E agora? Mais outro ano ou menos um? Queixar-se, fazer queixas, dizer queixinhas, lamentar-se, prejudicar a mente, encher a memória com inutilidades, rogar contra o que nos sucede sem saber se o que nos sucede foi por bem ou foi por mal, o incómodo raro se agradece e sempre nos acontece por alguma razão, se não existissem os incómodos, pensem, a vida seria uma sensaboria, uma pasmaceira, um dó de vida, um dó sem alma, sem um ré ao lado, sem um mi depois e um fa mais afastado, mas todos silenciosos, as notas do silêncio são infinitas, todos os instrumentos as tocam, não há quem desafine quando toca notas do silêncio, olhem, as que tenho na carteira são dessas, deixei de as usar há muito tempo, mas ao tempo tudo apaga, tudo deslustra, tudo muda. Porém o que não muda é a nota nostálgica da fantasia, a nota semibreve da pobreza, a nota aguda da fome.
E há quem pense nisso tudo sem reparar no que pensa.
Porque eu só reparo no que penso quando me resigno.
Porque me alegro quando cedo à tentação.
De roubar-te um beijo.
comentários, poemas, situações e circunstâncias da vida, escrtos e da autoria do que escreve neste blog
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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
Quando e só quando
Coisas estas que aparecem, fogachos que iluminam a capela das minhas ansiedades, tocando os sinos nos meus claustros, abanando a fogueira dos meus desejos, gravando no livro do tempo tudo o que pressenti antes de saber que existia, esse mistério da vida.
Porque ainda ninguém descobriu a verdadeira tábua da sabedoria, porque ainda ninguém sopesou os supremos desígnios de Deus. Quando soubermos ler o romance do tempo antes. Quando abrirmos as portas do presente, quando não nos limitemos a passar por ele, sentiremos talvez quando Deus passa por nós.
Como tantos decerto já sentiram, mesmo antes de partirem.
Porque ainda ninguém descobriu a verdadeira tábua da sabedoria, porque ainda ninguém sopesou os supremos desígnios de Deus. Quando soubermos ler o romance do tempo antes. Quando abrirmos as portas do presente, quando não nos limitemos a passar por ele, sentiremos talvez quando Deus passa por nós.
Como tantos decerto já sentiram, mesmo antes de partirem.
Necessidades
Em que necessito de "chatear" com alguém , não sei como nem quero aprender nada disso, só quero melhor aprender o que já sei, tenho sempre um receio imenso de não ter receio de nada, será que pode existir vida sem receio´? Será que uma alforreca tem amores, virtudes, receios, ansiedades? Como expressará uma alforreca a saudade, como compreenderá uma alforreca os meus receios?. Um dia destes procurarei uma alforreca que saiba jogar xadrès, jogando xadrès a gente inventa muita coisa para conversar, gosto sempre de conversar com um qualquer ser que me apareça, mesmo que venha carregado de más intenções, mesmo que traga uma dose de boa vontade, Que querem, sou assim, um pouco tristonho, um pouco alegre, para quem me vè por fora, abafado contra o frio, resignado pelo silêncio de quem me vê.
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
Onde me leva a vela
Eu viro-me para o lado onde o travesseiro é mais fofo. O grande problema existe quando não há travesseiro.
A mente não roda quando a cabeça roda.
A imagem da vela entra-me no cérebro e inspira-me a mente.
Nunca me preocupou a minha altura, o tamanho dos meus passos, o peso da aventura. Nunca me preocupou saber o que sei.
Nunca me intrigou a ausência de cor. Mas sempre tive medo da escuridão, talvez porque só a conheci depois de nascer.
Vivo sempre a pensar na vida. Não sou exigente, não sei o que isso é. Conforta-me o que ela me traz. Penso sempre que o que ela me traz e o que me trará, tem sempre uma razão de acontecer.
As vogais da vida, alegres, esfusiantes, ruidosas, são poucas, como as da gramática. Aproveito-as, são dádivas generosas que a nada me obrigam. As consoantes da vida, tristonhas, quase mudas, sem humor, são muitas, como as da gramática. Suporto-as, com curiosidade, mas esqueço-as com facilidade.
A mente não roda quando a cabeça roda.
A imagem da vela entra-me no cérebro e inspira-me a mente.
Nunca me preocupou a minha altura, o tamanho dos meus passos, o peso da aventura. Nunca me preocupou saber o que sei.
Nunca me intrigou a ausência de cor. Mas sempre tive medo da escuridão, talvez porque só a conheci depois de nascer.
Vivo sempre a pensar na vida. Não sou exigente, não sei o que isso é. Conforta-me o que ela me traz. Penso sempre que o que ela me traz e o que me trará, tem sempre uma razão de acontecer.
As vogais da vida, alegres, esfusiantes, ruidosas, são poucas, como as da gramática. Aproveito-as, são dádivas generosas que a nada me obrigam. As consoantes da vida, tristonhas, quase mudas, sem humor, são muitas, como as da gramática. Suporto-as, com curiosidade, mas esqueço-as com facilidade.
domingo, 28 de dezembro de 2014
Eu caio do altar da minha ignorância, procuro no chão e não encontro as sandálias do pescador. Vejo lá em cima o livro da sabedoria e trepo, afastando os espinhos da maldade, aceitando a ajuda de quem me sustem, o amparo de quem me aconselha sem nada me ordenar, a protecção de quem se limita a estar a meu lado.
E acendo a vela.
E acendo a vela.
Valor duma carícia
Nem só os jovens podem evoluir com a idade, a idade não reconhece os jovens. Porque todos podemos partir a loiça da virtude e juntar os cacos da ignorância. Mas ficam sempre lá os sinais da operação, embora a tinta da vergonha os possa ocultar. Mas vem sempre o tempo em que alguém se entretém a raspar até que encontra. Mas, por vezes fica sem paciência e parte tudo, irritado, acabando-se a pintura, anulando-se a antiguidade, voltando à terra donde saiu para aquela linda porcelana.
Um objecto, um "bibelot", uma peça com mil anos vale menos que um gesto de amizade. Um original com mil anos não o troco por uma carícia de quem me ama.
Um objecto, um "bibelot", uma peça com mil anos vale menos que um gesto de amizade. Um original com mil anos não o troco por uma carícia de quem me ama.
sábado, 27 de dezembro de 2014
Vou deixar de andar no metro
Não gosto dos transportes colectivos. Vou deixar da andar no metro, vou passar a andar no quilómetro.
Sobre "O capital no seculo XXI" de Thomas Piketty
No passado Natal foi-me oferecido o livro "O capital no século XXI", da autoria de Tomas Piketty.
A celeuma que parece ter sido levantada pelo livro entre os cientistas económicos, deve-se, segundo o que lemos, às conclusões a que aquele autor chega no livro, através da análise honesta dos dados estatísticos colhidos sobre a evolução da economia nos últimos três séculos em vinte países. Demonstrou que no século XIX não se verificaram as previsões apocalípticas previstas por Marx no seu "Capital": concentração da riqueza numa pequena percentagem da população, tendência constante para o aumento da pobreza. Porém a análise que Piketty faz dos dados estatísticos que colheu, de dados de vinte países, vem demonstrar que a economia, está sujeita a uma espiral viciosa e de efeitos crescentes de desigualdades, apontando que só talvez a política poderá contrariar essa tendência, o que não vem sucedendo no princípio deste século XXI. A política, no entanto (e este é um comentário meu), está demasiado subordinada ao dinheiro, para interferir a favor dos mais pobres e inverter aquela tendência.
Julgo que Piketty, - talvez de forma involuntária, talvez por deformação profissional -, neste seu trabalho não se refere nem comenta o principal motor da economia, o sistema monetário a que estamos sujeitos. Não lembra as suas bondades nem os seus malefícios.
