem fome , não usam assúcar nem os seus sucedâneos, todos trabalham nas utilidades do dia a dia, dormem as horas que o corpo pede, só se deitando quando teem sono. O alcool quase não existe, raros são os que bebem algum alcool obtido através de frutos ou do suco de alguma palmeira. E não comem carne: peixe sim e muito. E são muito solidários nos trabalhos necessários para as comunidades.
Comparem êstes hábitos, em particular os alimentares, com o"fast food" .
E comparem os resultados nas populações.
No arquipélago, não existem ou são raras diversas doenças: os diabetes, as cardíacas, os reumatismos, entre outras. Não teem horários para as refeições, só comem quando teem fome , não usam assúcar nem os seus sucedâneos, todos trabalham nas utilidades do dia a dia, dormem as horas que o corpo pede, só se deitando quando teem sono. O alcool quase não existe, raros são os que bebem algum alcool obtido através de frutos ou do suco de alguma palmeira. E não comem carne: peixe sim e muito. E são muito solidários nos trabalhos necessários para as comunidades.
Comparem êstes hábitos, em particular os alimentares, com o"fast food" .
E comparem os resultados nas populações.
terça-feira, 18 de setembro de 2012
A boa sardinha assada
Escolheu a sardinha mais prateada, pegou-a com os dedos, colocou-a sobre a fatia grossa de pão caseiro, e começou a descascá-la com o ar satisfeito de quem espera iniciar um bom petisco.
Na esplanada, cheia de turistas nacionais e estrangeiros, a vozearia era quase gritaria, as conversas subiam de tom na mesma proporção em que as garrafas de vinho e as canecas de cerveja se esvaziavam. Os empregados de mesa gritavam pedidos para a cozinha trazendo em milagrosos equilíbrios e ao mesmo tempo. diversas travessas de peixe e acompanhamentos
Jorge, com habilidade, conseguiu retirar, com os dedos, toda a casca da sardinha que repousava no prato. Mostrando-a e virando-se para os amigos que o acompanhavam, com voz alguns decibeis acima da gritaria, disse, triunfante:
- Vejam, aqui está a casca completa duma sardinha assada. Agora paguem a aposta!
Na esplanada, cheia de turistas nacionais e estrangeiros, a vozearia era quase gritaria, as conversas subiam de tom na mesma proporção em que as garrafas de vinho e as canecas de cerveja se esvaziavam. Os empregados de mesa gritavam pedidos para a cozinha trazendo em milagrosos equilíbrios e ao mesmo tempo. diversas travessas de peixe e acompanhamentos
Jorge, com habilidade, conseguiu retirar, com os dedos, toda a casca da sardinha que repousava no prato. Mostrando-a e virando-se para os amigos que o acompanhavam, com voz alguns decibeis acima da gritaria, disse, triunfante:
- Vejam, aqui está a casca completa duma sardinha assada. Agora paguem a aposta!
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
E o Julião, indiferente perante as necessidades básicas mais inoportunas, começou a pensar na vidinha e atirou-se para o mercado da indiferença. Um mercado eivado de espinhos ocultos debaixo dum manto aveludado fabricado pelas artes divinas das suas sensações mais profundas. O seu mestrado em artes da boa vida familiar tinha-lhe deixado um complemento directo no cerebelo que passara á categoria de instinto inconsciente.
domingo, 16 de setembro de 2012
Mais um domingo, mais um dos mais de 685 domingos da minha vida. O domingo, dies dominicus, o dia do Senhor. Considerado o dia de descanso para a maior parte da população excepto para tantos outros que teem de trabalhar aos domingos - operários em obras que as teem de acabar ontem, cirurgiões que teem de operar tantos que sofreram de acidentes que não respeitam os dias de descanso, cozinheiros que os restaurantes abertos não os dispensam, comércios que tambem querem extrair dos clientes de domingo ou doutros sem artistas em casa que lhes façam o almoço, enfermeiros para tantas tarefas nas casas de saude e nas urgências que não podem fechar aos domingos, condutores de taxis e autocarros, que aos domingos muita gente tem de ir para.
