*
Insistência
Não sei se reparara m como os que nos enganaram conseguem repetir o mesmo, convencendo com as mesmas e outras balelas os bonzos da união europeia. E estes, na esperança do milagre, tecem-lhes louvores.
Talvez convencidos que a visita do papa, na Páscoa, consiga tal milagre.
Oxalá tenham razão, dá sempre gosto ver que as nossas dívidas, cantando e rindo, desaparecem.
comentários, poemas, situações e circunstâncias da vida, escrtos e da autoria do que escreve neste blog
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terça-feira, 28 de fevereiro de 2017
Vou passeando pelos
espaços infindáveis do meu ser
Atravesso velejando as torturas do passado
Sinto vibrar as asas das esperanças vividas
Procuro sem cessar essa alegria do menino
Que descobriu o bombom embrulhado em folha de prata fina
Que encontrou o arco e a guia com que então brincava
Correndo pela areia da praia, mergulhando no seu mar
E sentindo que a saudade lhe trazia mais afagos da sua Mãe
Atravesso velejando as torturas do passado
Sinto vibrar as asas das esperanças vividas
Procuro sem cessar essa alegria do menino
Que descobriu o bombom embrulhado em folha de prata fina
Que encontrou o arco e a guia com que então brincava
Correndo pela areia da praia, mergulhando no seu mar
E sentindo que a saudade lhe trazia mais afagos da sua Mãe
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017
*
Episódio
Aproximei-me da gata da Chachão, a cozinheira da casa da minha avó, que sempre tratava bem o miúdo que eu era, o filho do senhor comandante e da menina Rosa. Iniciei um gesto de fazer uma festa à gata, um bicho cujos maus fígados eu ainda desconhecia, nos meus seis anos de fraca experiência da vida
- Óh menino, na mexa na Perdida qela larranha !- exclamou a Chachão no seu dialecto serrado, enquanto mexia a sopa no tacho de barro.
Todos os animais que até então conhecera, eram desprovidos de manifestações de solércia, de velhacaria, de reacções perigosas. Sabia que as galinhas, os perus, o cavalo Palhaço não me ameaçavam, apenas estava ciente que o leão era um animal perigoso, a pele dum deles na sala com um buraco de bala no lugar do pescoço tinha uma história que era prova contundente.
Mas a gata, a Perdida, continuou impávida, na sua limpeza matinal de lambidelas no pelo.
Episódio
Aproximei-me da gata da Chachão, a cozinheira da casa da minha avó, que sempre tratava bem o miúdo que eu era, o filho do senhor comandante e da menina Rosa. Iniciei um gesto de fazer uma festa à gata, um bicho cujos maus fígados eu ainda desconhecia, nos meus seis anos de fraca experiência da vida
- Óh menino, na mexa na Perdida qela larranha !- exclamou a Chachão no seu dialecto serrado, enquanto mexia a sopa no tacho de barro.
Todos os animais que até então conhecera, eram desprovidos de manifestações de solércia, de velhacaria, de reacções perigosas. Sabia que as galinhas, os perus, o cavalo Palhaço não me ameaçavam, apenas estava ciente que o leão era um animal perigoso, a pele dum deles na sala com um buraco de bala no lugar do pescoço tinha uma história que era prova contundente.
Mas a gata, a Perdida, continuou impávida, na sua limpeza matinal de lambidelas no pelo.
domingo, 26 de fevereiro de 2017
*
Atingi uma idade em que começo a descobrir, a renovar e a disfrutar de alguns dos prazeres cuja descoberta iniciámos pouco depois de nascermos, conservando na memória algum do espanto então sentido e ainda buscando, com avidez, outros espantos por outras coisas ou por factos inusitados: uma nuvem que nos recorda aquele primeiro invento da imaginação, um estrondo que imita a surpresa do primeiro trovão ouvido, um sorriso sincero como o da minha Mãe, quando me acariciava, afagando-me a roupa, depois de me deitar.
Hoje atingi os noventa anos e uma semana, de idade. E, quando tinha dezassete e estudava as matemáticas gerais, duvidava que pudesse viver até ao século vinte e um.
Atingi uma idade em que começo a descobrir, a renovar e a disfrutar de alguns dos prazeres cuja descoberta iniciámos pouco depois de nascermos, conservando na memória algum do espanto então sentido e ainda buscando, com avidez, outros espantos por outras coisas ou por factos inusitados: uma nuvem que nos recorda aquele primeiro invento da imaginação, um estrondo que imita a surpresa do primeiro trovão ouvido, um sorriso sincero como o da minha Mãe, quando me acariciava, afagando-me a roupa, depois de me deitar.
Hoje atingi os noventa anos e uma semana, de idade. E, quando tinha dezassete e estudava as matemáticas gerais, duvidava que pudesse viver até ao século vinte e um.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017
*
Ridículo
O ser ridículo é uma forma de ser que provoca comentários mordazes, instiga a zombaria, conduz ao desprezo. Penso que ofusca a razão a quem o sente, vindo doutros, sejam amigos sejam desconhecidos. É uma arma usada para rebaixar, diminuir ou inferiorizar o que acabou de proferir uma opinião, reforçar um comentário depreciativo sobre alguém, justificar o fraco apreço pelo indivíduo de quem se fala. Quase sempre representa uma tentativa baixa para denegrir quem temos por inimigo ou quem pretendemos afastar como concorrente numa discussão, ainda que todos os que nela participam se digam amigos de longa data.