Thomas Piketty, no entanto, no livro aflora o problema da meritocracia. Mas não o comenta nem o aprofunda. Se o fizesse, chegaria ao dinheiro. E sendo honesto, como é, teria de iniciar a discussão.
A celeuma que parece ter sido levantada pelo livro entre os cientistas económicos, deve-se, segundo o que lemos, às conclusões a que aquele autor chega no livro, através da análise honesta dos dados estatísticos colhidos sobre a evolução da economia nos últimos três séculos em vinte países. Demonstrou que no século XIX não se verificaram as previsões apocalípticas previstas por Marx no seu "Capital": concentração da riqueza numa pequena percentagem da população, tendência constante para o aumento da pobreza. Porém a análise que Piketty faz dos dados estatísticos que colheu, de dados de vinte países, vem demonstrar que a economia, está sujeita a uma espiral viciosa e de efeitos crescentes de desigualdades, apontando que só talvez a política poderá contrariar essa tendência, o que não vem sucedendo no princípio deste século XXI. A política, no entanto (e este é um comentário meu), está demasiado subordinada ao dinheiro, para interferir a favor dos mais pobres e inverter aquela tendência.
Julgo que Piketty, - talvez de forma involuntária, talvez por deformação profissional -, neste seu trabalho não se refere nem comenta o principal motor da economia, o sistema monetário a que estamos sujeitos. Não lembra as suas bondades nem os seus malefícios.
Thomas Piketty, no entanto, no livro aflora o problema da meritocracia. Mas não o comenta nem o aprofunda. Se o fizesse, chegaria ao dinheiro. E sendo honesto, como é, teria de iniciar a discussão.
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
Sociedade civil - 2 -
Façam o seguinte para vos distrair um pouco nas vossas andanças pelo exterior: abordem a primeira pessoa que vos pareça simpática e depois dos bons dias, pergunte-lhe como vai a sua vidinha. As respostas são variadas mas na essência resume-se na maioria dos casos, neste género;
- A minha vida, ora, vamos andando, mais ou menos bem, mais ou menos...
Interroguei muitas pessoas talvez umas quarenta ou cinquenta, Houve variantes interessantes, mas quase por norma não saindo da apatia, do desinteresse, do alheamento de que
falei ontem . Sempre tentava aprofundar o pensamento da pessoa que interrogava, falando-lhe da crise - a crise, sei lá o que sei é que cada vez tenho menos dinheiro e não me resolvem o assunto - mas, insisto eu, mas a senhora como acha que ficaria melhor o que deveria acontecer - eu não queria falar em governo, nem em partidos políticos , nem nos escândalos relatados nos jornais, nas revistas , nas televisões - ora, sabe o que eu acho - responde-me ela ou ele - o que eu acho é que assim não vamos a lado nenhum, a vida está cada vez pior..
Mais adiante, se a pessoa não se despede com um "eu quero lá saber dessas coisas", mais adiante eu faço outra pergunta, sondando um pouco mais, tentando que a pessoa com quem falo, pense um pouco "nessas coisas". Mas o senhor não acha que tudo poderia melhorar, ser diferente, termos um pais melhor ? Ora, pois melhor era dantes, ao meu marido não lhe faltava trabalho, agora o filho não tem emprego e o pai reformou-se e mal dá para comermos os quatro lá em casa.
Algumas vezes tenho perguntado se não poderíamos viver sem dinheiro. A resposta é sempre a mesma, com raras excepções: olhe, isso se calhar era bom, desde que tivéssemos outra coisas com que viver. Claro que eu não sigo com o tema. Parece-me que só numa sociedade civil muito avançada a maioria da população poderá conversar sobre esse tema.
No presente, procurar que a maioria sinta a necessidade de sentir-se parte da sociedade civil, com organizações, agrupamentos, grupos que se reúnem com a frequência suficiente para discutir problemas importantes e encontrar soluções viáveis: será difícil mas devemos tentar. continuando e ampliando o que praticam muitas organizações que existem
(É provável que, como vou passar, em Lisboa, com a família, estes próximos dias antes e depois do Natal, talvez só lá para o dia vinte sete continuarei com esta conversa sobre a sociedade civil. Mas pensem no assunto.)
- A minha vida, ora, vamos andando, mais ou menos bem, mais ou menos...
Interroguei muitas pessoas talvez umas quarenta ou cinquenta, Houve variantes interessantes, mas quase por norma não saindo da apatia, do desinteresse, do alheamento de que
falei ontem . Sempre tentava aprofundar o pensamento da pessoa que interrogava, falando-lhe da crise - a crise, sei lá o que sei é que cada vez tenho menos dinheiro e não me resolvem o assunto - mas, insisto eu, mas a senhora como acha que ficaria melhor o que deveria acontecer - eu não queria falar em governo, nem em partidos políticos , nem nos escândalos relatados nos jornais, nas revistas , nas televisões - ora, sabe o que eu acho - responde-me ela ou ele - o que eu acho é que assim não vamos a lado nenhum, a vida está cada vez pior..
Mais adiante, se a pessoa não se despede com um "eu quero lá saber dessas coisas", mais adiante eu faço outra pergunta, sondando um pouco mais, tentando que a pessoa com quem falo, pense um pouco "nessas coisas". Mas o senhor não acha que tudo poderia melhorar, ser diferente, termos um pais melhor ? Ora, pois melhor era dantes, ao meu marido não lhe faltava trabalho, agora o filho não tem emprego e o pai reformou-se e mal dá para comermos os quatro lá em casa.
Algumas vezes tenho perguntado se não poderíamos viver sem dinheiro. A resposta é sempre a mesma, com raras excepções: olhe, isso se calhar era bom, desde que tivéssemos outra coisas com que viver. Claro que eu não sigo com o tema. Parece-me que só numa sociedade civil muito avançada a maioria da população poderá conversar sobre esse tema.
No presente, procurar que a maioria sinta a necessidade de sentir-se parte da sociedade civil, com organizações, agrupamentos, grupos que se reúnem com a frequência suficiente para discutir problemas importantes e encontrar soluções viáveis: será difícil mas devemos tentar. continuando e ampliando o que praticam muitas organizações que existem
(É provável que, como vou passar, em Lisboa, com a família, estes próximos dias antes e depois do Natal, talvez só lá para o dia vinte sete continuarei com esta conversa sobre a sociedade civil. Mas pensem no assunto.)
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
Sociedade civil
Impõe-se no nosso povo uma mudança de mentalidades. Quando qualquer um de nós, quando qualquer cidadão indo às compras, passeando no jardim ou participando em qualquer reunião repara na actitude generalizada de apatia e alheamento, perante tudo o que seja diferente do que se passa à sua volta, do que está no prato com o que escolheu para se alimentar, da conversa que sustem com o amigo ou amigos que o acompanham. Conversas que salvo raríssimas excepções, incidem quase na totalidade em problemas caseiros, problemas do seu dia a dia, efemérides contadas uns aos outros. Estas actitudes reflectem a mentalidade do povo, mentalidade arredada dos problemas do país, mentalidade que na prática, apenas se preocupa com os problemas pessoais, raramente abrangendo os da sua cidade, da sua região, do seu país e que o afectam, por vezes, de forma indirecta, mas bem contundente. E portanto da mesma maneira, reflectem a ausência duma sociedade civil organizada.
Continuarei analisando o que me parecer de útil na sociedade civil.
Continuarei analisando o que me parecer de útil na sociedade civil.
sábado, 20 de dezembro de 2014
A cadeira de palhinha
Na sala de jantar da casa dos meus pais sentávamo-nos em cadeiras de palhinha. Assim chamados, porque onde nos sentávamos e onde nos enconstávamos eram tampos de palhinha de autêntica de palha, bem resistentes ao peso de cerca de noventa quilos do meu Pai. Os entrançados de palhinha vergavam um pouco com o que suportavam, mas nunca fui conhecedor duma que rebentasse.
