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domingo, 18 de dezembro de 2016
O senhor obrigatório, dantes muito se falava dele. Hoje continua a ser infObrigatórioluente nos nossos costumes, hábitos, vícios Senão, vejamos algumas das obrigações, o que persiste de obrigatório na vida do cidadão comum, excluindo.se portanto os milionários, os pobres e os políticos:
- Andarmos vestidos. Os políticos também, mas com gravata, com excepção daquele pândego da Grécia, que tem a obrigação de não a usar e ainda não nos explicou porquê. Eu, sem ser político, não a uso e sei bem porquê: não gosto de nada à volta do pescoço, talvez que me ficou patente e permanente algum atavismo proveniente sei lá de que antepassado, muito antepassado meu, que foi enforcado em Sevilha, rezam os arquivos da Torre do Tombo.
- Só andar cá pela Terra depois de termos nascido. As excepções são desconhecidas, contrariando a regra. Os políticos por vezes parece que cá nas não nasceram. Os corruptos consideram-se bem nascidos.
- Alimentar-nos, bebendo líquidos. As excepções são para alguns malucos que acreditam nas dietas ou que pretendem ser grevistas da fome - quase sempre com uma ajudazinha alimentar à socapa. Os políticos são a excepção da excepção. Não se importam e sempre se resignam a comer e beber, mas do melhor.
- Escrever depois de pensar. Exceptuam-se os que escrevem transcrevendo a "cassete", moda que parece ter nascido depois os 25 de abril.
- Eliminar a merda. Obrigação também com algumas excepções e por vezes muitíssimo difícil, outras vezes altamente incómoda e inoportuna. Mas ninguém consegue fugir a tal obrigação, sujeitar-se-ia a consequências fatais. Os políticos esquecem-se, com frequência e sem consequências. Portanto entram na excepção à obrigação.. E lembrem-se, ninguém morre, mesmo os mais santos, sem alguma merda dentro. O que deverá contribuir para alguma simplicidade e modéstia de todos. Donde se conclui que por vezes é benéfica.
- Proteger o que foi e continua a ser-nos concedido grátis: a Terra, a atmosfera, os mares e os rios, a Vida. Obrigações esquecidas por muitos que esqueceram o que lhes foi dado. Os políticos esquecem porque não querem ou não conseguem legislar nesse sentido. Só por excepção o fazem.
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