* Visitante inesperado - 12 -
Passam-se os dias, a minha mente continua com a imagem persistente do cilindro dourado, da sua derradeira forma encimada por uma cabeça do mesmo material, pequenos diamantes oblongos unidos por fio dourado. No rescaldo daquela aparição e durante estes dias da sua ausência ficou a serenidade que me invadiu durante aquele encontro. E passei a sentir, em catadupa, sentimentos de ausências profundas, de frustrações ténues, de vibrações estranhas, de perturbações vibrantes. Logo traduzidas em várias interrogações.
Que fim tivera aquele encontro? Será que este Jeuss veio só para mim, não creio que eu fosse o único escolhido.
Que pretenderia ele, escolhendo-me a mim, para aparecer na Terra?
Que verdade existiria nas suas explicações?
Mas decerto é que estive consciente, bem desperto e atento, durante o encontro. E que não fiquei assustado quando ouvi a sua voz que, de imediato, abriu-me a razão antes de sentir qualquer perturbação ou abalo mental, não sentindo nunca, perplexidade nas suas respostas. E agora, sinto um desejo infrene de noticiar a aparição daquela visita, fazendo-o com suavidade, com a convicção que sentia ao ouvi-lo, como os primeiros cristãos encaravam os milagres do outro Jesus.
Tenho de preparar-me para que me chamem mentiroso, louco, que a resposta mais suave seja uma palmadinha nas costas acompanhada duma galhofa e gracejos e risota bem sonora.
Começarei dando a notícia à familia.
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