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sexta-feira, 17 de março de 2017

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O garoto, com a espontaneidade própria da sua inocência, sentia a vontade imperar com a força duma pena roçagando o pensamento, quase todos os gestos comandados pelo automatismo adquirido nas primeiras experiências,quase todas as palavras saidas da memória dos acontecimentos agradáveis, quase todas as decisões comandadas pelos impulsos momentaneos.
Tudo o que fazia, o acordar, as brincadeiras ou outros movimentos, sentia-o como a abelha obedece e reage ao olor do polen, como cachorro abana o rabo quando sente que o dono se aproxima com boa cara, como a mãe galinha, pressurosa e precavida, abra as asas para abrigar e acalentar os pintos. O garoto ainda estava longe das agruras da economia, do labirinto da política, do chamado peso das responsabilidades, se é que estas têm algum peso para muitos adultos.

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