Ridículo
O ser ridículo é uma forma de ser que provoca comentários mordazes, instiga a zombaria, conduz ao desprezo. Penso que ofusca a razão a quem o sente, vindo doutros, sejam amigos sejam desconhecidos. É uma arma usada para rebaixar, diminuir ou inferiorizar o que acabou de proferir uma opinião, reforçar um comentário depreciativo sobre alguém, justificar o fraco apreço pelo indivíduo de quem se fala. Quase sempre representa uma tentativa baixa para denegrir quem temos por inimigo ou quem pretendemos afastar como concorrente numa discussão, ainda que todos os que nela participam se digam amigos de longa data.
terça-feira, 21 de fevereiro de 2017
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Perturbações
Retomemos, sincopado, malgasto, omisso, onifulgente retardado, inconstante, perturbado, vaidade, singeleza, fantasmagórico, oligarca, sensório, infernal, concupiscente, relacionado, embalado, vaidade, transição, alegoria, passo adiante, fico-me lá, rebento a costura, reabro o tríptico, assumo o erro, agarro a percepção, evito o destino, nem penso nela, entretenho a manha, raso o sentimento, boa vai ela, assim como assim, entro no vicio, saio da sala, estou bem assente, vivo no Sol, a mente farta, a vaidade infrene, eu passo a vida, que nunca esperei, porque assim me disseste, nunca bem me avisaste, que aos noventa chegando, esperando chegar aos cem, tudo o que deixas para trás, bem pouca importância tem, porque o que irás encontrar, será tão surpreendente como quando pela primeira vez abriste os olhos.
Perturbações
Retomemos, sincopado, malgasto, omisso, onifulgente retardado, inconstante, perturbado, vaidade, singeleza, fantasmagórico, oligarca, sensório, infernal, concupiscente, relacionado, embalado, vaidade, transição, alegoria, passo adiante, fico-me lá, rebento a costura, reabro o tríptico, assumo o erro, agarro a percepção, evito o destino, nem penso nela, entretenho a manha, raso o sentimento, boa vai ela, assim como assim, entro no vicio, saio da sala, estou bem assente, vivo no Sol, a mente farta, a vaidade infrene, eu passo a vida, que nunca esperei, porque assim me disseste, nunca bem me avisaste, que aos noventa chegando, esperando chegar aos cem, tudo o que deixas para trás, bem pouca importância tem, porque o que irás encontrar, será tão surpreendente como quando pela primeira vez abriste os olhos.
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017
*
Hábitos
A mulher e o homem habituaram-se desde pequeninos a distinguir a mulher do homem. Se pensarmos um pouco, além das diferenças físicas, existem diferenças bem marcadas entre os espíritos femininos e os masculinos. Talvez pela educação, talvez pela tradição, talvez pela hereditariedade. Ou por outras razões que desconhecemos.
Observando como reagem ao vento, as folhas da palmeirinha em frente da minha janela, constato que cada folha reage de forma diferente, num bailado digno dum Bolshoi ou dum São Carlos. Também os seres humanos reagem de forma diferente perante as condições que a vida lhes vai proporcionando. Mas, nem sempre bailando.
Quando a vida nos coloca em situações amenas, favoráveis, sem sobressaltos, sem acidentes perigosos, sem surpresas desagradáveis, o presente decorre com calma, com placidez e comodidade, sem preocupações e desprazeres. Tal como, se o vento é aragem suave, a palmeirinha move as folhas com suavidade desprovida de movimentos bruscos, cada uma exibindo com leveza, uma reação diferente.
Porém, quer numa situação quer noutra, também os seres humanos de sexo diferente, reagem de forma diversa. Talvez pela educação, talvez pela tradição, talvez pela hereditariedade.
Ou talvez porque são diferentes. E por isso, quando se casam, ou se entendem ou se separam.
Hábitos
A mulher e o homem habituaram-se desde pequeninos a distinguir a mulher do homem. Se pensarmos um pouco, além das diferenças físicas, existem diferenças bem marcadas entre os espíritos femininos e os masculinos. Talvez pela educação, talvez pela tradição, talvez pela hereditariedade. Ou por outras razões que desconhecemos.
Observando como reagem ao vento, as folhas da palmeirinha em frente da minha janela, constato que cada folha reage de forma diferente, num bailado digno dum Bolshoi ou dum São Carlos. Também os seres humanos reagem de forma diferente perante as condições que a vida lhes vai proporcionando. Mas, nem sempre bailando.
