* Vingança
Dirijo-me devagar para a fronteira que separa a fantasia do cansaço, e da saudade ofuscada e esquecida pelo Sol inclemente, acautelando-me com os penhascos que atiram lâminas rochosas cavadas pelo mar, ao meu encontro. O mar está perto, sempre meu amigo, atira-me com espuma refrescante na calma consciente da força das suas ondas, impelidas pelos ventos suões. Aviva-se-me a memória com a saudade da companheira perdida há um mês, naquele grupo de moços e moças, bêbados, entrando a bailar no mar e que o mar, vingativo, arrastou quando o conspurcavam com as latas de cerveja, garrafas de coca-cola e sacos de plástico.
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