Eu nada me importa que hoje seja domingo. Ou que um qualquer dia do mês seja domingo. Desde que os dias anterirores da semana eu tenha vivido.
E porque o sol, ao domingo, continua persistente, a nascer a este e a pôr-se a oeste.
Alguma vez pensaram na estrela que nos ilumina?
Eu nada me importa que hoje seja domingo. Ou que um qualquer dia do mês seja domingo. Desde que os dias anterirores da semana eu tenha vivido.
E porque o sol, ao domingo, continua persistente, a nascer a este e a pôr-se a oeste.
Alguma vez pensaram na estrela que nos ilumina?
sábado, 15 de setembro de 2012
Quero passar com a rapidez possível, das minhas preocupações sobre a política nacional, Passra sem perda de tempo para a literatura de eleição -estou relendo o "Grandes esperanças", de Charles Dickens, descobrindo as boas coisas que sempre se descobrem quando se relê um bom livro dum bom autor; relendo Cesário Verde, e Antero de Quental muito esquecidos na minha biblioteca modesta. E hoje, respigado do blog "abrupto", (de J,Pacheco Pereira)aqui trago o poema "Contrariedades" , de Cesário Verde:
Eu hoje estou cruel, frenético, exigente;
Nem posso tolerar os livros mais bizarros.
Incrível! Já fumei três maços de cigarros
Consecutivamente.
Doi-me a cabeça. Abafo uns desesperos mudos:
Tanta depravação nos usos, nos costumes!
Amo, insensatamente, os ácidos, os gumes
E os ângulos agudos.
Sentei-me à secretária.Ali defronte mora
Uma infelliz, sem peito, os dois pulmões doentes:
Sofre de faltas de ar, morreram-lhe os parentes
E engoma para fora.
Pobre esqueleto branco entre a nevadas roupas
Tão lívida.O doutor deixou-a. Mortifica.!
Lutando sempre! E deve a conta da botica
Mal ganha para sopas...
O obstáculo estimula, torna-nos perversos:
Agora sinto-me eu cheio de raivas frias,
Por causa dum jornal me rejeitar, há dias,
Um folhetim de versos.
Que mau humor! Rasguei uma epopeia morta
No fundo da gaveta. O que produz o estudo?
Mais duma redacçã das que elogiam tudo,
Me tem fechado a porta.
A crítica, segundo o método de Taine
Ignoram-na. Juntei numa fogueira imensa
Muitíssimos papéis inéditos. A imprensa
Vale um desdém solene
Com raras excepções merece-me o epigrama
Deu meia-noite: e em paz pela calçada abaixo,
Um sol-e-dó. Chuvisca. O populacho
Diverte-se na lama.
Eu nunca dediquei poemas às fortunas,
Mas sim por deferência a amigos ou a artistas:
Independente! Só por isso os jornalistas
Me negam as colunas.
Receiam que o assinante ingénuo os abandone,
Se forem publicar tais cousas, tais autores.Arte?
Não lhes convém, visto que o seus leitores
Deliram por Zaccone.
Um prosador qualquer disfruta fama honrosa,
Obtém dinheiro, arranja a sua coterie:
E a mim, não há questão que mais me contrarie
Do que escrever em prosa.
A adulação repugna aos sentimentos finos:
Eu raramente falo aos nossos literatos,
E apuro-me em lançar originais e exactos,
Os meus alexandrinos...
E a tísica? Fechada, e com o ferro aceso!
Ignora que a asfixia a conbustão das brasas,
Não foge do estendal que lhe humedece as casas,
E fina-se ao desprezo!
Mantém-se a chá e pão|! Antes entrar na cova.
Esvai-se: e todavia, à tarde, fracamente,
Oiço-a contarolar uma canção plangente
Duma opereta nova!
