Divirto-me
rindo de mim. A memória dá-me esse prazer, do ridículo de certas
situações em que me meto. E ainda mais, das que criei,
pensando. Por vezes, quando passeio, desato à gargalhada
provocando e aguardando o sorriso condescendente, piedoso,
comiserativo e compreensivo, da sujeita que se cruza comigo.
Entre a crítica das minhas atitudes e a análise das minhas opções,
pretendo sentir a vaidade das certezas, o acerto das decisões,
alguma grandeza nos ideais que sinto. Uma atitude necessita do amparo
da vontade para concretizar-se, uma opção precisa de
alguma sabedoria para firmar-se. E a certeza com vaidade
situa-se ao lado da petulância, do descaro, é insolência.
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