Quando a vida nos coloca em situações amenas, favoráveis, sem sobressaltos, sem acidentes perigosos, sem surpresas desagradáveis, o presente decorre com calma, com placidez e comodidade, sem preocupações e desprazeres. Tal como, se o vento é aragem suave, a palmeirinha move as folhas com suavidade desprovida de movimentos bruscos, cada uma exibindo com leveza, uma reação diferente.
Porém, quer numa situação quer noutra, também os seres humanos de sexo diferente, reagem de forma diversa. Talvez pela educação, talvez pela tradição, talvez pela hereditariedade.
Ou talvez porque são diferentes. E por isso, quando se casam, ou se entendem ou se separam.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2017
Por detrás
Por detrás da cortina diviso os telhados vizinhos assimétricos, detrás daquela araucauria, detrás dessas nuvens em novelos pardacentos e do céu de azul Ticiano, que pouco encobrem, o que poderei encontrar?.
Mas o que mais gostaria de enxergar, no que fica por detrás desse céu e que não distingo, tenho os sentidos limitados ao que a hereditariedade me concedeu. Estarão lá os meus sonhos perdidos, os meus antepassados, os meus desejos insatisfeitos, os sons das alegrias da juventude?
Ou será que ali se encontram todos os seres que aguardam, pacientes, a sua entrada na Terra?'
Por detrás da cortina diviso os telhados vizinhos assimétricos, detrás daquela araucauria, detrás dessas nuvens em novelos pardacentos e do céu de azul Ticiano, que pouco encobrem, o que poderei encontrar?.
Mas o que mais gostaria de enxergar, no que fica por detrás desse céu e que não distingo, tenho os sentidos limitados ao que a hereditariedade me concedeu. Estarão lá os meus sonhos perdidos, os meus antepassados, os meus desejos insatisfeitos, os sons das alegrias da juventude?
Ou será que ali se encontram todos os seres que aguardam, pacientes, a sua entrada na Terra?'
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
Um pouco sobre viagens
Mas quando é que uma viagem não é agradável, não nos proporciona prazeres inesperados, sensações quase esquecidas, encontros promissores? Seja de avião, de barco, de carro ou a pé.
Quando temos a mente aberta, sensível e recetiva ao que nos rodeia e não ofuscada pela inercia dos sentidos, qualquer caminho que percorremos nos traz sempre, sempre, acreditem, algo de novo.
Quando saio de casa, nos primeiros cem metros que percorro a pé - todos os dias quase os mesmos - , se emprego com intensidade, aplicação e interesse todos os meus sentidos, descubro sempre qualquer coisa, um som, um canto de pássaro, um adejar pressuroso duma gaivota, uma nuvem de forma estranha no céu, que nos espanta pela semelhança com uma realidade esquecida. E se regresso, percorrendo os mesmos cem metros, encontro sempre em qualquer coisa de novo - um amigo que não via há dezenas de anos, o cachorro novo da vizinha que eu não conhecia, o carro de propaganda do circo apregoando leões e palhaços a partir das dez da noite.
Experimentem. E verão que em cem metros encontramos todos os dias, coisas novas.
Mas quando é que uma viagem não é agradável, não nos proporciona prazeres inesperados, sensações quase esquecidas, encontros promissores? Seja de avião, de barco, de carro ou a pé.
Quando temos a mente aberta, sensível e recetiva ao que nos rodeia e não ofuscada pela inercia dos sentidos, qualquer caminho que percorremos nos traz sempre, sempre, acreditem, algo de novo.
Quando saio de casa, nos primeiros cem metros que percorro a pé - todos os dias quase os mesmos - , se emprego com intensidade, aplicação e interesse todos os meus sentidos, descubro sempre qualquer coisa, um som, um canto de pássaro, um adejar pressuroso duma gaivota, uma nuvem de forma estranha no céu, que nos espanta pela semelhança com uma realidade esquecida. E se regresso, percorrendo os mesmos cem metros, encontro sempre em qualquer coisa de novo - um amigo que não via há dezenas de anos, o cachorro novo da vizinha que eu não conhecia, o carro de propaganda do circo apregoando leões e palhaços a partir das dez da noite.
Experimentem. E verão que em cem metros encontramos todos os dias, coisas novas.
domingo, 12 de fevereiro de 2017
*
Revisão
A minha arca está ferrugenta. Necessita de reparações, pintura, alindamento demorado, afinação criteriosa. Terei de folhear o manual da caixa mentica que lhe comanda toda a espiritécnica (a electrotécnica está aqui, na arca, muito ultrapassada, (aquelas caixas mágicas do século XX são peças de museu, nem nos brinquedos as uso ) e todos os seus movimentos de transporte para todas as alturas da minha imaginação, Tenho de redobrar os cuidados com a velocidade de cruzeiro que na última vigem foi exagerada ao pretender chegar um pouco antes de pensarmos na viagem e não um pouco depois. A reparação, a revisão necessária não será complicada, não necessito de mudar de óleos, de partilhas novas nos travões, a pintura está bem, bastou limpar algum pó e algumas manchas provocadas pelo suor oriundo da pressa e ansia de chegada.
Porque, na arca, os óleos que eu uso são os desejos, os travões são os sonhos, a pintura é a saudade que não se apaga.