Perfeitamente. Vou findar sem azedume
Quem sabe se depois, eu rico e noutros climas,
Conseguirei reler essas antigas rimas
Impressas em volume?
Nas letras até conheço um campo de manobras:
Emprega-se a ré, clame a intriga, o anúncio, a blague,
E esta poesia pede um editor que pague
Todas as minhas obras...
E estou melhor. passou-me a cólera. E a vizinha?
A pobre engomadeira ir-se-á deitar sem ceia?
Vejo-lhe luz no quarto. Inda trabalha. É feia
Que mundo! Coitadinha!
(Cesário Verde)
Eu hoje estou cruel, frenético, exigente;
Nem posso tolerar os livros mais bizarros.
Incrível! Já fumei três maços de cigarros
Consecutivamente.
Doi-me a cabeça. Abafo uns desesperos mudos:
Tanta depravação nos usos, nos costumes!
Amo, insensatamente, os ácidos, os gumes
E os ângulos agudos.
Sentei-me à secretária.Ali defronte mora
Uma infelliz, sem peito, os dois pulmões doentes:
Sofre de faltas de ar, morreram-lhe os parentes
E engoma para fora.
Pobre esqueleto branco entre a nevadas roupas
Tão lívida.O doutor deixou-a. Mortifica.!
Lutando sempre! E deve a conta da botica
Mal ganha para sopas...
O obstáculo estimula, torna-nos perversos:
Agora sinto-me eu cheio de raivas frias,
Por causa dum jornal me rejeitar, há dias,
Um folhetim de versos.
Que mau humor! Rasguei uma epopeia morta
No fundo da gaveta. O que produz o estudo?
Mais duma redacçã das que elogiam tudo,
Me tem fechado a porta.
A crítica, segundo o método de Taine
Ignoram-na. Juntei numa fogueira imensa
Muitíssimos papéis inéditos. A imprensa
Vale um desdém solene
Com raras excepções merece-me o epigrama
Deu meia-noite: e em paz pela calçada abaixo,
Um sol-e-dó. Chuvisca. O populacho
Diverte-se na lama.
Eu nunca dediquei poemas às fortunas,
Mas sim por deferência a amigos ou a artistas:
Independente! Só por isso os jornalistas
Me negam as colunas.
Receiam que o assinante ingénuo os abandone,
Se forem publicar tais cousas, tais autores.Arte?
Não lhes convém, visto que o seus leitores
Deliram por Zaccone.
Um prosador qualquer disfruta fama honrosa,
Obtém dinheiro, arranja a sua coterie:
E a mim, não há questão que mais me contrarie
Do que escrever em prosa.
A adulação repugna aos sentimentos finos:
Eu raramente falo aos nossos literatos,
E apuro-me em lançar originais e exactos,
Os meus alexandrinos...
E a tísica? Fechada, e com o ferro aceso!
Ignora que a asfixia a conbustão das brasas,
Não foge do estendal que lhe humedece as casas,
E fina-se ao desprezo!
Mantém-se a chá e pão|! Antes entrar na cova.
Esvai-se: e todavia, à tarde, fracamente,
Oiço-a contarolar uma canção plangente
Duma opereta nova!
Perfeitamente. Vou findar sem azedume
Quem sabe se depois, eu rico e noutros climas,
Conseguirei reler essas antigas rimas
Impressas em volume?
Nas letras até conheço um campo de manobras:
Emprega-se a ré, clame a intriga, o anúncio, a blague,
E esta poesia pede um editor que pague
Todas as minhas obras...
E estou melhor. passou-me a cólera. E a vizinha?
A pobre engomadeira ir-se-á deitar sem ceia?
Vejo-lhe luz no quarto. Inda trabalha. É feia
Que mundo! Coitadinha!