As cadeiras de palhinha eram construídas pelos egípcios, antes de Cristo e na Europa foram moda lançada pelos austriacos, que as usaram em cadeiras de mesa, em cadeiras de balanço, em otomanas e outros fins. Hoje são raras, e as que se encontram à venda em geral são de palhinha sintéticas embora com o mesmo entrançado quadriculado, deixando buraquinhos que dão frescura no verão.
Um dia em que o meu tio João almoçou na nossa casa, ele, ao sentar-se numa cadeira dessas, disse-me:
- Olha lá, disseste-me, quando eu aqui cheguei que tinhas uma coisa para me dizeres, o que é?
- É uma pergunta que lhe quero fazer, tio João, o tio sabe tudo !
- Então faz lá a pergunta, Albertinho.
E, com a ingenuidade própria dos meus sete anos, expus-lhe a minha dúvida:
- Tio João, o tio sabe para que são os buraquinhos que tem o tampo da cadeira onde se sentou agora?
- Ora Albertinho, vou-te responder mas não dizes este segredo a ninguém, pois não?
- Não, não, tio João não digo a ninguém.
- Então, olha, os buraquinohos são para deixar passar os pumpuns que tio João tem que deitar fora, senão ficavam presos...
Este meu tio avô João ensinava-me cada brejeirice...
As cadeiras de palhinha eram construídas pelos egípcios, antes de Cristo e na Europa foram moda lançada pelos austriacos, que as usaram em cadeiras de mesa, em cadeiras de balanço, em otomanas e outros fins. Hoje são raras, e as que se encontram à venda em geral são de palhinha sintéticas embora com o mesmo entrançado quadriculado, deixando buraquinhos que dão frescura no verão.
Um dia em que o meu tio João almoçou na nossa casa, ele, ao sentar-se numa cadeira dessas, disse-me:
- Olha lá, disseste-me, quando eu aqui cheguei que tinhas uma coisa para me dizeres, o que é?
- É uma pergunta que lhe quero fazer, tio João, o tio sabe tudo !
- Então faz lá a pergunta, Albertinho.
E, com a ingenuidade própria dos meus sete anos, expus-lhe a minha dúvida:
- Tio João, o tio sabe para que são os buraquinhos que tem o tampo da cadeira onde se sentou agora?
- Ora Albertinho, vou-te responder mas não dizes este segredo a ninguém, pois não?
- Não, não, tio João não digo a ninguém.
- Então, olha, os buraquinohos são para deixar passar os pumpuns que tio João tem que deitar fora, senão ficavam presos...
Este meu tio avô João ensinava-me cada brejeirice...
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
Para Rutelina dos Santos e leitoras e leitores das minhas mensagens
Rutelina Santos, e todas as minhas leitoras e leitores: venho propor-vos a vossa colaboração na minha cruzada contra o dinheiro.
Nunca falaram com os vossos amigos sobre isto? Nunca referiram nas vossas festas. nos vossos carnavais, nos vossos bailaricos , nas conversas com os vossos maridos, esposas, namorados ou namoradas nada sobre o mal do dinheiro, o mal deste sistema em que o dinheiro é rei, justifica muita sacanagem, lança muita miséria sobre muitas famílias. Naturalmente muitos dos vossos interlocutores estarão de acordo em que o dinheiro é um mal que há muito vem assolando a humanidade, sempre incidindo o seu mal nos mais necessitados. E duma forma geral, peremptória e definitiva, terminarão a conversa dizendo : que havemos de fazer, não podemos passar sem ele. Sim, o dinheiro não traz a felicidade, mas ajuda - dirão outros. E a conversa sempre acaba por morrer em termos semelhantes. Toda a gente se resigna, se vai resignando, sem que as pessoas se decidam pelo menos a aprofundar um pouco mais o assunto, pensando mais no que seria uma sociedade sem os malefícios do dinheiro.
Acompanhem.me um pouco, peço-vos.
Na Internet poderão ler uma constituição que um brasileiro propôs para uma sociedade meritocrática. Sem dinheiro, todo o trabalho, todo e qualquer artigo seria avaliado em méritos. E estes não seriam outra moeda, não. Os méritos seriam creditados a cada cidadão tal como as notas que obtemos na escola, pela avaliação dos nossos conhecimentos, tal como essas classificações são inscritas na caderneta de cada aluno e que se destinam à obtenção e avaliação final do mérito dos alunos.
Portanto: numa sociedade onde imperasse a meritocracia, o trabalho ou ocupação de cada indivíduo teria tabelas para as diferentes profissões, cada artigo à venda no comercio teria o seu valor de compra e venda expresso em méritos, valor constante da tabela respectiva. Não é possível isto?
E reparem: não seriam necessários a moeda, as notas, os bancos, não existiriam agiotas.
Pensem nisto, apresentem-me as vossas dúvidas, a vossa discordância. Falem e conversem com os vossos amigos e amigas sobre isto, escutem as dúvidas, digam-lhes o meu nome indicando-lhes o meu endereço electrónico
quadrosalberto@gmail.com
digam-lhes que responderei a todos. E que ainda não apareceu uma dúvida sobre o assunto que eu não rebatesse .. Ou antes, por vezes com afirmações difíceis de responder tais como: "ora, ora, isso é impossível ! " a que eu sempre digo : A história está cheia de impossíveis que se realizaram, pelos que se decidiram a resolver-los".
Quando começaremos, será necessário que mais gerações suportem mais torturas, misérias e pobrezas que o dinheiro vem causando desde que existe?
Por muito menos se fazem grevcs !
Nunca falaram com os vossos amigos sobre isto? Nunca referiram nas vossas festas. nos vossos carnavais, nos vossos bailaricos , nas conversas com os vossos maridos, esposas, namorados ou namoradas nada sobre o mal do dinheiro, o mal deste sistema em que o dinheiro é rei, justifica muita sacanagem, lança muita miséria sobre muitas famílias. Naturalmente muitos dos vossos interlocutores estarão de acordo em que o dinheiro é um mal que há muito vem assolando a humanidade, sempre incidindo o seu mal nos mais necessitados. E duma forma geral, peremptória e definitiva, terminarão a conversa dizendo : que havemos de fazer, não podemos passar sem ele. Sim, o dinheiro não traz a felicidade, mas ajuda - dirão outros. E a conversa sempre acaba por morrer em termos semelhantes. Toda a gente se resigna, se vai resignando, sem que as pessoas se decidam pelo menos a aprofundar um pouco mais o assunto, pensando mais no que seria uma sociedade sem os malefícios do dinheiro.
Acompanhem.me um pouco, peço-vos.
Na Internet poderão ler uma constituição que um brasileiro propôs para uma sociedade meritocrática. Sem dinheiro, todo o trabalho, todo e qualquer artigo seria avaliado em méritos. E estes não seriam outra moeda, não. Os méritos seriam creditados a cada cidadão tal como as notas que obtemos na escola, pela avaliação dos nossos conhecimentos, tal como essas classificações são inscritas na caderneta de cada aluno e que se destinam à obtenção e avaliação final do mérito dos alunos.
Portanto: numa sociedade onde imperasse a meritocracia, o trabalho ou ocupação de cada indivíduo teria tabelas para as diferentes profissões, cada artigo à venda no comercio teria o seu valor de compra e venda expresso em méritos, valor constante da tabela respectiva. Não é possível isto?
E reparem: não seriam necessários a moeda, as notas, os bancos, não existiriam agiotas.
