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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Num novo dia


Preciso de voltar a sonhar os sonhos que não tive
Preciso de voltar a encontrar os bens que não tenho
Preciso de voltar a aprender tudo o que não aprendi
Preciso de voltar a percorrer aquela estrela que não vejo

Se o tempo me consome deixando-me viver
Se a saudade em mim é flor que se desvanece
Se penso que encontrei o que nunca quiz
Se a vida me traz razão nem razão sentindo

Torno a folhear as páginas que não sei ler
Torno a dar os mesmos passos que não dei
Torno os meus olhos dentro dos teus
Torno à mesma saudade de te ver

Perante um mundo que desaba ficando erguido
Perante tanta gente que niunca é gente
Perante os milagres  de tantas tristezas alegres
Perante os mistérios secretos duma pedra dura

Volto a erguer a minha taça de nectar suave e incolor
Volto por fim a reparar neste princípio
Volto a dar toda a corda à esperança
Volto por fim a aprender o riso duma criança
                     
                      (dedicado à minha filha Maria Alexandra

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