(Cesário Verde)
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Críticas e análises
Aprecio o dr.Pacheco Pereira nas análises, comentários e algumas críticas quando construtivas. Mas discordo das apreciações e críticas que apresenta no programa "quadratura do círculo". Porque não me lembra de êle ter apreciado as qualidades dos referidos, quando apresenta os seus defeitos. Ontem, um exemplo. O ódio que destilou falando do dr.Passos Coelho e da sua entrevista na TV1 ontem à noite, não me parece que deva provir duma pessoa sensata, justa q.b., equilibrada. A raiva, o rancôr, o desprezo que apresentou (referindo-se ao primeiro ministro) não parece provir de quem já leu mais de mil livros, que se diz democrata, e que prtetende dar uma imagem de justiça.
Há muito tempo que cheguei à conclusão que a crítica sem contrapartida, pouco resultado obtem. E para o próprio, sim, mas mau.
Há muito tempo que cheguei à conclusão que a crítica sem contrapartida, pouco resultado obtem. E para o próprio, sim, mas mau.
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Só críticas.Alternativas, nada.
Se lerem a imprensa diária de hoje, se ouviram as notícias e entrevistas nas TVs nos últimos dias, puderam constatar que èsses senhores críticos e comentadores continuam a não apresentar uma alternativa viável para o governo do país, pretendendo insinuar que a tèm escondida na manga. E não a apresentam, claro, porque não a teem. Doutro forma seriam muito pouco patrióticos não a apresentando. O que não pode ser porque sempre declaram o contrário.
Voltaram a referir a greve e a organização de manifestações, alternativas que já todos sabemos que não são alternativas para substuir a execução do actual governo do nosso país por outra com efeitos menos contundentes na economia e no bolso dos cidadãos. Da alternativa, que já referi de "ir buscar o dinheiro onde êle está", estamos conversados. Agora surgiu outra, a de pedir ao presidente da república que demita e substitua o governo. E não se lembram o que aconteceu com a demissão que o presidente Sampaio impôs a um governo.
Alternativas viáveis, daquelas que levam o nosso país para fora da bancarrota, dessas, nada.
E, se aparece um ministro que tem boas ideias e iniciativas, o que se vê, o que se ouve?
Um administrador duma empresa que, depois de nomeado, verifica que a empresa tem uma dívida quase insolúvel, que faz? Se se demite, é uma covardia antes de encontrar alternativas e propôr e executar as soluções aprovadas. Se procura cumprir as suas funções, pede tempo, porque só as soluções milagrosas poderão realizar-se em poucos dias.
E o nosso Criador tem uma lista de pedidos de milagres muito longa.
Voltaram a referir a greve e a organização de manifestações, alternativas que já todos sabemos que não são alternativas para substuir a execução do actual governo do nosso país por outra com efeitos menos contundentes na economia e no bolso dos cidadãos. Da alternativa, que já referi de "ir buscar o dinheiro onde êle está", estamos conversados. Agora surgiu outra, a de pedir ao presidente da república que demita e substitua o governo. E não se lembram o que aconteceu com a demissão que o presidente Sampaio impôs a um governo.
Alternativas viáveis, daquelas que levam o nosso país para fora da bancarrota, dessas, nada.
E, se aparece um ministro que tem boas ideias e iniciativas, o que se vê, o que se ouve?
Um administrador duma empresa que, depois de nomeado, verifica que a empresa tem uma dívida quase insolúvel, que faz? Se se demite, é uma covardia antes de encontrar alternativas e propôr e executar as soluções aprovadas. Se procura cumprir as suas funções, pede tempo, porque só as soluções milagrosas poderão realizar-se em poucos dias.
E o nosso Criador tem uma lista de pedidos de milagres muito longa.
terça-feira, 11 de setembro de 2012
Os meus laços
Vou conseguido ficar independente de juizo alheios, de comentãrios, de críticas. Estou habilitando-me a seguir escrevendo e o meu interesse pelo que escrevo seja dia a dia mais alheio a que leiam o que redijo. Sinto que é importante fazer esta análise às minhas ansiedades, às minhas dependências, sentindo que os laços que condicionam a felicidade, se desatam e se soltam, não caindo na tortura de se transformarem em nós apertados.
