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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Querem greve, os meus neuróneos

               Um dos meus neuróneos avisou-me que os seus colegas  mais conservadores andam preparando uma greve de zêlo, exigindo férioas permanentes. Não se conformam com a actividade que desenvolvo, com a imaginação que lhes peço, com os estudos e leituras a que me dedico. Segredou-me muito mais, dizendo-me que os outros andam com os axónios em mau estado, cansados e com as dendrites perdendoa capacidade. Falam muito do excesso de trabalho que eu lhes imponho não ligando aos seus lamentos nem atendendo às suas reinvidicações. Estão revoltados porque, dizem, ao fim de tantos anos não está certo que os tenham, de há poucos anos para cá, obrigado a reproduzirem-se tão intensamente como quando a sua casa tinha vinte anos ou pouco mais.
               Disse ao meu informador que, na próxima assembleia geral dos neuróneos desta casa, lhes transmitisse o meu recado: "resignem-se, quero viver mais trinta anos".

1 comentário:

chocolate e baunilha disse...

Boa, pai! Nós somos o que o nosso pensamento dita!

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