Revisão
A minha arca está ferrugenta. Necessita de reparações, pintura, alindamento demorado, afinação criteriosa. Terei de folhear o manual da caixa mentica que lhe comanda toda a espiritécnica (a electrotécnica está aqui, na arca, muito ultrapassada, (aquelas caixas mágicas do século XX são peças de museu, nem nos brinquedos as uso ) e todos os seus movimentos de transporte para todas as alturas da minha imaginação, Tenho de redobrar os cuidados com a velocidade de cruzeiro que na última vigem foi exagerada ao pretender chegar um pouco antes de pensarmos na viagem e não um pouco depois. A reparação, a revisão necessária não será complicada, não necessito de mudar de óleos, de partilhas novas nos travões, a pintura está bem, bastou limpar algum pó e algumas manchas provocadas pelo suor oriundo da pressa e ansia de chegada.
Porque, na arca, os óleos que eu uso são os desejos, os travões são os sonhos, a pintura é a saudade que não se apaga.
sábado, 11 de fevereiro de 2017
*
Como não errar.
Estou lendo um livro com este título. Leitura interessante.
O autor relata inúmeras anedotas ligadas à matemática e à geometria, discutindo conceitos, analisando estatísticas, especulando sobre diversos teoremas. Pelo que o título do livro me parece bem aplicado.
Mas, discorrendo e relatando factos, circunstâncias e condições da vida de todos nós, penso que não seja aceitável que seja possível engendrar norma de vida que nos conduza ao não errar. Neste momento não erro, porque imobilizei nesse momento todas as minhas faculdades Porem a vida não é inacção, inercia ou ócio permanente .
Errando, aprendemos muito desde o momento em que nascemos. E muitas descobertas proveitosas para a humanidade se devem a erros fortuitos.
Como não errar.
Estou lendo um livro com este título. Leitura interessante.
O autor relata inúmeras anedotas ligadas à matemática e à geometria, discutindo conceitos, analisando estatísticas, especulando sobre diversos teoremas. Pelo que o título do livro me parece bem aplicado.
Mas, discorrendo e relatando factos, circunstâncias e condições da vida de todos nós, penso que não seja aceitável que seja possível engendrar norma de vida que nos conduza ao não errar. Neste momento não erro, porque imobilizei nesse momento todas as minhas faculdades Porem a vida não é inacção, inercia ou ócio permanente .
Errando, aprendemos muito desde o momento em que nascemos. E muitas descobertas proveitosas para a humanidade se devem a erros fortuitos.
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017
Agradeço que me respondam
Segundo a teoria do Big Bang, ", o Universo nasceu a partir da expansão de um ponto muito quente e denso há quase catorze mil milhões de anos" reza um artigo do Observador, publicado hoje, 9 de Fevereiro de 2017. Curiosa esta teoria, pródiga em imprecisões - "um ponto"- que aprendemos na geometria, não ter dimensão. " Há quase catorze mil milhões de anos". Quase, mais mil ou menos mil milhões de anos...
.Mas a maior imprecisão parece-nos ser a pergunta: onde estava esse ponto ? Noutro Universo?
Segundo a teoria do Big Bang, ", o Universo nasceu a partir da expansão de um ponto muito quente e denso há quase catorze mil milhões de anos" reza um artigo do Observador, publicado hoje, 9 de Fevereiro de 2017. Curiosa esta teoria, pródiga em imprecisões - "um ponto"- que aprendemos na geometria, não ter dimensão. " Há quase catorze mil milhões de anos". Quase, mais mil ou menos mil milhões de anos...
.Mas a maior imprecisão parece-nos ser a pergunta: onde estava esse ponto ? Noutro Universo?
Si vis pacem para bellum
*
"Si vis pacem para bellum" - de Publius Flavius Renatus
A visão normal deste aforismo é muito conhecida. È a visão bélica, a prudência, a previsão dos cuidados pela paz - se queres a paz, prepara-te e previne-te para a guerra .
Todavia há outras visões sobre esse proverbio.
Há a visão psicológica: quero revestir-me dum manto protector de cultura e de ciência, e noutros domínios, para que não me rebaixem, me amesquinhem revelando a minha ignorância,
Há a visão espiritual: como apreciando o bem, poderei inclinar-me a pensar apenas no mal?
E ainda podemos pensar numa visão física, salutar: se pretendemos saúde só nos preocuparmos com as doença e com as dores que não sofremos. E portanto incidir o tema dos nossos pensamentos, das nossas conversas sobre as doenças que poderemos sofrer, sobre as dores que, se calhar, poderão atingir-nos mais dia menos dia.
"Si vis pacem para bellum" - de Publius Flavius Renatus
A visão normal deste aforismo é muito conhecida. È a visão bélica, a prudência, a previsão dos cuidados pela paz - se queres a paz, prepara-te e previne-te para a guerra .
Todavia há outras visões sobre esse proverbio.
Há a visão psicológica: quero revestir-me dum manto protector de cultura e de ciência, e noutros domínios, para que não me rebaixem, me amesquinhem revelando a minha ignorância,
Há a visão espiritual: como apreciando o bem, poderei inclinar-me a pensar apenas no mal?