Pensem nisto, apresentem-me as vossas dúvidas, a vossa discordância. Falem e conversem com os vossos amigos e amigas sobre isto, escutem as dúvidas, digam-lhes o meu nome indicando-lhes o meu endereço electrónico
quadrosalberto@gmail.com
digam-lhes que responderei a todos. E que ainda não apareceu uma dúvida sobre o assunto que eu não rebatesse .. Ou antes, por vezes com afirmações difíceis de responder tais como: "ora, ora, isso é impossível ! " a que eu sempre digo : A história está cheia de impossíveis que se realizaram, pelos que se decidiram a resolver-los".
Quando começaremos, será necessário que mais gerações suportem mais torturas, misérias e pobrezas que o dinheiro vem causando desde que existe?
Por muito menos se fazem grevcs !
quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
"Putin falou, o rublo voltou a cair. Outra vez"
Mais uma bordoada nas pequenas economias. E mais uma vez que os de mais fracos recursos são os mais atingidos – agora na Russia, amanhã, meus amigos, o mesmo acontecerá cá pelas nossas bandas: o dinheiro nos atingirá com essa arma letal da inflação.
Portugal tem nome definitivo na história pelas descobertas, sulcando caminhos marítimos nunca dantes navegados.
Mais ficaria com esse nome gravado a ouro e platina se descobrisse o caminho para uma nova economia que nos afastasse do dinheiro, dos seus inevitáveis malefícios, por caminho nunca antes seguido e que descobrisse através da inteligência e arte dos seus cidadãos. Para o que talvez baste um meio tão simples como o de pensar.
(Comentário que publiquei no "Observador" de 18/12/14 , sobre um artigo com o título em epígrafe, de Nuno André Martins naquele jornal)
Portugal tem nome definitivo na história pelas descobertas, sulcando caminhos marítimos nunca dantes navegados.
Mais ficaria com esse nome gravado a ouro e platina se descobrisse o caminho para uma nova economia que nos afastasse do dinheiro, dos seus inevitáveis malefícios, por caminho nunca antes seguido e que descobrisse através da inteligência e arte dos seus cidadãos. Para o que talvez baste um meio tão simples como o de pensar.
(Comentário que publiquei no "Observador" de 18/12/14 , sobre um artigo com o título em epígrafe, de Nuno André Martins naquele jornal)
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
O armário de pinho
O armário do meu quarto acordava-me todas as manhãs, era o ranger daquela porta cujo espelho me fornecia a imagem de moço estremunhado, olheiras da noitada, do bailarico, dos corridinhos às duas da madrugada, truque, tentativa, nem sempre vã da orquestra para estafar-nos e atirar-nos aos jovens, para as cadeiras à frente das mamãzinhas. entretidas nas críticas com as vizinhas do lado.
Era um armário vetusto. liberal, de linhas severas, comprado nos princípios do século passado pelo meu bisavô, parte da mobília do chamado quarto de hóspedes, nunca albergando hóspedes, ali passávamos eu e o meu irmão a parte das noites de verão que sobrava dos bailes, dos passeios pela avenida, mais raro numa descida nocturna até à praia para ensinar o caminho a alguma turista interessente que quando partia do seu pais nórdico trazia bom conhecimento desses passeios românticos com a rapaziada local.
E no armário de rijo pinho , todas as manhãs a minha Mãe ia sondar, em baixo, o gavetão. Ao abri-lo, na busca dum par de sapatos, acordava-me. Ela, quando se deitava, nunca deixava os sapatos no chão do seu quarto. À noite, sempre os levava para o tal gavetão e substituía-os pelas chinelas. Mas eu consegui modificar esse hábito da minha Mãe, ensinei um pastor alemão que eu tinha criado e a que dei o nome de Tarzan, desde os seus três meses de idade. Aprendia tudo com uma facilidade que impressionava toda a gente. E ensinei-o a levar as pantufas à porta do quarto dela : eu punha as pantufas à porta do meu quarto e, a partir das nove horas o Tarzan pegava nas pantufas, seguia e lá estava aguardando que a minha Mãe abrisse a porta, e depois agradecesse contemplando-o com uma bolacha maria.
O Tarzan nunca atacou ninguém, era frequente, na praia quando eu falava com amigos, ele suportar, contente,as carícias e festas que lhe faziam. Em particular duas francesas até corriam para lhe fazer festas. Quando elas apareciam,eu dizia : Tarzan olha a Michele e a Rose. E o cão por vezes até se empoleirava numa ou noutra,colocando as patas dianteiras sobre os ombros delas, que sorriam, fazendo-lhe festas.
Mas aconteceu que um dia, num fim da tarde, ela passaram em frente da nossa casa de praia. Iam rindo, com vestidos leves e garridos que lhes acentuavam a graça. Quando dei por elas chamei-as. O Tarzan, ouvindo-me, em dois saltos estava junto delas, empoleirando-se nos ombros da Michele que, ao voltar-se, prendeu numa das patas a alça do vestido. E o cão, ao retirar a pata, retirou também o vestido, ficando a Michele completamente nua.
Os velhos armários de pinho também trazem à memória recordações agradáveis.
Era um armário vetusto. liberal, de linhas severas, comprado nos princípios do século passado pelo meu bisavô, parte da mobília do chamado quarto de hóspedes, nunca albergando hóspedes, ali passávamos eu e o meu irmão a parte das noites de verão que sobrava dos bailes, dos passeios pela avenida, mais raro numa descida nocturna até à praia para ensinar o caminho a alguma turista interessente que quando partia do seu pais nórdico trazia bom conhecimento desses passeios românticos com a rapaziada local.
E no armário de rijo pinho , todas as manhãs a minha Mãe ia sondar, em baixo, o gavetão. Ao abri-lo, na busca dum par de sapatos, acordava-me. Ela, quando se deitava, nunca deixava os sapatos no chão do seu quarto. À noite, sempre os levava para o tal gavetão e substituía-os pelas chinelas. Mas eu consegui modificar esse hábito da minha Mãe, ensinei um pastor alemão que eu tinha criado e a que dei o nome de Tarzan, desde os seus três meses de idade. Aprendia tudo com uma facilidade que impressionava toda a gente. E ensinei-o a levar as pantufas à porta do quarto dela : eu punha as pantufas à porta do meu quarto e, a partir das nove horas o Tarzan pegava nas pantufas, seguia e lá estava aguardando que a minha Mãe abrisse a porta, e depois agradecesse contemplando-o com uma bolacha maria.
O Tarzan nunca atacou ninguém, era frequente, na praia quando eu falava com amigos, ele suportar, contente,as carícias e festas que lhe faziam. Em particular duas francesas até corriam para lhe fazer festas. Quando elas apareciam,eu dizia : Tarzan olha a Michele e a Rose. E o cão por vezes até se empoleirava numa ou noutra,colocando as patas dianteiras sobre os ombros delas, que sorriam, fazendo-lhe festas.
Mas aconteceu que um dia, num fim da tarde, ela passaram em frente da nossa casa de praia. Iam rindo, com vestidos leves e garridos que lhes acentuavam a graça. Quando dei por elas chamei-as. O Tarzan, ouvindo-me, em dois saltos estava junto delas, empoleirando-se nos ombros da Michele que, ao voltar-se, prendeu numa das patas a alça do vestido. E o cão, ao retirar a pata, retirou também o vestido, ficando a Michele completamente nua.
Os velhos armários de pinho também trazem à memória recordações agradáveis.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
sábado, 13 de dezembro de 2014
Quanto mais penso
Quanto mais penso, menos aguardo pela sorte. Quando menos me dedico a pensar mais me inclino para o tédio. Nesse momento resolvo sempre acender a vela. E vou voando, esquadrinhando, rebuscando e pronto encontrando um pouco de luz e por fim muita claridade.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
No "Observador"
Li há pouco a explicação que Bruno Valinhas, jornalista do "Observador", me deu sobre a ocultação dum comentário meu a um artigo publicado nesse diário. E publicou o meu comentário após boa justificação. Ainda há gente decente, felizmente. E claro, voltarei a inserir comentários naquele jornal. Que, como já o disse muito aprecio. Insere todos os dias artigos de interesse, tem uma maneira simpática de fazer publicidade, não nos obrigando ao massacre da exposição continua - podemos eliminá-la de imediato, se não nos interessa. Ao contrário das estações televisivas. Se adoptassem processo semelhante, estou convencido que não perderiam publicidade e ganhariam mais audiência Por isso e pelo que encerra de interesse, esse jornal já vai a caminho dos duzentos mil leitores.
