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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Existências

A minha convicção que existo é semelhante à convicção da formiga, que existe. Não conheço a reacção dela como ela não conhece as minhas.
As minhas sensações que aprendi a sentir correspondem às sensações que o lacrau aprendeu. Sente -as à sua maneira.
As decepções que sinto, acumuladas deste que fui criança assemelham-se e correspondem às sofridas por um macaco desde que nasceu. Sofre e esquece-as com intensidade, tal como nós, que sofremos com a intensidade a que nos habituámos a sofre-las.
Quando eu toco numa formiga que caminha seguindo com obediência a que vai na sua frente, se não a matei, se continua viva, retoma sem se perturbar, o caminho seguindo a que a precede. Ela não tem consciência do gigante que a tocou.
Quando o vento me toca e me abana, se não me arrasta e me atira contra uma parede ou a um precipício, eu retomo o caminho que seguia antes ou a tarefa a que me dedicava.
Todos os animais criaram consciência no cérebro que a natureza lhes deu e tomam decisões de acordo com o que aprenderam.

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