E ainda podemos pensar numa visão física, salutar: se pretendemos saúde só nos preocuparmos com as doença e com as dores que não sofremos. E portanto incidir o tema dos nossos pensamentos, das nossas conversas sobre as doenças que poderemos sofrer, sobre as dores que, se calhar, poderão atingir-nos mais dia menos dia.
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017
*
Sossego, sem pensar em ameijoas, coquilhas ou mexilhões
Estou em sossego, procurando ordenar, organizar o meu dia. Aquele indivíduo que ontem me procurou, o Amândio Cristina, propôs-me um negócio de bivalves a do Chile, em particular uma espécie que não existe aqui no Algarve, e da qual apenas cá se encontram, nas praias, as conchas, com diâmetros até oito ou mais centímetros. Das ameijoas existem nesse pais diversas variedades e as coquilhas de lá têm uma dimensão do dobro das de cá.
Portanto eis-me contrariado, ao ser tentado por um negócio. Talvez porque não me embrenhei nalgum quando era jovem, talvez porque um amigo meu dizia com frequência que nunca se metera num negócio porque, nessa actividade, havia sempre um que era enganado. Ou talvez ainda porque aa dificuldades da vida nunca haviam sido suficientes para que me embrenhasse nalgum como último recurso de sobrevivência - arranjar um burro para vender pirolitos de porta a porta, ou impingir peúgas com defeitos de fabrico.
Não, não me vou meter na importação de bivalves. Prefiro, em sossego, escrever.
Sossego, sem pensar em ameijoas, coquilhas ou mexilhões
Estou em sossego, procurando ordenar, organizar o meu dia. Aquele indivíduo que ontem me procurou, o Amândio Cristina, propôs-me um negócio de bivalves a do Chile, em particular uma espécie que não existe aqui no Algarve, e da qual apenas cá se encontram, nas praias, as conchas, com diâmetros até oito ou mais centímetros. Das ameijoas existem nesse pais diversas variedades e as coquilhas de lá têm uma dimensão do dobro das de cá.
Portanto eis-me contrariado, ao ser tentado por um negócio. Talvez porque não me embrenhei nalgum quando era jovem, talvez porque um amigo meu dizia com frequência que nunca se metera num negócio porque, nessa actividade, havia sempre um que era enganado. Ou talvez ainda porque aa dificuldades da vida nunca haviam sido suficientes para que me embrenhasse nalgum como último recurso de sobrevivência - arranjar um burro para vender pirolitos de porta a porta, ou impingir peúgas com defeitos de fabrico.
Não, não me vou meter na importação de bivalves. Prefiro, em sossego, escrever.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2017
*
Ficam
Bem para traz, lá bem para traz do tempo ficam-nos desejos, ilusões, desenganos, desfeitas e desditas. Não me deixo cair na tentação de querer voltar para o passado em busca de repetições do agradável e do efémero desses feriados da vida que são as alegrias, menos ainda dessa contumácia viciosa em que nos momentos triste, me sinto envolvido.
E como ficam nessa caixa multicolor, inconstante, variável que é o tempo, envolvo-a muito bem envolvidinha com papel muilticolor, ato-a com firmeza usando cordeis dos antigos, de sizal, e coloco-a na prateleira do passado, onde sei que não se perde nem se esquece.
Ficam
Bem para traz, lá bem para traz do tempo ficam-nos desejos, ilusões, desenganos, desfeitas e desditas. Não me deixo cair na tentação de querer voltar para o passado em busca de repetições do agradável e do efémero desses feriados da vida que são as alegrias, menos ainda dessa contumácia viciosa em que nos momentos triste, me sinto envolvido.
E como ficam nessa caixa multicolor, inconstante, variável que é o tempo, envolvo-a muito bem envolvidinha com papel muilticolor, ato-a com firmeza usando cordeis dos antigos, de sizal, e coloco-a na prateleira do passado, onde sei que não se perde nem se esquece.
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017
Para onde vão as
emanações luminosas daquela minha vela, onde se situam os buracos
do sentimento, onde reencontro as portas da alegria, onde compro os
passos do meu passado?
O sentimento de si é diferente do sentimento de ser?
As vibrações íntimas são diferentes das duma dor, das duma dádiva, das duma pedra quando sente a minha mão?
O nosso corpo é um intrincado conjunto de ossos, carne, nervos, é uma estrutura gerada por sexo mas alterada pelo amor, conspurcada pela indiferença e, pior, sempre igual?
E porque raio me surgem essas e tantas outras interrogações, será que também surgem as mesmas num crocodilo ou numa alforreca?
O sentimento de si é diferente do sentimento de ser?
As vibrações íntimas são diferentes das duma dor, das duma dádiva, das duma pedra quando sente a minha mão?
O nosso corpo é um intrincado conjunto de ossos, carne, nervos, é uma estrutura gerada por sexo mas alterada pelo amor, conspurcada pela indiferença e, pior, sempre igual?
