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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Um pouco sobre viagens
Mas quando é que uma viagem não é agradável, não nos proporciona  prazeres inesperados, sensações quase esquecidas, encontros promissores?  Seja de avião, de barco, de carro ou a pé.
Quando temos a mente aberta, sensível e recetiva ao que nos rodeia e não ofuscada pela inercia dos sentidos, qualquer caminho que percorremos nos traz sempre, sempre, acreditem, algo de novo.
Quando saio de casa, nos primeiros cem metros que percorro a pé - todos os dias quase os mesmos - , se emprego com intensidade, aplicação e interesse  todos os meus sentidos, descubro sempre qualquer coisa, um som, um canto de pássaro, um adejar pressuroso duma gaivota, uma nuvem de forma estranha no céu, que nos espanta pela semelhança com uma realidade esquecida. E se regresso, percorrendo os mesmos cem metros, encontro sempre em qualquer coisa de novo - um amigo que não via há dezenas de anos, o cachorro novo da vizinha que eu não conhecia, o carro de propaganda do circo apregoando leões e palhaços a partir  das dez da noite.
Experimentem. E verão que em cem metros encontramos todos os dias, coisas novas.    

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