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Sobre o que me vem à cabeça
Oxalá que à minha cabeça não venha mais que o normal: cabelo, pequeno almoço , almoço e jantar, ar puro na medida do possível, água do banho e da chuva, aos ouvidos a conversa de quem me queira bem. E que não me cheguem à cabeça coisas mais importunas, agressões de vária ordem, inclusive a conversa dos políticos na assembleia e muito menos as que eles, os mesmos nos pespegam fora dela.
Desde que eu soube que Rousseau, o Jean Jaques, nos convenceu, (para muitos senvenceu) que o que importa são as ideias, mais o espírito, mais o intelecto que se traduz, que eu aprecio, com constância modelar, as ideias que me vêm à cabeça, essa parte fundamental do corpo humano que tanto gostamos de proteger da chuva, das correntes de ar, dos maus cozinhados e das falações desvairadas, insensatas e relapsas duns tantos chatos a que a misericórdia divina, a delicadeza e a democracia nos obrigam a suportar.
Reza a anatomia que nas pontas ou cabeças dos dedos se reúnem diversos feixes de terminais de nervos daí que essas zonas são de grande sensibilidade ao tacto..Eu julgo que a cabeça que ostentamos, mais ou menos bem tratada, reúne, no interior, a maior concentração de nervos de todo o corpo, no fim da espinal medula. Daí resultam o conhecimento das, sensações, dos juízos, das ideias e das decisões que afluem ao nosso bestunto ou ao nosso genitunto.
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