E porque raio me surgem essas e tantas outras interrogações, será que também surgem as mesmas num crocodilo ou numa alforreca?
domingo, 5 de fevereiro de 2017
Saber o que temos
Raros os homens, menos raras as mulheres que se conhecem bem. É difícil, .
No que diz respeito ao físico, poucos. Porque poucos estudam a anatomia do corpo humano com a profundidade dum curso de medicina, menos ainda os que durante toda a vida se dedicaram a melhorar e aumentar esses conhecimentos, através da leitura do que dia a dia se publica sobre a investigação e as descobertas e dos avanços da ciência médica.
E no respeitante ao espírito, ainda mais raros são os que possuem conhecimentos suficientes que lhes permitam avaliar o que a própria mente possui, o que a sua psique influi no seu procedimento, nas suas reacções, na avaliação psicológica dos outros seus semelhantes.
Assunto para maior desenvolvimento.
Raros os homens, menos raras as mulheres que se conhecem bem. É difícil, .
No que diz respeito ao físico, poucos. Porque poucos estudam a anatomia do corpo humano com a profundidade dum curso de medicina, menos ainda os que durante toda a vida se dedicaram a melhorar e aumentar esses conhecimentos, através da leitura do que dia a dia se publica sobre a investigação e as descobertas e dos avanços da ciência médica.
E no respeitante ao espírito, ainda mais raros são os que possuem conhecimentos suficientes que lhes permitam avaliar o que a própria mente possui, o que a sua psique influi no seu procedimento, nas suas reacções, na avaliação psicológica dos outros seus semelhantes.
Assunto para maior desenvolvimento.
sábado, 4 de fevereiro de 2017
*
Vou ver se me entendo
Vou ver se me entendo. Procurarei saber um pouco mais de latim, alguma coisa de indu e de grego, não e por saber papaguear uma ou dias declinações, o rosa rosae, um ou dois aforismos dos mais conspícuos, que poderei afirmar que sou um homem culto, sagaz, com sabedoria suficiente para alardear conselhos, recomendar leis, afirmar presunções inabaláveis. A vida também nos traz proveitos, consolações, prazeres quando expomos uma teoria, quando argumentamos baseados na firmeza da opinião, no prestígio dos autores citados, na bondade da ideia que pretendemos se r aceite. Afirmar que sabemos porque somos doutores é o mesmo que dizer que o que comemos é bom porque temos paladar, que uma pintura é bela porque as tintas são de boa qualidade.
Mas, feitas as contas, ainda não me entendi. Isto de um se entender tem muito que se lhe diga. Para entender a anatomia própria, terei de voltar à juventude, o que o nosso sistema vital ainda não permite, Para entender o meu espírito, terei de fazer uma revisão dos filósofos que estudei, ou antes de cujos escritos passei pela rama, sem estudo aturado e persistente, Para entender a minha vida terei de abandonar a fantasia, a vaidade e o orgulho.
O mais simples é pedir ao leitor que diga o que entende de mim.
Vou ver se me entendo
Vou ver se me entendo. Procurarei saber um pouco mais de latim, alguma coisa de indu e de grego, não e por saber papaguear uma ou dias declinações, o rosa rosae, um ou dois aforismos dos mais conspícuos, que poderei afirmar que sou um homem culto, sagaz, com sabedoria suficiente para alardear conselhos, recomendar leis, afirmar presunções inabaláveis. A vida também nos traz proveitos, consolações, prazeres quando expomos uma teoria, quando argumentamos baseados na firmeza da opinião, no prestígio dos autores citados, na bondade da ideia que pretendemos se r aceite. Afirmar que sabemos porque somos doutores é o mesmo que dizer que o que comemos é bom porque temos paladar, que uma pintura é bela porque as tintas são de boa qualidade.
Mas, feitas as contas, ainda não me entendi. Isto de um se entender tem muito que se lhe diga. Para entender a anatomia própria, terei de voltar à juventude, o que o nosso sistema vital ainda não permite, Para entender o meu espírito, terei de fazer uma revisão dos filósofos que estudei, ou antes de cujos escritos passei pela rama, sem estudo aturado e persistente, Para entender a minha vida terei de abandonar a fantasia, a vaidade e o orgulho.
O mais simples é pedir ao leitor que diga o que entende de mim.
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017
Desgraçadamente, há
tanta coisa que ainda não sei !
E esqueci tanto do
que aprendi !
A razão dos meus
pecados, da minha sombra, dos teus sorrisos !
De onde saíram os
meus desejos, fantasias, paranoias ?
Quanta vida desperdicei,
Ficam-me talvez
mais dez a vinte anos.
O que é uma bonita
idade para começar a ser sensato,
Recuperar as ilusões e ignorar o
passado malfadado.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017
Seriamos, seremos ?
Há pouco
tempo, em Lagos, um advogado, que me resolveu um caso
bicudo, indicou-nos um edifício em reparações ao lado do seu
escritório, referindo que ali será o museu da
escravatura. E comentei que a escravatura, existente em parte
da pré-história, ainda hoje subsiste. E
acrescentei que o dinheiro, hoje um dos maiores males da
humanidade, também um dia terá o seu museu evocativo.
