Número total de visualizações de páginas

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Aquela porta

             Entrei naquela casa saindo pela porta que estava trancada e inviolável. Era uma daquelas portas reais e imaginárias, de materiais pesados e desconhecidos, construida, imaginem, com ferramentas que não existem, por isso, sem usar qualquer tinta, a porta ficou vermelha não de vcrgonha ou de esfôrço mas orgulhosa  da sua grande qualidade, a de não fechar a entrada nem permitir a saida a qualquer animal, só se abrindo para não deixar entrar a dúvida, só se fechando para permitir entrar a vaidade. Os ventos não a fazem vibrar, as brisas não a incomodam, os tufoes só a arranham.A água deixa-a impassível, o f ôgo faz-lhe cócegas. Quando bate leve, levemente, não chama por mim, e ninguém diz que vai bater àquela porta porque aquela porta não chama por ninguém.           
            Aceito sócios para fabricar mais portas dessas.

Sem comentários:

Enviar um comentário