Para que qualquer dia, só com uma espada, como Damocles, eu os consiga abrir.
Para que qualquer dia, só com uma espada, como Damocles, eu os consiga abrir.
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Um antigo convento: assim está abandonado desde os tempos de Afonso Costa desde há um século. Na margem direita do rio Arade, entre Portimão e a Praia da Rocha. Com um terreno suficiente para aproveitar estas ruinas e êste local num hotel ou para uma instituição cultural. E mais espaço para um grande jardiim.
Se a câmara tivesse sido desde o 25/4/1974 uma câmara pobre, poderia justificar-se o abandono. Mas com uma pequena parte do dinheiro que gastaram em vacuidades poderiam ter feito o restauro e transformação. Assim como está, é um triste cenário para quem nos visita.
Agora, entram no rio e estacionam no pôrto, centenas de navios por ano. E pode observar-se que muitos turistas, desembarcados ou nas varandas dos paquetes e outros barcos, fotografam o "monumento".
Que triste "ex libris" para a nossa cidade! E que comentários farão êsses turistas quando mostrarem as fotos que daqui levam...
Se a câmara tivesse sido desde o 25/4/1974 uma câmara pobre, poderia justificar-se o abandono. Mas com uma pequena parte do dinheiro que gastaram em vacuidades poderiam ter feito o restauro e transformação. Assim como está, é um triste cenário para quem nos visita.
Agora, entram no rio e estacionam no pôrto, centenas de navios por ano. E pode observar-se que muitos turistas, desembarcados ou nas varandas dos paquetes e outros barcos, fotografam o "monumento".
Que triste "ex libris" para a nossa cidade! E que comentários farão êsses turistas quando mostrarem as fotos que daqui levam...
domingo, 9 de setembro de 2012
TANTA CRÍTICA
Acho muita graça aos críticos
Muito ricos em objecções
São pobres êstes políticos
Não descobrem soluções
Uns dizem vamos ás greves
Ou querem manifestações
De inteligência são breves
Com suspeitas intenções
Ainda outros apelam
Àquilo que Deus nos dá
E com ar sério aconselham:
Ir ao ouro onde êle está
Muito ricos em objecções
São pobres êstes políticos
Não descobrem soluções
Uns dizem vamos ás greves
Ou querem manifestações
De inteligência são breves
Com suspeitas intenções
Ainda outros apelam
Àquilo que Deus nos dá
E com ar sério aconselham:
Ir ao ouro onde êle está
sábado, 8 de setembro de 2012
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
Uma reportagem do passado
Em meados do século passado, os bailaricos, em Lisboa, quase por regra aos fins de semana, faziam-se nalguns clubes, nos "cabarets" e, com menos frequência nos cinemas, universidades ( os do Técnico tinham fama) ou salas alugadas para o efeito. Os do Clube Alentejano e os do Ateneu e os dos santos populares, eram os preferidos pela classe estudantil.
Regra geral as mamãs acompanhavam as filhas e fiscalizavam o par onde a filha dançava, sentadas nas filas de cadeiras dispostas em redor da sala. Encontravam novos conhecimentos, comentavam a qualidade dos dançarinos, quando possível obtinham informações sobre os mancebos que enlaçavam as filhas e quase sempre as conversas das mamãs derivavam para os dramas domésticos ou para comentários sobre a vizinhaça. A classe média imperava, representada sempre pelas mulheres. Nunca vi um marido, num dêsses bailaricos. A classe rica ou alta ou como lhe queiram chamar, não frequentava o "Alentejano" , aos bailaricos chamavam bailes e organizavam-se nas casas particulares, com uma selecção muito forte dos participantes.