Todos nós na Terra, com as raras excepções de alguns santos, de alguns ascetas, de alguns desprendidos de todas as ilusões, todos nós, a partir de certa idade começamos a depender do dinheiro, começamos a nos subjugar ao dinheiro, a usar parte do nosso tempo de vida a pensar no dinheiro. Lembras-te da primeira vez que usaste o dinheiro ? Terias cinco, seis ou sete anos, querias aquela guloseima, aquele balão, aquela boneca que te olhava na montra por onde passavas a caminho da escola. Mas em casa tinhas tudo o que precisavas para viver, não davas por isso, as coisas aconteciam assim, sem te aperceberes, pensavas que teria de ser sempre assim, nem te passava pela cabeça que fosse doutra forma. O teu mundo limitava-se aos teus desejos, o teu gosto pela vida enquadrava-se no que tinhas á tua disposição nos poucos metros em redor. A curiosidade orientava, definia as tuas ambições e, até uma certa idade, era sempre satisfeita. E quando não o era, sempre e sem dor, olhavas para outro lado, se ainda não aprenderas a chantagem dos gritos ou do choro.
Agora, dentro da vida que Quem me criou, me permite ainda viver, agora tenho saudades dessa inocência dos meus cinco, seis ou sete anos, que me permitia não pensar em coisas esquisitas e por mim então ignoradas, como a escravatura e a escravatura do dinheiro.
Foi a inteligência, a esperteza, a argúcia do homem( e da mulher, (com reticências), que criaram os mercados de trocas, as tabuinhas, o dinheiro, os bancos. Criações baseadas no interesse, na inveja, na ambição de poder, menos em necessidades vitais. Nenhuma outra espécie animal ou vegetal nasce, orienta e faz depender a sua vida desse sistema. Todas as outras espécies aproveitam para viver e vivem dentro e do ambiente natural onde nasceram e abanam o rabo de prazer usufruindo apenas o que a natureza ou os humanos lhes concede. Tal como nós até aos cinco, seis ou sete anos, a nossa família fazia parte da natureza em que nascêramos e era tão natural o que nos davam, como para um elefante é natural a folhagem das árvores à sua volta, de que se alimenta. E, todos os outros animais chamados de irracionais, só se defendem ou atacam o que os perturba ou para se alimentarem. Não ofende nem altera sem razão, a natureza à sua volta. E, em vez de abanar o rabo, a nossa espécie aprendeu a sorrir sempre quem para ela sorri - ou quem para ela abana o rabo.
Tudo isto pouco e mal comentando , terminamos com algumas interrogações:
- Seríamos menos felizes se apenas tivéssemos a Natureza e os seus recursos para vivermos?
- Seremos mais felizes se acabarem as escravaturas, entre elas a do dinheiro?
Todos nós na Terra, com as raras excepções de alguns santos, de alguns ascetas, de alguns desprendidos de todas as ilusões, todos nós, a partir de certa idade começamos a depender do dinheiro, começamos a nos subjugar ao dinheiro, a usar parte do nosso tempo de vida a pensar no dinheiro. Lembras-te da primeira vez que usaste o dinheiro ? Terias cinco, seis ou sete anos, querias aquela guloseima, aquele balão, aquela boneca que te olhava na montra por onde passavas a caminho da escola. Mas em casa tinhas tudo o que precisavas para viver, não davas por isso, as coisas aconteciam assim, sem te aperceberes, pensavas que teria de ser sempre assim, nem te passava pela cabeça que fosse doutra forma. O teu mundo limitava-se aos teus desejos, o teu gosto pela vida enquadrava-se no que tinhas á tua disposição nos poucos metros em redor. A curiosidade orientava, definia as tuas ambições e, até uma certa idade, era sempre satisfeita. E quando não o era, sempre e sem dor, olhavas para outro lado, se ainda não aprenderas a chantagem dos gritos ou do choro.
Agora, dentro da vida que Quem me criou, me permite ainda viver, agora tenho saudades dessa inocência dos meus cinco, seis ou sete anos, que me permitia não pensar em coisas esquisitas e por mim então ignoradas, como a escravatura e a escravatura do dinheiro.
Foi a inteligência, a esperteza, a argúcia do homem( e da mulher, (com reticências), que criaram os mercados de trocas, as tabuinhas, o dinheiro, os bancos. Criações baseadas no interesse, na inveja, na ambição de poder, menos em necessidades vitais. Nenhuma outra espécie animal ou vegetal nasce, orienta e faz depender a sua vida desse sistema. Todas as outras espécies aproveitam para viver e vivem dentro e do ambiente natural onde nasceram e abanam o rabo de prazer usufruindo apenas o que a natureza ou os humanos lhes concede. Tal como nós até aos cinco, seis ou sete anos, a nossa família fazia parte da natureza em que nascêramos e era tão natural o que nos davam, como para um elefante é natural a folhagem das árvores à sua volta, de que se alimenta. E, todos os outros animais chamados de irracionais, só se defendem ou atacam o que os perturba ou para se alimentarem. Não ofende nem altera sem razão, a natureza à sua volta. E, em vez de abanar o rabo, a nossa espécie aprendeu a sorrir sempre quem para ela sorri - ou quem para ela abana o rabo.
