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segunda-feira, 23 de outubro de 2017

* Visitante inesperanado - 11 -
         Poucos segundos após o desaparecimento de Jesus, começou a afluir à minha mente um turbilhão de perguntas, dúvidas, hesitações. Mas de súbito senti-me invadido por uma placitude, uma tranquilidade imensa como estivesse num banho morno que me provocasse esse êxtase que sentia.Seria uma alucinação a visita de Jesus,  uma fantasia toda aquela conversa, um sonho estando acordado? Na realidade eu não tocara naquele cilindro dourado que via à minha frente, a poucos passos de mim.
       Não sei se era apenas uma visão, mas de facto ele falou-me e bastante. Numa voz que me seduziu, que me levou a aceitar, a  acreditar em tudo o que me disse. Não, agora  a razão parece que  começa a bater-me à porta, muito do que me disse  é pura fantasia da minha imaginação e, continuo pensando, a fantasia também tem limites, a fantasia não produz sons, não faz soar uma voz cativante nos ouvidos. E o meio de transporte que ele, Jesus, me disse usar só seria possivel se apenas o seu espírito viajasse, cavalgando electrões da luz reflectida no planeta Dukleks. E porque não? Um homem da pre-história ou mesmo um da idade média, se visse surgir á sua frente um boeing 747 também pensaria que estava alucinado, ficaria transido de medo como eu fiquei quando vi surgir à minha frente aquele cilindro dourado que me falava com  voz serena e insinuante.
      Mas, se calhar é  ele que agora está controlando o meu pensamento, será que onde agora se encontra, pretende continuar a dialogar comigo?
(continua)

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