Eu e outros estudantes pretendíamos por vezses participar destes bailes. Na falta de convites, eu e outros amigos, todos de carteiras leves, imaginávamos mil e uma maneiras de entrar "à borla" ou de conseguir um substituto para o convite. Um dos truques que usámos duas ou três vezes foi o de, chegando á porta, um de nõs escorregar, simular uma queda aparatosa agarrando-se ao porteiro, enquanto outro ou outros de nós, apoveitando a distracção momentânea do fiscal, se esgueirava para dentro da sala.
Regra geral as mamãs acompanhavam as filhas e fiscalizavam o par onde a filha dançava, sentadas nas filas de cadeiras dispostas em redor da sala. Encontravam novos conhecimentos, comentavam a qualidade dos dançarinos, quando possível obtinham informações sobre os mancebos que enlaçavam as filhas e quase sempre as conversas das mamãs derivavam para os dramas domésticos ou para comentários sobre a vizinhaça. A classe média imperava, representada sempre pelas mulheres. Nunca vi um marido, num dêsses bailaricos. A classe rica ou alta ou como lhe queiram chamar, não frequentava o "Alentejano" , aos bailaricos chamavam bailes e organizavam-se nas casas particulares, com uma selecção muito forte dos participantes.
Eu e outros estudantes pretendíamos por vezses participar destes bailes. Na falta de convites, eu e outros amigos, todos de carteiras leves, imaginávamos mil e uma maneiras de entrar "à borla" ou de conseguir um substituto para o convite. Um dos truques que usámos duas ou três vezes foi o de, chegando á porta, um de nõs escorregar, simular uma queda aparatosa agarrando-se ao porteiro, enquanto outro ou outros de nós, apoveitando a distracção momentânea do fiscal, se esgueirava para dentro da sala.
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
Todos nós, desde que nascemos, mais ou menos conscientes, mais ou menos atilados, mais ou menos eriquecidos pelo conhecimento, todos nós temos deveres. A cumprir, a seguir, a obedecer. De bôa vontade, contrariados ou apenas seduzidos pelas circunstâncias do momento. Os caminhos da vida estão-nos sempre apontados, com limites estabelecidos pelos acasos envolventes, com as dificuldades. Nem sempre os caminhos são as rectas vias, de que nos fala Dante. Por vezes teem curvas sinuosas, elegantes, com maiores ou menores dificuldades inesperadas ou com aviso prévio.
Mas o mais importante, relacionado com os deveres que todos temos de aceitar, suportar ou rejeitar, o mais importante é que não os sintamos, que os executemos sem darmos por isso, com agrado e satisfação pelas consequências.
O nosso supremo Senhor e Criador, nas idas e vindas de todos os dias com frequência nos faz passar ao lado de pobres, pedintes, indigentes, que estendem a mão ou o cestinho, à caridade. Raro nos lembramos que também ali está o Senhor de Todas as Coisas. E, por vezes, com remorso, voltamos atrás e entregamos a nossa esmola.Êsse nosso acto, êsse nosso procedimento, se é possível classificá-lo numa escala de zero a vinte, êsse nosso acto teria a classificação de dez. Seria muito maior a nota se nem nos lembrássemos do que fizémos.
Como aquêles deveres que cumprimos de forma inconsciente.
Mas o mais importante, relacionado com os deveres que todos temos de aceitar, suportar ou rejeitar, o mais importante é que não os sintamos, que os executemos sem darmos por isso, com agrado e satisfação pelas consequências.
O nosso supremo Senhor e Criador, nas idas e vindas de todos os dias com frequência nos faz passar ao lado de pobres, pedintes, indigentes, que estendem a mão ou o cestinho, à caridade. Raro nos lembramos que também ali está o Senhor de Todas as Coisas. E, por vezes, com remorso, voltamos atrás e entregamos a nossa esmola.Êsse nosso acto, êsse nosso procedimento, se é possível classificá-lo numa escala de zero a vinte, êsse nosso acto teria a classificação de dez. Seria muito maior a nota se nem nos lembrássemos do que fizémos.