Tudo isto pouco e mal comentando , terminamos com algumas interrogações:
- Seríamos menos felizes se apenas tivéssemos a Natureza e os seus recursos para vivermos?
- Seremos mais felizes se acabarem as escravaturas, entre elas a do dinheiro?
Vão rir-se da minha
insistência sobre o dinheiro. Que representa e significa apenas um
desejo para o futuro. Ainda pouco sentida por muitos, que entretanto
gostariam d Nestes últimos
dias, tenho andado bastante à deriva, no que diz respeito a pensar
e a passar para o computador alguma mensagem o que sinto:
o que me passa pelo espírito, o que especulo sobre a vida, o que a
vida especula sobre mim, o que remexe comigo, o que me perturba
minuto a minuto. Remorsos alguns, tristezas vagas, preocupações
inúteis. "Sem proveito toda a fonte de preocupações"
diz uma sentença antiga, dum filósofo cujo nome esqueci
agora.
O que se esquece agora é por vezes mais importante que o que não se esqueceu, tem mais relevo na alma que a "fonte de preocupações", atira à consciência maior peso, altera o nosso rumo noutro sentido?
Essa biblioteca, a nossa memória, ora aumenta, ora diminui. Ora se engrandece por algum saber adquirido com a experiencia , ora se enriquece com a curiosidade que possuímos, ora se especializa pelo acaso que nos concede uma paisagem desconhecida, ora se empobrece pela indiferença e pelo desprezo mais ou menos voluntário por algum conhecimento adquirido. A reunião dos meus neurónios nos conjuntos de ideias, novas ou antigas, segue ora correcta ora desorganizada.
Na realidade, bem me parece que terei de lançar a fateixa ao mar, para me situar no ponto desejado.
e ver erradicadas, de vez e por completo, as escravaturas. Todas elas.
O que se esquece agora é por vezes mais importante que o que não se esqueceu, tem mais relevo na alma que a "fonte de preocupações", atira à consciência maior peso, altera o nosso rumo noutro sentido?
Essa biblioteca, a nossa memória, ora aumenta, ora diminui. Ora se engrandece por algum saber adquirido com a experiencia , ora se enriquece com a curiosidade que possuímos, ora se especializa pelo acaso que nos concede uma paisagem desconhecida, ora se empobrece pela indiferença e pelo desprezo mais ou menos voluntário por algum conhecimento adquirido. A reunião dos meus neurónios nos conjuntos de ideias, novas ou antigas, segue ora correcta ora desorganizada.
Na realidade, bem me parece que terei de lançar a fateixa ao mar, para me situar no ponto desejado.
e ver erradicadas, de vez e por completo, as escravaturas. Todas elas.
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017
Nestes últimos dias, tenho andado bastante à deriva, no que diz
respeito a pensar e a passar para o computador alguma
mensagem o que sinto: o que me passa pelo espírito, o que especulo
sobre a vida, o que a vida especula sobre mim, o que remexe comigo, o
que me perturba minuto a minuto. Remorsos alguns, tristezas vagas,
preocupações inúteis. "Sem proveito toda a fonte de
preocupações" diz uma sentença antiga, dum filósofo cujo
nome esqueci agora.
O que se esquece agora é por vezes mais importante que o que não se esqueceu, tem mais relevo na alma que a "fonte de preocupações", atira à consciência maior peso, altera o nosso rumo noutro sentido?
Essa biblioteca, a nossa memória, ora aumenta, ora diminui. Ora se engrandece por algum saber adquirido com a experiencia , ora se enriquece com a curiosidade que possuímos, ora se especializa pelo acaso que nos concede uma paisagem desconhecida, ora se empobrece pela indiferença e pelo desprezo mais ou menos voluntário por algum conhecimento adquirido. A reunião dos meus neurónios nos conjuntos de ideias, novas ou antigas, segue ora correcta ora desorganizada.
Na realidade, bem me parece que terei de lançar a fateixa ao mar, para me situar no ponto desejado.
O que se esquece agora é por vezes mais importante que o que não se esqueceu, tem mais relevo na alma que a "fonte de preocupações", atira à consciência maior peso, altera o nosso rumo noutro sentido?
Essa biblioteca, a nossa memória, ora aumenta, ora diminui. Ora se engrandece por algum saber adquirido com a experiencia , ora se enriquece com a curiosidade que possuímos, ora se especializa pelo acaso que nos concede uma paisagem desconhecida, ora se empobrece pela indiferença e pelo desprezo mais ou menos voluntário por algum conhecimento adquirido. A reunião dos meus neurónios nos conjuntos de ideias, novas ou antigas, segue ora correcta ora desorganizada.
Na realidade, bem me parece que terei de lançar a fateixa ao mar, para me situar no ponto desejado.
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