Andanças e artimanhas
A comissão de inquérito ao caso do Banco Bes durante quinze ou mais horas, interrogou ontem Ricardo Salgado e o seu primo Ricciardi. A opinião de um comentarista duma emissora televisiva concluiu que ambos tinham mentido com frequência nas respostas. Não sou da mesma opinião. Ambos estavam assessorados pelos advogados que lhes segredavam algumas respostas ou lhes lembravam factos ligados às perguntas que lhes apresentavam os representantes dos partidos na comissão de inquérito. Primeiro foi inquirido o primeiro. durante cerca de dez horas. Depois de um intervalo, foi a vez de Ricciardi, inquirido durante muito menos tempo talvez quatro ou cinco horas
Um dos inquiridos, Ricardo Salgado, aparentando calma, pausado, muito cuidadoso e lento nas respostas, pesando bem as palavras, ouvindo com muita frequência o que lhe dizia um dos advogados à sua direita. Ricciardi, mais pronto em todas as respostas, impetuoso, sem papas na língua, ouvindo o advogado que lhe assistia com muito menos frequência.
Dois caracteres muito diferentes. A mim pareceu-me que, se ambos mentiram, o segundo
usou muito menos desse artifício ou engano.
Das entrevistas parece que se definiram melhor para onde foi a dinheirama de todos aqueles passivos e começa a adivinhar-se o circuito desses capitais, as artimanhas da circulação dos mesmos. Oxalá que a comissão chegue breve a conclusões proveitosas para as futuras sentenças dos tribunais.
O que no entanto ainda pretendo frisar é que os mais prejudicados nessas andanças e artimanhas, foram, como sempre, os mesmos: os com menos posses. Digam lá, não é o dinheiro, a ganância, a ambição pela riqueza em dinheiro, em zeros á esquerda da vírgula, nas chorudas contas bancárias ?
.
Um dos inquiridos, Ricardo Salgado, aparentando calma, pausado, muito cuidadoso e lento nas respostas, pesando bem as palavras, ouvindo com muita frequência o que lhe dizia um dos advogados à sua direita. Ricciardi, mais pronto em todas as respostas, impetuoso, sem papas na língua, ouvindo o advogado que lhe assistia com muito menos frequência.
Dois caracteres muito diferentes. A mim pareceu-me que, se ambos mentiram, o segundo
usou muito menos desse artifício ou engano.
Das entrevistas parece que se definiram melhor para onde foi a dinheirama de todos aqueles passivos e começa a adivinhar-se o circuito desses capitais, as artimanhas da circulação dos mesmos. Oxalá que a comissão chegue breve a conclusões proveitosas para as futuras sentenças dos tribunais.
O que no entanto ainda pretendo frisar é que os mais prejudicados nessas andanças e artimanhas, foram, como sempre, os mesmos: os com menos posses. Digam lá, não é o dinheiro, a ganância, a ambição pela riqueza em dinheiro, em zeros á esquerda da vírgula, nas chorudas contas bancárias ?
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terça-feira, 9 de dezembro de 2014
As mordomias dos eurodeputados
E se não houvesse dinheiro, existiria esta escandaleira, ofensa para todos os pobres e menos pobres, remediados de todo o mundo?
Se os eurodeputados , eurodespudorados, apenas usufruíssem de méritos equivalentes à sua condição, decerto que não assistiriamos a toda essa vergonha, a dessas mordomias? E todos os nossos(?) representantes nesse parlamento, indicados "a dedo" pelos chefes dos partidos nos seus países, se conformam, ainda não apareceu,... não consta, que por Portugal tenha algum recusado, discutido, apontado e condenado tais sinecuras.
O dinheirinho manda... "Quando o dinheiro fala, a verdade cala-se".
Continuamos a resignar-nos?
Se os eurodeputados , eurodespudorados, apenas usufruíssem de méritos equivalentes à sua condição, decerto que não assistiriamos a toda essa vergonha, a dessas mordomias? E todos os nossos(?) representantes nesse parlamento, indicados "a dedo" pelos chefes dos partidos nos seus países, se conformam, ainda não apareceu,... não consta, que por Portugal tenha algum recusado, discutido, apontado e condenado tais sinecuras.
O dinheirinho manda... "Quando o dinheiro fala, a verdade cala-se".
Continuamos a resignar-nos?
Mordomias dos eurodeputados
Conhecem as mordomias a que estão "sujeitos" os eurodeputados? Não ? então vejam o vídeo que está chocando a toda a Europa: https://www.youtube.com./ embed/NV2RrKrkeBPOQ
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
Sobre Um comentário que apresentei no "Observador"
Leio o "Observador" todos os dias, perdoem a publicidade. Comentei alguns dos diversos artigos, quase sem excepção, bons. Mas hoje a censura do jornal cortou-me dois comentários, mais ou menos deste teor: "os nossos deputados, exceptuando nos últimos dias os madeirenses, raro se referem ou apresentam propostas relativas aos problemas das populações das regiões que representam. Se fizerem, como eu fiz, um pequeno inquérito aos habitantes da vossa rua, as respostas co...nterão algumas surpresas. No meu caso as respostas que obtive, na maioria foram do género "sei lá ! sei lá! se calhar é o Passos Coelho ou o Cavaco ". E terminava o meu comentário com a pergunta: "quando será que os deputados e os partidos, se empenharão para que os deputados sejam escrutinados pelos cidadãos que representam e não indicados "a dedo" pelos chefes dos partidos?
Não sei se ofendi alguém com o que comentei. Se foi por referir-me com pouca cerimonia ao presidente de república e o primeiro ministro, é a forma usual. Aliás o autor do artigo que comentei, Homem Cristo, também se refere de igual modo a Cavaco Silva.
A outra razão da censura talvez seja a de que o censor seja deputado. Ou de ter indicado e escrito que não escreverei mais comenários a artigos daquele jornal . Reservarei esses tempos para escrever no meu blog www.sonhoscomsorte.blogstop. com e no facebook,
Não sei se ofendi alguém com o que comentei. Se foi por referir-me com pouca cerimonia ao presidente de república e o primeiro ministro, é a forma usual. Aliás o autor do artigo que comentei, Homem Cristo, também se refere de igual modo a Cavaco Silva.
A outra razão da censura talvez seja a de que o censor seja deputado. Ou de ter indicado e escrito que não escreverei mais comenários a artigos daquele jornal . Reservarei esses tempos para escrever no meu blog www.sonhoscomsorte.blogstop. com e no facebook,
domingo, 7 de dezembro de 2014
Ao almoço
Em qualquer hora consigo dispensar
Tormentos, dúvidas, ansiedades, suspeitas,
Procuro apreciar a sardinha assada, um vinho,
Brindado a quem me ama, a quem me acompanha
Para eludir a fome, como para viver,
Vezes sem conta esqueço-me da hora de almoçar,
Aprecio mais a conversa que uma omelete
Mais o sorriso dum amigo que um bom salmonete.
Mas sem querer, no ardor da discussão amigável
Cai um pouco do salmão no tapete.
E no meio da galhofa, após um bom argumento,
Derramo o copo cheio desse bom vinho tinto,
Na toalha de estimação com bordado fino.
