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segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Vadio que sou

Sou um vadio no meio das minhas ideias
Mas não sou um traficante de maldades
Gosto de ter os meus santos de paredes meias
E nunca me importo com a minha idade
Abro portas em busca de fantasia
Derrubo paredes que tapam a realidade
Tento não me perturbar no meu dia a dia
E roo as unhas por sentir tanta saudade


As mágoas que tive já as esqueci
Os prazeres na lembrança bem conservo
Se virtudes possuo não as sinto
E os defeitos que tenho sempre lembro
Só sei viver esta vida que me deram
E ao ver tanta miséria neste mundo cão
Admiro-me da sorte que me entregaram
Não obrigado a qualquer compensação

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