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Visita inesperada - 15 -
Com grande lucidez a mente começou a informar-me, sobrepondo-se aos assuntos da realidade, ao conhecimento e especulação sobre tudo o que se passava no início deste outro dia. Como escrito em letras de fogo ou gravadas em granito apareciam-me frases em catadupa, com sequência lógica. Que o Jesus de agora, de acordo com os seus governantes, regressara ao seu planeta, o mesmo sucedendo com a centena de outros patrícios, outros Jesus que haviam viajado para a Terra com a mesma missão: que em todos os reinos imperasse a bondade. Julgavam que a sua missão dispunha de campo fértil, que existiria evolução desde que o outro Jesus aqui estivera.Mas a observação dos efeitos da obra do outro Jesus, o de há dois mil anos, nos habitantes da Terra, a observação de como vivem os habitantes da Terra no presente, levou-os a essa decisão. Que a situação não é muito diferente da de há dois mil anos. A tecnologia avançou muitíssimo porém, continuam a matar por prazer, continuam com guerras, continuam bastante alheios às recomendações das mulheres boas e dos homens bons, entre eles o papa, continuam escravos do dinheiro e muitos, escravos de outros. Desapareceram alguns amantes do mal, desapareceram Stalin, Mao Tse Tung, Hitler, mas surgiram outros, na Venezuela, em Cuba, na Coreia do Norte. Muitos continuam a matar por prazer. A pobreza aumentou, a bondade parece diminuir. Daqui a mais ou menos outros dois mil anos voltarão a visitar-nos, talvez já estejamos em melhores condições para aceitar o que nos querem oferecer. Esperam que os que cá vieram tenham deixado uma semente que germinará se unirem as mãos e as almas.
Estas frases continuaram a surgir-me e a repetir-se na mente, como se outro espírito imperasse sobre ela.
E sobra-me a tristeza dessa ausência de Jesus. Mais que a morte dum ser querido.
Espero que acreditem e que sigam o que os Jesus recomendaram.
FIM
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