Ao mesmo tempo, que num gesto brusco,
Resposta a uma diatribe dum convidado,
Salta o pudim flan para o seio, da vizinha a meu lado
Tormentos, dúvidas, ansiedades, suspeitas,
Procuro apreciar a sardinha assada, um vinho,
Brindado a quem me ama, a quem me acompanha
Para eludir a fome, como para viver,
Vezes sem conta esqueço-me da hora de almoçar,
Aprecio mais a conversa que uma omelete
Mais o sorriso dum amigo que um bom salmonete.
Mas sem querer, no ardor da discussão amigável
Cai um pouco do salmão no tapete.
E no meio da galhofa, após um bom argumento,
Derramo o copo cheio desse bom vinho tinto,
Na toalha de estimação com bordado fino.
Ao mesmo tempo, que num gesto brusco,
Resposta a uma diatribe dum convidado,
Salta o pudim flan para o seio, da vizinha a meu lado
Discórdia sobre dinheiro
Finalmente!
Recebi uma mensagem(a primeira) dum leitor dos meus escritos, discordando do que escrevo sobre o dinheiro. Não me apresentou nenhum argumento diferente do que previ que me fossem apresentados. Disse-me quatro:
Primeiro: da impossibilidade de acabar com o dinheiro, que não podemos voltar ao sistema de trocas. Respondi-lhe que nunca advoguei ou aconselhei voltarmos ao sistema de trocas. Mas que há outras possibilidades, como a que eu indiquei por diversas vezes, do estabelecimento dum sistema baseado na meritocracia, sem dinheiro, nem bancos.
Segundo: que sou lunático, apreciador de impossibilidades. A minha resposta: quantas impossibilidades foram resolvidas ao longo da história. E esta poderá sê-lo também, porque não discuti-la, se se discute tanta coisa parecida com o sexo dos anjos?
Terceiro: sem dinheiro, não podemos viver, não há outra hipótese. A resposta foi quase a mesma que para as duas anteriores. Podemos viver sem dinheiro desde que o nosso trabalho ou ocupação tenha a justa retribuição, que não é obrigatório que o seja em dinheiro. Não fazemos muita coisa não remunerada e que é essencial nas nossas vidas?
Aguardo mais dúvidas, discordâncias, argumentos contrários.
Recebi uma mensagem(a primeira) dum leitor dos meus escritos, discordando do que escrevo sobre o dinheiro. Não me apresentou nenhum argumento diferente do que previ que me fossem apresentados. Disse-me quatro:
Primeiro: da impossibilidade de acabar com o dinheiro, que não podemos voltar ao sistema de trocas. Respondi-lhe que nunca advoguei ou aconselhei voltarmos ao sistema de trocas. Mas que há outras possibilidades, como a que eu indiquei por diversas vezes, do estabelecimento dum sistema baseado na meritocracia, sem dinheiro, nem bancos.
Segundo: que sou lunático, apreciador de impossibilidades. A minha resposta: quantas impossibilidades foram resolvidas ao longo da história. E esta poderá sê-lo também, porque não discuti-la, se se discute tanta coisa parecida com o sexo dos anjos?
Terceiro: sem dinheiro, não podemos viver, não há outra hipótese. A resposta foi quase a mesma que para as duas anteriores. Podemos viver sem dinheiro desde que o nosso trabalho ou ocupação tenha a justa retribuição, que não é obrigatório que o seja em dinheiro. Não fazemos muita coisa não remunerada e que é essencial nas nossas vidas?
Aguardo mais dúvidas, discordâncias, argumentos contrários.
Domingos
Hoje, talvez por ser domingo, ainda mais me apetece escrever.
O meu Pai, oficial de marinha na reserva, cardíaco - naquele tempo apenas existiam as pastilhas para minorar a dor da angina de peito, era sofrer e aguentar até morrer - o meu Pai, gostava da carpintaria. E aos domingos lá estava ele a pregar, a aplainar, a polir madeiras, na sua oficina caseira. Era a sua grande distração de muitos dias, domingos incluídos.
Os que gostam do trabalho que fazem para ganhar o sustento das suas vidas, em muitos casos ocupam-se nos domingos com as mesmas tarefas. Todo o que criou uma empresa, ou faz obre de agrado, nos domingos lá está ele pensando ou atarefado com o que gosta.
O meu Pai, oficial de marinha na reserva, cardíaco - naquele tempo apenas existiam as pastilhas para minorar a dor da angina de peito, era sofrer e aguentar até morrer - o meu Pai, gostava da carpintaria. E aos domingos lá estava ele a pregar, a aplainar, a polir madeiras, na sua oficina caseira. Era a sua grande distração de muitos dias, domingos incluídos.
Os que gostam do trabalho que fazem para ganhar o sustento das suas vidas, em muitos casos ocupam-se nos domingos com as mesmas tarefas. Todo o que criou uma empresa, ou faz obre de agrado, nos domingos lá está ele pensando ou atarefado com o que gosta.
sábado, 6 de dezembro de 2014
O que encontro no caminho
- Não é porque barco é muito grande, que a viagem vai ser boa.
- Por desprezar o dinheiro jamais me importa gasta-lo.
- Eu aprendo, caminhando.
. Sempre que da minha memória salta uma frase, dei um passo no futuro.
- Indo pelo negativo ningém chega ao positivo.
- Quem fica no zero, empata. Desde o jogo até à vida.
- A mente apanha coisas no cérebro para pendura-las na imaginação - corda que encolhe e alarga.
- Estou programado para não me resignar.
- Por desprezar o dinheiro jamais me importa gasta-lo.
- Eu aprendo, caminhando.
. Sempre que da minha memória salta uma frase, dei um passo no futuro.
- Indo pelo negativo ningém chega ao positivo.
- Quem fica no zero, empata. Desde o jogo até à vida.
- A mente apanha coisas no cérebro para pendura-las na imaginação - corda que encolhe e alarga.
- Estou programado para não me resignar.
Masoquistas
Acabar com o dinheiro. Não ? Porque não ?
Gostam dessa carraça, mais perigosa que as naturais ?
Apreciam a dor, o sofrimento, a pobreza?
São sofredores com gosto, são masoquistas?
È o que gostam, apreciam, sofrem com gozo.
São masoquistas
(Ou são ricos e não desejam perder a riqueza...)
Gostam dessa carraça, mais perigosa que as naturais ?
Apreciam a dor, o sofrimento, a pobreza?
São sofredores com gosto, são masoquistas?
È o que gostam, apreciam, sofrem com gozo.
São masoquistas
(Ou são ricos e não desejam perder a riqueza...)
Ameaça
Eis que aparece um invento na Suiça duma nova bateria que permite que um automóvel eléctrico ter uma autonomia de seiscentos quilómetros. O protótipo já circula pela Europa.
Mas, "quando o dinheiro fala, a verdade cala-se", com disse o juiz Teixeira. Se o inventor dessa bateria não tiver amor à vida nem puser o dinheiro acima da natureza, breve aparecerá uma oferta de muitos milhões, pela patente, que ele, (ameaçando-om), não pode recusar.
Mas, "quando o dinheiro fala, a verdade cala-se", com disse o juiz Teixeira. Se o inventor dessa bateria não tiver amor à vida nem puser o dinheiro acima da natureza, breve aparecerá uma oferta de muitos milhões, pela patente, que ele, (ameaçando-om), não pode recusar.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
Manhas
Procuro sempre entender a razão
Do meu estar, de viver, de respirar
Nunca sei livrar-me da tentação
De, a correr, dar um mergulho no mar.
Sei que a vida que nós todos sentimos
Passa por entre todos os desejos
Mas não sei se o mais que nós queremos
Se resume a afagos, abraços, beijos.