Como aquêles deveres que cumprimos de forma inconsciente.
terça-feira, 4 de setembro de 2012
Na Praia da Rocha
A Praia da Rocha tem surpresas destas. A quem a percorre pela primeira vez, parece que só o Criador de Todas as Coisas as possam construir. Quando atravessamos estas galerias sentimos, envolvidos e rodeados pelas rochas, que ali dentro somos diferentes, talvez pela maior frescura, talvez pelo respeito pela arquitectura do construtor, talvez pela admiração que nos suscita o equilíbrio, a simplicidade e o espectáculo do que nos envolve e do que vemos lá fora.
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Depois do terramoto de 1755, da igreja de Portimão, eerigida no sécul treze, restou esta porta gótica e a parede do fundo da igreja, que resistiu porque fazia parte da antiga muralha da cidade. Esta igreja, após o terramoto, foi lentamente sendo reconstruida, muitos beneméritos para tanto contribuiram em particular o senhor Maravilhas, que ali empregou grande parte da sua fortuna.Por falta de dinheiro não conseguiu acabar a reconstrução, ficando tal como está hoje desde fins do século dezanove. Por isso esta igreja só tem um dos campanários, aguardando, até aos dias de agora que surja uma presidência da câmara que se interesse para tanto.
Nos tempos de Salazar as câmaras não tinham dinheiro para obras de restauro ou reconstrução, mal chegava para a conservação.
Mas agora, com tantas empresas que o município se empenha em desenvolver, com tanto foguetório e festarola, dá que pensar porque não se aplica nesta igreja, um monumento nacional, o equivalente, em custo, a um andar dum prédio.
Nos tempos de Salazar as câmaras não tinham dinheiro para obras de restauro ou reconstrução, mal chegava para a conservação.
Mas agora, com tantas empresas que o município se empenha em desenvolver, com tanto foguetório e festarola, dá que pensar porque não se aplica nesta igreja, um monumento nacional, o equivalente, em custo, a um andar dum prédio.
sábado, 1 de setembro de 2012
Do mar
Muito gosto eu dos rios, quase tanto como do mar. No mar nasceram os nossos mais antepassados, no mar temos imensas riquezas, alèm dos nossos parentes peixes. No mar, mesmo quando em tempestade sinto-me sempre bem disposto. O mar nunca é rancoroso: mesmo quando está zangado, termina sempre por acalmar-se, por apaziguar-se. É amigo indefectível do vento, tem com
êle uma sociedade que produz ondas variadas, na forma, no carácter, na força.Tem estradas imensass que são as correntes e produz espumas que lança ao sócio vento ou deixa nas praias. Permite que a mulher e o homem o façam aguentar com os barcos e que o conspurquem com o que lhe queiram para lá deitar. Sofre em silêncio as agressões terríveis dos óleis e outros dejectos imundos que lhes matam parte dos peixes e outros seus aliados, conseguindo eliminar a muito custo toda a poluição a que o
sujeitam.
Recebe, sempre de braços abertos, os rios que lhes trazem água doce, que o tempera.
E ainda tem muitos segredos por descobrir e muitas riquezas ignoradas.
êle uma sociedade que produz ondas variadas, na forma, no carácter, na força.Tem estradas imensass que são as correntes e produz espumas que lança ao sócio vento ou deixa nas praias. Permite que a mulher e o homem o façam aguentar com os barcos e que o conspurquem com o que lhe queiram para lá deitar. Sofre em silêncio as agressões terríveis dos óleis e outros dejectos imundos que lhes matam parte dos peixes e outros seus aliados, conseguindo eliminar a muito custo toda a poluição a que o
sujeitam.
Recebe, sempre de braços abertos, os rios que lhes trazem água doce, que o tempera.
E ainda tem muitos segredos por descobrir e muitas riquezas ignoradas.
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