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terça-feira, 17 de outubro de 2017

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       Visitante inesperado - 4 -
           Um pouco hesitante peguei na maçã, que não fugiu das minhas mãos e dei-lhe uma dentada, era na realidade uma maçã. Madura e bem saborosa.
              - Sinto que está gostando desse fruto  - prosseguiu o estranho visitante na sua voz meio distante mas bem sonora - e ao neste mesmo  tempo está pensando que eu não respondi à sua pergunta. Não o fiz para o sossegar e prepará-lo para ouvir a minha resposta.
            Engoli o primeiro bocado da maçã. Na realidade estava mais calmo e senti que me perscrutava o pensamento. Ele - ou ela ainda não lhe conhecia o sexo  - continuou:
               - Não se preocupe que lhe adivinhe os pensamentos, no nosso planeta sempre o fazemos com os nossos patrícios só no sentido do interesse mútuo, do amor e da amizade. E respondendo àquela sua pergunta digo-lhe que a minha vinda à Terra é precisamente para vos convencer de que na amizade e no amor deve residir todo e qualquer  assunto das vossas conversações. Reparámos, conhecendo a vossa  história, que os povos da Terra muito falam e conversam fora do amor e da amizade, como consequência, inúmeras vezes as vossa conversas redundam em guerras e mortes. Lá no nosso Iris tal não acontece, é uma das razões porque não temos guerras ou qualquer tipo de disputas, há alguns milhões de anos. E daí sobra a nossa vontade para boas investigações e estou convencido, sabemos que também isso muito ajuda a nossa evolução.
              - Isso faz-me pensar que Cristo, talvez...le
              - Pode ter a certeza, Cristo foi uma dos primeiros de Iris que foi à Terra. E adivinharam, com alguma fantasia, que e ressuscitou, continuou  entre nós, é um dos nossos anciões.
              - Custa-me a crer que vivais tantos anos...
              - Não se admire, em oitenta ou noventa anos a vossa esperança de vida aumentou vinte anos, em boa progressão. Logo, como está pensando, em mais de seis milhões de anos, na mesma proporção ...Mas atenção , há muito tempo que chegámos à conclusão que não nos interessa a vida eterna, porque sabemos, pelas nossas investigações que existem e existirão sempre outras formas de vida mais elevadas e importantes. O que nos interessa é que nos aproximemos delas e não que prossigamos eternamente afastados.
(continua)

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