Sei-o bem, mas sempre digo o contrário
Nesse assunto sou grande mentiroso
Nas mentiras sou muito perdulário
Pelo que me chamam de manhoso
Do meu estar, de viver, de respirar
Nunca sei livrar-me da tentação
De, a correr, dar um mergulho no mar.
Sei que a vida que nós todos sentimos
Passa por entre todos os desejos
Mas não sei se o mais que nós queremos
Se resume a afagos, abraços, beijos.
Sei-o bem, mas sempre digo o contrário
Nesse assunto sou grande mentiroso
Nas mentiras sou muito perdulário
Pelo que me chamam de manhoso
Outro sistema
Há não muito tempo um deputado brasileiro propôs uma constituição meritocrática para o seu país.
Por base, essa ideologia seria um sistema de governo que considerasse o mérito como o atributo principal e fundamental para o exercício de qualquer cargo ou profissão e ao mesmo tempo a razão principal para se atingir qualquer posição desde a mais inferior até ao topo. E portanto que na hierarquia as posições de cada trabalhador teria assento no merecimento comprovado pela educação, moral e habilidades específicas de cada um para cada actividade.
Seriam estabelecidas escalas de valores para todas as profissões e a entrada para os interessados seria obtida através de concursos ou por exames.
Muitos países, como Singapura e a Finlândia utilizam a meritocracia, embora não de forma pura mas misturada com outros padrões de análise. E todos continuam a utilizar o sistema do dinheiro como forma remuneratória do trabalho e de outras actividades - compra de acções, créditos, etc,,
Mas em nenhum ainda se levantou a discussão sobre os malefícios do dinheiro, desde que existe e sobre a possibilidade da substituição desse sistema, por outro menos maléfico.
Outro sistema em alternativa, poderia usar o mérito como valor para pagamento de serviços e de todos os artigos necessários à vida na Terra.
Eu penso isso possível. Talvez só dentro de muitos anos se realize. Mas é possível. E vejo a possibilidade desta forma:
- O mérito seria a futura expressão de todos os pagamentos e recebimentos.
- Todos os artigos e serviços seriam avaliados em méritos, estabelecendo-se de início um valor correspondente, por exemplo um euro. para cada mérito, no início da adopção do novo sistema.
- Não se trata doutra moeda, porque não existiria um meio físico para o expressar. Apenas constituiria um meio a memorizar.
- Os méritos seriam armazenados na memória duma máquina, semelhante a um computador. Que armazenaria na sua memória os dados de cada indivíduo, incluindo as impressões digitais de cada um.
- Esse computador registaria, através das impressões digitais, as compras e vendas de artigos e os valores dos serviços prestados e adquiridos, nas memórias dos compradores e vendedores. O mesmo que acontece actualmente com os cartões de crédito e com os cheques. E cada indivíduo poderia obter em qualquer dia, um extracto da sua conta de movimentos, bem como o seu saldo.
- Mediante certas normas qualquer cidadão poderia obter um empréstimo de méritos, com garantias fixadas, pagando um juro baixo, juro que reverteria para a comunidade
- Não seriam necessários os bancos, uma das causas, desde há muitos anos, do empobrecimento de muita gente pela falência dessas instituições motivada pelos roubos de seus administradores, de outros roubos, ou pela sua má gestão.
- Esses computadores, com o número de cópias julgado suficiente e pela cópia diária da sua memória, manteriam a integridade das memórias respectivas.
- A corrupção ligada ao dinheiro, como hoje se verifica em inúmeras actividades, não existiria, salvo raras excepções, em geral não ligadas ao sistema monetário actual.
- No tempo de transição para este sistema, resolver-se-ia o problema das fortunas actuais.
O dinheiro continuaria a existir e os impostos sobre as fortunas não adquiridas por mérito, em poucos anos terminaria com ele. E os governos, com esses impostos, resolveriam com maior ou menor demora, todos os problemas originados, como o desemprego e outros.
- Não existiria a usura. E o aproveitamento dos recursos naturais passaria, num prazo
curto para as mãos de empresas da comunidade dirigidas por mulheres e homens de mérito próprio e com responsabilidade bem definida.
- Não haveria desemprego: o aproveitamento de todos os recursos naturais, o combate à poluição, a defesa do ambiente, entre outras actividades, daria trabalho a todos.
Tudo isto é de execução difícil, talvez muito demorada.
Mas digam-me : não é possível?
E outro sistema poderá também ser imaginado.
PORQUE NÃO SE DISCUTE OU SE DEBATE TUDO ISTO?
Por base, essa ideologia seria um sistema de governo que considerasse o mérito como o atributo principal e fundamental para o exercício de qualquer cargo ou profissão e ao mesmo tempo a razão principal para se atingir qualquer posição desde a mais inferior até ao topo. E portanto que na hierarquia as posições de cada trabalhador teria assento no merecimento comprovado pela educação, moral e habilidades específicas de cada um para cada actividade.
Seriam estabelecidas escalas de valores para todas as profissões e a entrada para os interessados seria obtida através de concursos ou por exames.
Muitos países, como Singapura e a Finlândia utilizam a meritocracia, embora não de forma pura mas misturada com outros padrões de análise. E todos continuam a utilizar o sistema do dinheiro como forma remuneratória do trabalho e de outras actividades - compra de acções, créditos, etc,,
Mas em nenhum ainda se levantou a discussão sobre os malefícios do dinheiro, desde que existe e sobre a possibilidade da substituição desse sistema, por outro menos maléfico.
Outro sistema em alternativa, poderia usar o mérito como valor para pagamento de serviços e de todos os artigos necessários à vida na Terra.
Eu penso isso possível. Talvez só dentro de muitos anos se realize. Mas é possível. E vejo a possibilidade desta forma:
- O mérito seria a futura expressão de todos os pagamentos e recebimentos.
- Todos os artigos e serviços seriam avaliados em méritos, estabelecendo-se de início um valor correspondente, por exemplo um euro. para cada mérito, no início da adopção do novo sistema.
- Não se trata doutra moeda, porque não existiria um meio físico para o expressar. Apenas constituiria um meio a memorizar.
- Os méritos seriam armazenados na memória duma máquina, semelhante a um computador. Que armazenaria na sua memória os dados de cada indivíduo, incluindo as impressões digitais de cada um.
- Esse computador registaria, através das impressões digitais, as compras e vendas de artigos e os valores dos serviços prestados e adquiridos, nas memórias dos compradores e vendedores. O mesmo que acontece actualmente com os cartões de crédito e com os cheques. E cada indivíduo poderia obter em qualquer dia, um extracto da sua conta de movimentos, bem como o seu saldo.
- Mediante certas normas qualquer cidadão poderia obter um empréstimo de méritos, com garantias fixadas, pagando um juro baixo, juro que reverteria para a comunidade
- Não seriam necessários os bancos, uma das causas, desde há muitos anos, do empobrecimento de muita gente pela falência dessas instituições motivada pelos roubos de seus administradores, de outros roubos, ou pela sua má gestão.
- Esses computadores, com o número de cópias julgado suficiente e pela cópia diária da sua memória, manteriam a integridade das memórias respectivas.
- A corrupção ligada ao dinheiro, como hoje se verifica em inúmeras actividades, não existiria, salvo raras excepções, em geral não ligadas ao sistema monetário actual.
- No tempo de transição para este sistema, resolver-se-ia o problema das fortunas actuais.
O dinheiro continuaria a existir e os impostos sobre as fortunas não adquiridas por mérito, em poucos anos terminaria com ele. E os governos, com esses impostos, resolveriam com maior ou menor demora, todos os problemas originados, como o desemprego e outros.
- Não existiria a usura. E o aproveitamento dos recursos naturais passaria, num prazo
curto para as mãos de empresas da comunidade dirigidas por mulheres e homens de mérito próprio e com responsabilidade bem definida.
- Não haveria desemprego: o aproveitamento de todos os recursos naturais, o combate à poluição, a defesa do ambiente, entre outras actividades, daria trabalho a todos.
Tudo isto é de execução difícil, talvez muito demorada.
Mas digam-me : não é possível?
E outro sistema poderá também ser imaginado.
PORQUE NÃO SE DISCUTE OU SE DEBATE TUDO ISTO?
terça-feira, 2 de dezembro de 2014
Alegria
Dentro de mim levanta-se uma maré de alegria
Ondulada no meio de muitas convicções
Contrária às preocupações que sentia
Eivadas de profundas e continuas maldições
Passei ao lado de muitas tentações
Abandonei o fantasma da crueldade
Embrenhei-me noutras condições
Fora dos desgostos e da maldade
Porque conservo os meus sentimentos
Possuo sempre pronta a serenidade
Respeito a humildade, a brisa, o vento
Jamais esqueço o dom de caridade
E olho a vela
Ondulada no meio de muitas convicções
Contrária às preocupações que sentia
Eivadas de profundas e continuas maldições
Passei ao lado de muitas tentações
Abandonei o fantasma da crueldade
Embrenhei-me noutras condições
Fora dos desgostos e da maldade
Porque conservo os meus sentimentos
Possuo sempre pronta a serenidade
Respeito a humildade, a brisa, o vento
Jamais esqueço o dom de caridade
E olho a vela
Sabedoria
Se encararmos as vicissitudes, as dificuldades, as arrelias e as contrariedades como factos normais da nossa vida, como factos normais de qualquer vida e, com a serenidade que o coração permite, com a sabedoria que nos orienta e com o respeito que nos deve quem as provocou, a presença do espírito não nos abandona, a calma prevalece, a sensatez da reação manifesta-se.
Por outro lado, não podemos ceder ao impulso de manifestação desabrida, de comentários cáusticos, de acusações repentinas. É difícil, reconheço, não reagir de imediato. Mas primeiro devo lembrar-me do benefício da dúvida e da presunção de inocência: que todos nós empregamos para os nossos filhos quando são crianças, nos esquecemos por vezes quando são adultos. A tanto nos conduz a todos a experiência acumulada ao longo da vida.
Experiência de vida que nos cria alguma dose de sabedoria.
E não esqueçamos que esta é, assim o disse Confúcio " um dos métodos mais amargos para ganhar sabedoria, é a experiêndia".
Por outro lado, não podemos ceder ao impulso de manifestação desabrida, de comentários cáusticos, de acusações repentinas. É difícil, reconheço, não reagir de imediato. Mas primeiro devo lembrar-me do benefício da dúvida e da presunção de inocência: que todos nós empregamos para os nossos filhos quando são crianças, nos esquecemos por vezes quando são adultos. A tanto nos conduz a todos a experiência acumulada ao longo da vida.
Experiência de vida que nos cria alguma dose de sabedoria.
E não esqueçamos que esta é, assim o disse Confúcio " um dos métodos mais amargos para ganhar sabedoria, é a experiêndia".
A ambição da espécie humana
A minha habilidade, os meus conhecimentos, as minhas ideias sobre a filosofia, são fracas. Por isso a minha mensagem de ontem mais não é que o desejo permanente de comunicar o que sinto sobre isto, aquilo e aqueloutro.
A ideia básica, de onde nasceu a mensagem era de que todos ou quase todos nós pensamos que as outras espécies que habitam a Terra, são inferiores. Dizemos, p. ex., que são irracionais, o que confirma o período anterior. Mas as outras espécies, tem o seu sistema de vida, adaptaram-se ao ambiente em que vivem, em muitos casos de modo muito melhor que a espécie humana. E provável será pensarem nas irracionalidades da espécie humana. E cada um dos seres doutras espécies pensarem que são os mais racionais. Ou não pensarem em nada disto, que talvez seja a melhore atitude.
E a ideia final que tinha em mente é que devemos respeitar, sem reticências, tudo o que vive no planeta que habitamos ou onde nos encontramos todos e onde, não sei que poder, mas um poder supremo nos colocou a todos. Por isso, o respeito que lhes devemos.
Mas havia e há em mim outra pergunta subjacente: não é a espécie humana a única que conspurca, deteriora, o ambiente em que vive, sem respeito pelos direitos das outras ?
E, na maioria dos casos, pela ambição, pela ganância, pela avidez do dinheiro, de riqueza?
A espécie humana é a única que agride o ambiente com pouco proveito, além da riqueza. Uma riqueza que apenas se resume à acumulação do dinheiro, de fortuna.pessoal. Uma ambição que só a espécie humana possui.
A ideia básica, de onde nasceu a mensagem era de que todos ou quase todos nós pensamos que as outras espécies que habitam a Terra, são inferiores. Dizemos, p. ex., que são irracionais, o que confirma o período anterior. Mas as outras espécies, tem o seu sistema de vida, adaptaram-se ao ambiente em que vivem, em muitos casos de modo muito melhor que a espécie humana. E provável será pensarem nas irracionalidades da espécie humana. E cada um dos seres doutras espécies pensarem que são os mais racionais. Ou não pensarem em nada disto, que talvez seja a melhore atitude.
E a ideia final que tinha em mente é que devemos respeitar, sem reticências, tudo o que vive no planeta que habitamos ou onde nos encontramos todos e onde, não sei que poder, mas um poder supremo nos colocou a todos. Por isso, o respeito que lhes devemos.
Mas havia e há em mim outra pergunta subjacente: não é a espécie humana a única que conspurca, deteriora, o ambiente em que vive, sem respeito pelos direitos das outras ?
E, na maioria dos casos, pela ambição, pela ganância, pela avidez do dinheiro, de riqueza?
A espécie humana é a única que agride o ambiente com pouco proveito, além da riqueza. Uma riqueza que apenas se resume à acumulação do dinheiro, de fortuna.pessoal. Uma ambição que só a espécie humana possui.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
Existências
A minha convicção que existo é semelhante à convicção da formiga, que existe. Não conheço a reacção dela como ela não conhece as minhas.
As minhas sensações que aprendi a sentir correspondem às sensações que o lacrau aprendeu. Sente -as à sua maneira.
As decepções que sinto, acumuladas deste que fui criança assemelham-se e correspondem às sofridas por um macaco desde que nasceu. Sofre e esquece-as com intensidade, tal como nós, que sofremos com a intensidade a que nos habituámos a sofre-las.
Quando eu toco numa formiga que caminha seguindo com obediência a que vai na sua frente, se não a matei, se continua viva, retoma sem se perturbar, o caminho seguindo a que a precede. Ela não tem consciência do gigante que a tocou.
Quando o vento me toca e me abana, se não me arrasta e me atira contra uma parede ou a um precipício, eu retomo o caminho que seguia antes ou a tarefa a que me dedicava.
Todos os animais criaram consciência no cérebro que a natureza lhes deu e tomam decisões de acordo com o que aprenderam.
As minhas sensações que aprendi a sentir correspondem às sensações que o lacrau aprendeu. Sente -as à sua maneira.
As decepções que sinto, acumuladas deste que fui criança assemelham-se e correspondem às sofridas por um macaco desde que nasceu. Sofre e esquece-as com intensidade, tal como nós, que sofremos com a intensidade a que nos habituámos a sofre-las.
Quando eu toco numa formiga que caminha seguindo com obediência a que vai na sua frente, se não a matei, se continua viva, retoma sem se perturbar, o caminho seguindo a que a precede. Ela não tem consciência do gigante que a tocou.
Quando o vento me toca e me abana, se não me arrasta e me atira contra uma parede ou a um precipício, eu retomo o caminho que seguia antes ou a tarefa a que me dedicava.
Todos os animais criaram consciência no cérebro que a natureza lhes deu e tomam decisões de acordo com o que aprenderam.
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